domingo, 27 de dezembro de 2009

De Momento (Observando e Vivendo a Libertação)

De resto, ando atento a observar o que acontece neste mundo. É um privilégio (carmicamente merecido) podermos estar aqui e agora, assistindo a um autêntico Despertar Espiritual em massa. A Humanidade começa a perceber agora que Deus mora no interior de cada Homem e Mulher. E mesmo que de início isso traga alguma confusão à cabeça das pessoas, com tempo, esforço, prática, humildade e Amor, tudo se tornará claro para cada um. Cabe a cada pessoa agir de maneira a evoluir e a ajudar a evoluir. Onde isto tudo vai dar no final, só Ele é que sabe.

Muita Luz e Bom Coração.


(Concílio de Almas)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tara (O Mantra)

Tara, Bodhisattva da Compaixão que se manifesta na forma feminina, é conhecida como a “Mãe da Iluminação”.

Fez o voto de reencarnar sempre como mulher até que todos os seres se libertem do sofrimento, para então permanecer eternamente na Iluminação.

A atenção sobre o seu mantra dissolve o medo e assegura a Sua manifestação.

oṃ tāre tuttāre ture svāhā
(Sânscrito)

oṃ tāre tu tāre ture soha
(Tibetano)


domingo, 20 de dezembro de 2009

Acção

É importante Orar, Meditar e Estudar. Mas mais importante ainda é Agir. Sem acção não se poderão colher os frutos da Oração, Meditação e Estudo.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Espiritualismo Universalista (Paz e Amor)

Budismo: Domina o teu inimigo pela força e aumentarás sua raiva. Conquista-o com o amor, e não colherás ressentimento… Chamo um Brâmane de verdade a todo aquele cujo discurso é verdadeiro, instrutivo, isento de aspereza, para não ofender ninguém.

Cristianismo: Não te vires contra o homem que te prejudica (…) Amem os vossos inimigos, abençoem aqueles que vos amaldiçoam, façam bem aos que vos odeiam e rezem por aqueles que vos perseguem; só assim podereis ser filhos do Pai celeste que faz o seu Sol brilhar do mesmo modo para os bons e os maus e envia a chuva para o honesto e o desonesto. Se amarem apenas aqueles que vos amam, que recompensa poderei esperar? (…) Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros.

Hinduísmo: Com suavidade conquista a raiva, com bondade conquista a malícia; com generosidade derrota toda a malvadez; com a pura verdade derrota todas as mentiras e a falsidade.

Islamismo: Compensa o mal, conquista-o com o bem… Querem que vos diga que actos são melhores do que jejum, a caridade e as orações? Fazer a paz com os inimigos são actos desse tipo; porque a inimizade e a malícia destroem as recompensas pela raiz.

Judaísmo: E eu digo-vos: Os actos de amor valem tanto como todos os mandamentos da lei… O mais importante não é aprender, mas sim praticar. (…) O amor é o princípio e o fim da Tora.

Todas as tradições Espirituais defendem os mesmos princípios, porque todas brotam da mesma Fonte: A Divindade no interior de cada Homem e Mulher. Este é o desafio que se apresenta neste preciso momento à Humanidade no processo da sua evolução colectiva: a Religião não mais será confundida com uma instituição, ao invés, será identificada com aquilo que realmente é, o religar de cada Um e cada Uma com o Deus e com a Deusa que há em Si – é o retomar da etimologia da própria palavra, Religião = Re-Ligare. Quem aprender prossegue, quem não entender terá sempre a oportunidade de o fazer, porém no lugar adequado – é como na escola, uns passam, outros não, esse é o movimento natural da Evolução.

(Nota: as citações de cada uma das diferentes Tradições Espirituais foram retiradas de A Divina Sabedoria dos Mestres de Brian Weiss)

Vamos à escola! (Vamos ser Amigos!)

Viver é como andar na escola! Há matérias para aprender. Gostamos mais de umas do que de outras, mas temos que superar todas para passarmos ao grau seguinte se quisermos ver a Nós e ao Universo com mais nitidez. É assim com a Alma, é assim o seu Percurso. Então só nos resta tornar esse Caminho alegre e divertido, em Amor e Amizade, como Crianças entusiasmadas com a ideia de andar na escola!



We're Going To Be Friends

Fall is here, hear the yell
Back to school, ring the bell
Brand new shoes, walking blues
Climb the fence, books and pens
I can tell that we are going to be friends
Yes I can tell that we are going to be friends
Walk with me Suzy Lee
Through the park and by the tree
We can rest upon the ground
And look at all the bugs we've found
Safely walk to school without a sound
We safely walk to school without a sound
Well here we are no one else
We walk to school all by ourselves
There's dirt on our uniforms
From chasing all the ants and worms
We clean up and now it's time to learn
We clean up and now it's time to learn
Numbers letters learn to spell
Nouns and books and show and tell
Play time we will throw the ball
Then back to class through the hall
The teacher marks our height against the wall
The teacher marks our height against the wall
And we don't notice any time pass
Because we don't notice anything
And we sit side by side in every class
The teacher thinks that I sound funny
But she likes it when you sing
Tonight I'll dream in my bed
While silly thoughts run through my head
Of the bugs and alphabet
And when I wake tomorrow I'll bet
That you and I will walk together again
Because I can tell that we are going to be friends
I can tell that we are going to be friends

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Encontrando as Mensagens (O Deus em mim é a Deusa que há em ti)

Aguardei um pouco no carro, sem que tivesse algo por que esperar. Um leve véu de neblina envolvia, daí o misticismo de espectro lunar daquele sítio. Sentido o apelo, agasalhos repostos, saí. Dirigi-me à porta, toquei a campainha. Um sorriso. Fui recebido com gentileza. Entrei. Senti-me bem. O ambiente rústico, acolhedor, intimista. Os livros ao redor, tantos, tão sapientes quanto coloridos. O cheiro a incenso fino mais o mantra a preencher o espaço como um hino à Devoção. Teria que ser um pouco mais quente para chegar à ‘Perfeição’, mas tudo é possível. O Calor de uma lareira quem sabe, pensei. Sentei-me e peguei no primeiro livro que me escolheu. Um pequeno texto para cada dia do ano. O que dirá o meu dia de aniversário?, cogitei. Página cento e trinta e dois.

5 de Maio

Mesmo que ainda não consigais vivê-las, ficai sabendo que existem formas superiores do amor às quais deveis aspirar se quereis verdadeiramente que o vosso amor vos torne felizes. Uma mulher não pode dar tudo a um homem nem um homem pode dar tudo a uma mulher. Então, eles deveriam dizer um ao outro: “É preciso que saibas que não sou eu que poderei trazer-te a plenitude. Mesmo que eu te desse tudo aquilo que possuo, o teu coração é tão imenso que o universo inteiro não chegaria para o preencher, e a tua inteligência tem necessidade de uma luz que não possuo. Só Deus pode dar-te tudo. Então, aceita servir-te somente de mim como um meio para ires até Deus. Eu ficarei junto de ti, mas é Deus que tu procurarás através de mim.” É isto que os homens e as mulheres deveriam dizer uns aos outros, e então o amor não mais os deixaria, tornar-se-ia neles um estado de consciência permanente que nada poderia perturbar. Viver o amor assim, como um estado de consciência, é sentir em si um calor constante, uma luz que jamais se extingue.

Omraam Mikhaël Aïvanhov

Calmamente, li e reli aquelas palavras que toda a minha vida haviam estado dentro de mim sem que as conseguisse pôr ou encontrar cá fora assim. Fechei o livro, deitei-o cuidadosamente na mesa de onde me tinha chamado. Recostado no conforto daquele sofá hospitaleiro, fiquei a meditar no que lera. Sincronicidades. A pessoa larga os medos, acredita, e passa a estar sistematicamente no lugar certo, na altura certa. Então, as mensagens chegam de todos os lados, pelas mais diversas vias, por vezes de maneiras verdadeiramente espectaculares, dando Luz e Cor ao nosso Caminho.

À Chuva, a Dança da Vida (Entrega e Rendição)

- Ultimamente tem chovido tanto que tenho que aproveitar.
- E o que é “ultimamente”?
- No meu caso é sempre, desde sempre… Toda vida, quero eu dizer.
- E a “chuva”, o que é a “chuva”?
- A chuva é linda. É Amor que brota sobre a forma de água cristalina e que me molha até à Alma, purificando-me.
- O Quê?! Pensei que a chuva fosse toda a amálgama de tribulações, agitações, provações!
- Mas eu disse o contrário?
- Então em que ficamos?
- A chuva deixará de ser chuva quando passa de miudinha para tocada a vento?
- Não! Mas é diferente!
- Errado. É exactamente a mesma coisa. O que muda és tu, o modo como a vês, como lês a mensagem que a cadência dos seus pingos deixa sobre a superfície do teu corpo… O modo como danças com ela, no meio dela.

(Um momento de pausa. Ficou pensando nas palavras que haviam caído em sua mente como gotas de água fresca e vítrea.)

- Se muda o jeito como a chuva chove, muda o jeito como deves dançar. É só isso.

(Na precisão daquele momento não premeditado, veio-lhe à cabeça uma imagem nítida na qual encarnou. De branco, dançava leve, como que planando, mas segundo passos orientados no meio de um aguaceiro cujos pingos cintilavam colorações intangíveis, inatingíveis. Não pensava, apenas estava lá, excelsa. Um sentimento de Entrega, Rendição. Sem pensamentos, centrada nos movimentos interiores e exteriores.)

- É por isso que raramente te queixas? Tu aceitas tudo, não é?
- Não. É mais do que aceitação.
- Então?
- É Entrega, é Rendição.

(‘Entrega’. ‘Rendição’. As duas palavras ficaram ecoando em seu âmago, como se suas vibrações se imiscuíssem passando a estar aí impressas, nessa dimensão mais profunda e verdadeira do seu Ser. Tal como o som que nasce do sincronismo indecifrável de milhares de gotículas de água caídas do céu ao mergulharem na superfície outrora plácida de um lago.)

- Queixar-me para quê?... Se posso simplesmente… Dançar.

(Sorriu, fruto do entendimento.)



The Rain Quotation (Unknown Author)

"Life is not about waiting for the storms to pass... 
it's about learning how to dance in the rain!"

We all face adversity in our life. However, it's not the adversity, but how we react to it that will determine the joy and happiness in our life. During tough times, do we spend too much time feeling sorry for ourselves, or, can we, with gratitude... learn how to dance in the rain?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Peaceful Warrior (No Ordinary Moments)



When making a peanut butter and jelly sandwich you must first apply the peanut butter, not the jelly, to the bottom half of the bread.

The people that are the hardest to love, are usually the ones that need it the most.

There's never nothing going on. There are no ordinary moments.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O Futuro já está sendo construído (No Presente)

As verdades contidas nos ensinamentos das escrituras das diversas tradições espirituais religiosas destinam-se a unir-nos e não a separar-nos. A interpretação literal cria separação, enquanto que a simbólica – ver que todas elas abordam o modelo idêntico das nossas naturezas espirituais – nos une. Quando desviamos a nossa atenção do mundo exterior para o mundo interior, aprendemos a visão simbólica. Interiormente, somos todos iguais e os desafios espirituais que enfrentamos são os mesmos. As nossas diferenças exteriores são ilusórias e temporárias, meros adereços físicos. Quanto mais procuramos o que é igual em todos nós, mais autoridade ganha a nossa visão simbólica para nos orientar.
Fundir as tradições espirituais hindus, budistas, cristãs e judaicas num único sistema com verdades sagradas comuns constitui um sistema de orientação poderoso que pode potenciar as nossas mentes e corpos e mostrar-nos como gerir os nossos espíritos no mundo.

in Anatomia do Espírito por Caroline Myss

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Into The Wild ("God's light and forgiveness")

No meio de alguns dos encontros e desencontros de que tem sido feita a vida, há cerca de dois anos uma pessoa zelosa tentou por tudo levar-me ao cinema para ver este filme. Não fui. Por causa disto, por causa daquilo, por causa de não sei bem o quê. Será que as coisas acontecem quando têm mesmo que acontecer ou esse é um dizer sobre o qual nos escudamos para não nos defrontarmos com a nossa própria falta de coragem e preparação perante determinados desafios que se nos impõem? Hoje acredito que é um misto dos dois. É ténue a linha que os separa e é a capacidade para discernir essa fronteira e agir correcta e abnegadamente que separa os grandes homens e mulheres daqueles e daquelas que simplesmente cá andam a deambular.



“When you Forgive… you Love. And when you Love, God’s Light shines on you.”

“HAPPINESS ONLY REAL WHEN SHARED”

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Basta olhar para Cima (Com a Alma)

Numa noite serena, com a esbatida neblina a proteger-me de olhares alheios, porque quero passar despercebido. Observo uma coruja na relva. Há luz destes olhos humanos que trago para prestarem esse tributo à Alma que sou, escassos são os metros que nos separam. Ela salta e debica. Pontualmente olha para mim, eu para ela, e testificamos assim o nosso encontro sem pejos. Ambos sabemos da existência um do outro e, no entanto, coexistimos em perfeita harmonia. Não seria bonito se fosse sempre assim? Com tudo? Com todos?... Há-de ser, e esse dia já se avizinha bem perto.
O tal Horizonte Próximo…
Pensamentos, tantos, porém aqui poucos ou quase nenhuns. E quando vêm, deixo-os ir tal como vieram.
Nunca deixes aportar teus pensamentos…Observa-os somente e se isso te aprouver, se fizer de ti maior à Luz da Criação…
Estou naquele silêncio interior, o que parece uma estática que encripta a voz Divina. A beleza do cheiro orvalhado que me entra pelo peito adentro entrelaçado com essa Energia que nos anima a todos, só encontra par com o fulgor das cameleiras em flor que me escoltam de ambos os lados.
Guardado pela Beleza… Que mais poderei pedir?
Pontual, o canto das aves nocturnas sigilosamente estacionadas nas árvores outonais ao redor. Sinto a presença de um sem fim de Corpos Luminosos à minha volta, trazendo-me as carícias de um mundo celestial, amenizando a saudade que às vezes bate desse Lugar do qual não me lembro de ter estado mas de onde sei que Sou.
Para lá voltarei… Aqui respira-se Deus…
E há um momento em que olho para cima e mergulho no Céu. A Lua e uma Estrela, lado a lado. Vénus e tantas mais, tantos outros. Constelações que crio traçando riscos que na verdade não estão lá.
É tudo fruto da Imaginação… Pois, na sua missão, nem sempre os olhos acompanham a grandeza da Alma…
E nessa colecção de gestos de âmago, percebo nitidamente que basta olharmos para cima se quisermos entender quem somos, onde estamos e para onde vamos.
Às vezes basta olharmos para cima, só isso… Porque o que vem depois, vem naturalmente…E para isso, basta fechar os olhos e deixar que seja a Alma a ver…

domingo, 22 de novembro de 2009

Um Ano Depois

Um ano depois e voltou ser dia vinte e dois do onze.
Sem passado, presente ou futuro.
Agora, descontracção, está na hora da noite tranquila, está na hora da gataria.

sábado, 21 de novembro de 2009

Príncipes e Princesas da Luz (Odor de Floral Anjo)

Luzes apagadas, acendi uma vela, sorri
A flama era linda por demais
(Agora vejo beleza em tudo quanto é lugar)

Composto o Silêncio, ouvi uma música, corei envergonhado
Por uma sensação que me fez sentir tão bem
(Agora que tenho lugar para um Coração tão grande…)

Eternamente comprometido, renovei os votos com um segredo antigo, deliciado
Sem querer afinal sempre estive à altura
(Agora que sei que sempre soube o que é Amar)

Erguido com esplendor, de postura nascente, anuí
Prestando tributo à bravura de quem se debate com Luz
(Agora que estou aqui entregando Mensagens)

Pulsando vitalidade, este corpo um pretexto, jubilado
Quais dores que já não sinto, nunca senti
(Agora que morri para dar lugar ao que deve Ser)

Tão perto, finalmente, compreendi
E ao longe a visão de um horizonte próximo
(Agora que já aceitei, estou aqui)

Quem olhou e viu auras. Quem olhou e as decorou. Saiba que lhe devoto este Amor imperecível.
Quem decidiu tocar, e toucou. Quem decidiu abraçar, e abraçou. Saiba que lhe devoto este Amor intemporal.
Quem escreveu versos e os divulgou. Quem ergueu poesia a partir de escombros e a coroou. Saiba que lhe devoto este Amor inexprimível.
Quem emergiu em carícias entrelaçadas e se superou. Quem fez de efígies tangentes uma fusão e de dois em Um se Iluminou. Saiba que lhe devoto este Amor Celestial.
Quem sentiu calor e o aceitou. Quem deixou a água correr seu rumo por seu corpo e rumou. Saiba que lhe devoto este Amor supremo no seu momento carnal.

Príncipes e Princesas da Luz
Fazem Amor, coroados de grinaldas feitas de Flor
Não vos posso contar como é fazê-lo, pois é preciso sê-lo
Mas posso dizer-vos que podem lá chegar, basta que o queiram
É isso que venho Anunciar


(Eastern Princess em Towards the Wind por Stephan Micus)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Zoisite

A Zoisite é uma pedra energizante capaz de dissolver a letargia, aumentar a vitalidade e transformar a energia negativa em energia positiva. Encoraja a pessoa a ser ela própria e a revelar a sua unicidade, levando-a a seguir o seu próprio caminho ao invés de se deixar arrastar pela multidão.

A Zoisite amplifica a criatividade. É uma pedra particularmente útil nos casos em que se tenha perdido a chama criativa, encorajando também a pessoa a focar-se no que realmente gosta e quer fazer. A Zoisite promove igualmente a confiança no Universo e em tudo o que há de realmente bom subjacente à vida, elevando o espírito em direcção à Felicidade.

Na cura, a Zoisite age como um desintoxicante natural, ajudando também a amenizar inflamações. Estimula a fertilidade ajudando a curar doenças residentes no sistema reprodutor. Também ajuda a recuperar de traumas profundos e maleitas severas.

A Zoisite é um cristal lento pelo que a sua actuação se prolonga por longos períodos de tempo.


Leituras Recomendadas

Sugestões? Bem, para dizer a verdade, de cada vez que vou à estante, o meu livro predilecto continua a ser o mesmo de sempre...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pólen Lunar (De Outono?)

Num Outono descaracterizado, e quando Outubro já passou testemunho a Novembro, eis que um rapaz poderá estar no auge de tanta Primavera.
- A Beleza é como o Pólen, meu caro. Por vezes paira pelo ar, porém fortuitamente. Por isso tem cuidado e não te deixes embriagar!...
Contador de estórias, meramente esperando o melhor momento para entrar em cena, por enquanto está observando a Beleza ao redor. Vendo passar essas efígies Angelicais…
- O fundamental é que entendas que para contar estórias tens que ter a Imaginação de uma Criança aliada à Sabedoria e à Experiência de um adulto.
Se ouvir é aprender, então ele aprendeu. Mas como é bom guardar os segredos para prevenir acerca do risco deles não se concretizarem, ficou por explicar o que é o Pólen. E assim começará a primeira linha de um primeiro livro escrito por um autor debutante.
- Falta uma peça nessa engrenagem. E sabes o que é? Precisas de uma mulher que te ponha a trabalhar!
‘Nem pensar’, declarou já em fuga. E houve quem ficasse a rir-se de o ver fugir da inevitabilidade das palavras certeiras.
- E porque hoje é noite de Lua Cheia, marcamos encontro no Jardim dos Sete Suspiros, certo?
Nome de código. Depois, o inevitável ‘sim’. Está tudo explicado, não está? Sorri a Gataria de asas postas que lá paira, pressentindo já que o Pólen vai chegar pela noite, Lunar.

Febre do “ouro” (Da maldição ao adeus às bruxas)

Queres o “ouro”? Só vou perguntar-te uma vez mais… Tens mesmo a certeza que queres o “ouro”? Pronto, então fica com “ele”, é teu, mas na hora da agonia não digas que não te avisei.

Desta já estou Livre. Será só mais uma naquele que é o meu Caminho, O do Guerreiro.





Em seguida o término de uma estória que se desenrolou nos bastidores das vidas de muitos, tantos que alguns nem se souberam fazer parte de tal trama.

Foi até ao portão. Viu-a. Chamou-a. Ela virou-se e arregalou os olhos ao vê-lo, espanto e acidez.
- O que é que estás aqui a fazer? Tentou alvejá-lo agressiva.
- Vim avisá-la. Respondeu imune, porém no indefinido de um misto de calma e preocupação. Pode bem ser a sua última oportunidade.
- Mas desde quando é que… Quem é que pensas que és! Retorquiu corrosiva num esgar que lhe distorceu a voz.
Qual tempo inenarrável, fitaram-se na colisão do olhar de um no do outro. Um duelo? Para ela sim. Para ele não. Dificilmente ela entenderia que a presença dele ali era acima de tudo um gesto de pura compaixão, algo que depois de tudo nem lhe cabia fazer, mas que se predispusera para tal à mesma.
- Vão-lhe ser oferecidas duas cadelas. Virá aqui uma mulher fazê-lo, pedindo-lhe que tome conta delas. Aconteça o que acontecer não as aceite. Solenizou as palavras tranquilas.
Com aquele seu semblante de bruxa, ela riu-se vil e arrogante. Ele percebeu que nada mais havia a fazer ali, que no fundo aquilo nem teria valido a pena, mas acima de tudo queria fechar mais um capítulo da sua estória de vida com a certeza de que fizera tudo o que podia ter feito. Avisei-te. Agora estás entregue a ti própria e aos teus desejos, mulher… Ela voltou a rir, malévola, segura dos seus intuitos, fossem eles quais fossem. Voltou-se e fechou a porta. Com esse som fracturado mais o dos cães que começaram a ladrar-lhe com fúria ele ficou ali mais uns instantes. Tirou a mão da grade e reparou na aranha que ali montava uma intricada teia. Sorriu interiormente por ter percebido a mensagem com clareza. Está feito. Virou-se e seguiu rumo com a leveza do sossego em seus passos firmes.

As Origens deste breve mas intenso texto ficarão até mais não uma estória por contar. Folhas de papel guardadas numa gaveta apócrifa. Porquanto, quem quererá saber de quando “bruxas” e “anjos” se travam de razões? Se é que isso possa existir sequer? “Bruxas”? “Anjos”? Provavelmente ninguém.

sábado, 24 de outubro de 2009

Borboleta Insular (Recados e Sabedoria)

Quando dois Anjos se encontram, sob a cobertura do silêncio e secretamente disfarçados pelas vestes que os humanos sem saber lhes deram.

Nós sabíamos que era uma questão de tempo para se abrirem as portas da revelação daquilo que andávamos à procura e que constitui hoje a nossa missão... Não é fácil estarmos sozinhos, mas evita ruído e atrapalhação à volta... Continuaremos a ser nós mesmos... sempre... Afinal já fomos e seremos sempre uma espécie de "guardiões" de certas almas... Mesmo que isto seja um risco muito grande em termos das nossas próprias barreiras, da nossa integridade que vemos muitas vezes ultrapassada...Vamos descobrindo...Vamos vivendo...

Palavras de Sabedoria de uma Borboleta Insular. Obrigado, dedico-te uma Vénia. Entretanto aqui fica um recado que “recebi” um destes dias…

Deus Ama e Protege os seus Anjos, por isso não temos que ter medo de cá estar…

Sorrio. Sorrimos, todos juntos na nossa bela e necessária Invisibilidade.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Citação II

O método mais doloroso, se não o mais rápido, de autodestruição é o mau uso do conhecimento espiritual. O individuo tentado a fazer uso desse conhecimento espiritual para influenciar e controlar outros, e levar vantagens sobre eles, deveria lembrar-se de que cada edito emitido pela sua mente ou pela sua boca, passa através do seu próprio ser e torna-se uma autorização de poder dentro da sua própria natureza, operando sobre si mesmo exactamente como ele tencionava emiti-lo para outrem. (…) “A dádiva pertence àquele que a dá e a ele retorna”, seja boa ou má. “Como deres, assim receberás”.

Baird T. Spalding, in Vida e Ensinamentos dos Mestres do Extremo Oriente.



Ninguém lançará mão de ti para te fazer mal.

(Actos 18.10)

Diferenças (Subtilezas)

Praticamente um ano depois, deixo aqui ficar uma questão...
Qual a diferença entre Lavanda e Alfazema?...

(Campo de Lavanda... ou... Alfazema...)

(Foto sacada de)
(http://curiosidadesnanet.wordpress.com/2009/07/28/campos-de-lavanda/)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Compreensão (Citação)

(...) O conhecimento das vidas passadas não é necessário para atingir estas mudanças positivas. A chave suprema é a compreensão. À medida que for aumentando a sua compreensão a respeito da sua verdadeira natureza e do seu verdadeiro propósito, ocorrerá uma transformação permanente na sua vida; e a partir daí tornar-se-à possível começar a transformar o mundo.

Dr. Brian Weiss

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O Repórter (Primeiros indícios)

Naqueles trechos da vida, sempre quis registar sem participar. Como se fosse invisível, estar lá sem intervir. Sempre quis assim para se proteger do embaraço da sua timidez. Portanto, o rapaz sempre fora um Repórter. O Tímido Repórter… Daí a ênfase angelical. Anjos são repórteres… Invisíveis, observam e reportam. Uns não intercedem, outros sim… Mas isso é o capítulo seguinte da mesma estória…


(‘Retrato da Alma’)
(Foto de Mar que tomei a liberdade de intitular)

Consultando o Oráculo (Veneno)

Sentou-se e procurou o Mestre. Havia somente que aguardar, pois o chamamento já havia sido emitido. Naquele momento era de certo modo difícil ser paciente, um pouco mais do que o habitual. Era como se ainda se sentisse de alguma maneira sob a alçada daquela estranha sensação que o revirara até ás entranhas. Foi doloroso…
- Sentes-te melhor?
Sem avisar, como sempre, a voz sábia do Mestre reverberou por seu corpo adentro. Por mais vezes que o invocasse, nunca sabia quando ele ia chegar, era sempre tomado de súbito, desprevenido.
- Sim. Arrisco-me a dizer que o pior já passou.
- Arriscas bem. Assentiu suave e firme.
- O que se passou comigo, Mestre? Seus ombros ligeiramente retraídos e seus olhos impressionados retrataram com fidelidade o ímpeto que se impunha naquela pergunta.
Fez-se um compasso de espera, um momento de silêncio, como se o gérmen das palavras a sair precisasse de um naco especial de tempo para despontar.
- Quando decides salvar alguém mordido por uma cobra tens que te acautelar.
- Como assim?
- Primeiro certificas-te que a cobra já não está por perto. Caso contrário, expulsa-a para bem longe. Depois, se não te restar outra hipótese que não seja sorver o veneno a partir da ferida aberta pela mordida, tens que ter cuidado para não seres também tu contaminado.
Foi como que atingido por um raio clarividente. O vestígio de veneno que ainda o minava dissipara-se instantaneamente com esse clarão. Agora sim, tudo fazia sentido. O medo, a raiva, a angustia, os pesadelos, o desnorte. Desvendava-se toda a indescritibilidade da ruína que sentira. Havia sido contaminado pelo veneno que estivera a remover.
- Se não cuspires bem o veneno ele entranha-se subrepticiamente e afecta-te. Até que o consigas dissolver, sem a consciência disso, só te resta penar vergado ao seu efeito maléfico.
Olhou o Mestre com seriedade e uma gratidão cristalina.
- É importante que te dediques a salvar vidas, mas é ainda mais importante que te mantenhas vivo. Atende primeiro ao primado do teu propósito e depois àqueles com quem te cruzas, por mais vividas que sejam as tuas certezas acerca do seu papel no teu Caminho. Sobre isso, não te esqueças nunca, a certeza só é garantida depois de concretizada e isso é algo que vai para além de ti, está nas mãos da Criação.
A advertência fora grave. Nem por sombras tão atónito quanto isso, estava elucidado.
- Obrigado, Mestre.
Lentamente, curvou-se reverente ao Venerável Oráculo. Levantou-se para tomar seu caminho de volta.
- Escuta.
Deteve-se à chamada, expectante concentrou-se no espaço já ocupado pela mensagem que vinha.
- Lembra-te que só vale a pena correr tais riscos por quem realmente se quer salvar. Sondas a vontade e a honestidade da pessoa, depois disso basta-te um ‘sim’ ou um ‘não’ para perceberes claramente o que fazer.
Anuiu em sinal de respeito e reconhecimento. Havia percebido sem mácula o intuito do recado final. Ciente, retomou sua vereda.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Menino Azul (O Começo de uma Estória a Contar)

Um dia acordou de manhã, tinha-se transformado, era um Menino Azul. Adormecera supostamente adulto, acordara seguramente Criança.
Tudo fruto de uma Oração.
Percebera num Sonho nítido que a vida é feita de círculos, uns são para se selar outros são para se quebrar.
Selem-se os ‘bons’ e sejam perpetuados. Quebrem-se os ‘maus’ e sejam dissolvidos.
Mas o menino Azul também descobriu que a maioria das pessoas, não consegue ver isso, fala muito e passa o resto de suas vidas repetindo aquilo que mais criticaram, aquilo que mais as fez sofrer. Presas nos ciclos que deviam quebrar, ignorando os ciclos que deviam selar.
As pessoas precisam prestar atenção a suas próprias palavras quando as atiram aos outros, para saberem o que necessitam de em si próprias mudar.
No seu Sonho as pessoas feriam quem bem lhes queria, e deixavam-se ferir por quem delas abusava. Umas sabiam disso, outras desconheciam. Umas eram cruéis porque sim, outras eram-no porque não. No entanto todas eram tristes e angustiadas, todas precisavam e mereciam ser ajudadas. Mas só algumas queriam aceitar essa Mão que diante delas se estendia vibrante.
Só se salva quem quer a salvação. Só vive o Milagre quem Nele acredita e o quer viver.
Nesse Sonho, uma Menina Dourada trepou até ao topo de uma árvore imemorial e cantou ao Coração das pessoas palavras de um idioma sagrado no andamento de uma melodia divina. As que quiseram ouviram e deixaram-se encantar. As que não quiseram, afeiçoadas a sua surdez de estimação, em pó de lágrimas se fizeram chorar partindo para renascer num outro lugar.
Nada se perde, tudo se transforma. É o direito de cada um abrir seu Coração e cintilar ou fechar-se, inevitavelmente murchar, e voltar um dia mais tarde para continuar a aprender a partir do ponto em que por medo, desistência ou decisão achou por bem parar…
Então ecoaram sorrisos e, como se secretamente há muito estivesse combinado, do ar Meninos e Meninas Azuis começaram a brotar. Eram como Pirilampos Pulsantes gravitando ao redor dessa Criança Dourada, enaltecendo a Radiância que não parava de alegrar e aclarar. E para quem sempre acreditara que entre duas Almas o vazio as separava, pôde ver seu engano desiludido e perceber que sempre as uniu essa mágica Energia perene. E todos os Meninos e Meninas Azuis se foram transformando em Ouro Etéreo por força de se terem deixado tocar pela Aura da Menina Dourada.
Temos somente que remover o negrume acumulado ao longo de vidas ocultando nosso Brilho Matricial. Todos somos Dourados, essa é a nossa Verdade mais íntima, a nossa Natureza mais profunda.
Celebrando essa dádiva Aurora, o Menino Azul levantou-se feliz, sentindo-se abençoado e especial por ter sido presenteado pelos Entes de Luz com uma Revelação. Agora sabia que tinha que arranjar maneira de a contar. Sorria ao ponto de se sentir capaz de realizar Milagres. Sabendo que seu peito albergava um Jardim Dourado, olhava ao redor com seus olhos branqueados por Água de Rosas e percebia que tudo era Beleza, só Isso.
Eu Sou o Amor.

(http://www.youtube.com/watch?v=doc1eqstMQQ)

(Sorrio)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Palavras emprestadas (Fusion)

Estas são as questões que coloco, as afirmações que afirmo. Quando duas Almas se sentem como Uma.



Fusion

¿Dónde termina tu cuerpo y empieza el mío?
A veces me cuesta decir.
Siento tu calor, siento tu frío,
me siento vacío si no estoy dentro de tí.

¿Cuánto de esto es amor? ¿Cuánto es deseo?
¿Se pueden, o no, separar?
Si desde el corazón a los dedos
no hay nada en mi cuerpo que no hagas vibrar.

¿Qué tendrá de real
esta locura?
¿Quien nos asegura
que esto es normal?
Y no me importa contarte
que ya perdí la mesura
que ya colgué mi armadura en tu portal.

Donde termina tu cuerpo y empieza el cielo
no cabe ni un rayo de luz.
¿Que fue que nos unió en un mismo vuelo?
¿Los mismos anhelos?
¿Tal vez la misma cruz?

¿Quien tiene razón?
¿quien está errado?
¿Quien no habrá dudado
de su corazón?
Yo sólo quiero que sepas:
no estoy aquí de visita,
y es para ti que está escrita esta canción

terça-feira, 22 de setembro de 2009

De Viagem (Voluntário, hoje é dia de partir para ser Feliz)

Suspirou pesadamente. Não de tristeza, mas sim perante a inevitabilidade de uma decisão tomada. Não havia mais nada a fazer. Aceitar pode ser um dos maiores actos de coragem, o pêndulo entre o medo da cobardia ou a certeza da ousadia. É preciso ser arrojado, do dizer ao fazer está o passo que muda o mundo. Sempre disse que ia mudar o mundo, nunca o fiz. Agora que me calei, que fique em segredo, mas estou gradualmente a consegui-lo. Mas como disse aquela sua outra amiga ‘O que é certo é fácil’. Então para quê preocupar-se? O Sol brilha sempre mas é preciso saber procurar o melhor lugar para se ser repleto do seu amável manto. Olhou ao redor e viu um quarto devoluto onde morara durante anos. No seu estômago a inquietação da partida a reverberar no vazio daquela oca catacumba. Não há problema, é sinal que estou vivo… Os anos em que o seu corpo ali estivera deitado e a Alma sempre à porta chamando-o para conhecer o mundo. Finalmente despertara. Às vezes é ao contrário, a Alma dorme e o corpo anda por aí ‘ao Deus dará’… O ideal seria partir sem nada, mas ainda melhor que isso tinha uma mochila desocupada que já colocara confortavelmente às costas despertadas de uma velhice falaciosa. Agora que a juventude eclodiu por força do atrevimento de ter rompido uma casca de timidez, as rugas que só existiam na minha imaginação dissiparam-se ao som de um melódico epitáfio. Leve, sem ter a intenção de guardar o que quer que seja, pegou somente no caderno de folhas por estrear. Palavras, Desenhos e Recortes, irão testemunhar o que estiver para vir. Só para depois jogar tudo ao mar. Deixou abandonadas as chaves em cima das mantas onde a gata já não dormia e abalou até ao corredor de saída. Tinham sido meses de hesitação, anos de expectativa. Teria sido a Esperança uma ilusão, ou no fundo a Fé simplesmente estivera sempre a ganhar forma depois de há muito germinada?... Esperou somente pelo despontar improvável de flores num vaso abandonado e mal regado durante não sei quanto tempo na marquise do quarto de um parente que durante anos escreveu versos sobre álcool. Quanto a si, há já muito havia optado gravá-los sobre papel com uma caneta especial, tinta de luz. Quem lê escolhe a cor, quem sabe decifra-a. Tem tudo a ver com Amor e Devoção. Sem saber bem porquê sorriu. Apesar de tudo, sentiu-se bem, de Coração vasto. Abriu a porta, saiu, e deixou-a fechar-se sem estrondo.


Mandalas Estelares (Um Desejo para ti)

Ele estava num dos seus passeios noctívagos pela Bela Vila. Pensou nela. Contemplou o céu e viu uma estrela cadente sorrir-lhe. Superando a hesitação de quem quer gerir um sentimento, fechou os olhos e emitiu-lhe uma mensagem.

Ela estava em casa, enfadada, tentando inutilmente concentrar-se num dos três livros que fingia ler em simultâneo. Olhou pela janela e de fugaz viu uma estrela riscar o céu. Sorriu espontaneamente, mas sentiu um aperto no coração. Pensou nele com uma clareza que o fazia estar ali naquele momento.

Sem ter medo de ir além do medo, pegou no telemóvel. Acabo de ver uma estrela cadente. Se é verdade que ganhei um desejo então quero oferecê-lo a Ti. Pede o que quiseres. Sê feliz.

O som atropelou de súbito o silêncio do quarto entediado. Chegara uma mensagem. É ele… Sorriu, seus olhos brilharam instantaneamente, no meio do nervosismo. Leu-a devotamente. Sentia-se adolescente. Formulou o seu desejo. Sem medo de ir além do medo

Sentou-se nas escadas de frente para o palácio e ficou a viver a noite, como um gato pardo. Invisível.

Jogou-se na cama, de olhos postos nas estrelas que colocara no céu do seu quarto. Adormeceu com o triunfo de se ter atrevido a sonhar.


sábado, 19 de setembro de 2009

Sem intuitos (Banda sonora pela matinal)



(E o que resta de uma manhã de Sábado...)
(Está na hora da faxina!)
(Sorrio)

Poema pela manhã (Com o Sol a entrar)

Sem grandes razões para sorrir (Pretensiosa Columbina)
Hoje sou feliz (Travesso Arlequim)
Hoje estou na Primavera quase à entrada do Outono (Nesta estória não tem Pierrot, s’escafedeu)
Ganhei um sorriso com Asas de Borboleta (Sorriu)
Livre deixei-o voar (Voou)
Sabendo que num rosto gemelar s’irá acoplar (Acoplou)

Sempre fui hábil com rimas fáceis (Por simplicidade ou falta de talento?)
Sempre fui fácil perante beijos hábeis (Por excesso de Fé ou desalento?)
E se beijos nem sempre são beijos (Venha quem o saiba desencriptar)
Que bonito é estar aqui deste lado vendo as Flores crescentes (Especialmente para um paciente declaradamente impaciente)
Sabendo que houve a Inspiração para as plantar (Plantei, é verdade)
Esperar é saber viver (Se o consigo ou não, só eu o poderei dizer)

Bom dia! (Alegria!)
E pronto (Está feito)



Post Scriptum: De regresso à Poesia Lúdica (Eh eh eh)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Superação

David Chetlahe Paladin (o seu nome verdadeiro) partilhou comigo a sua estória em 1985; morreu em 1986. É um testemunho do potencial humano de alcançar uma qualidade de poder interior que desafia as limitações da matéria física. Quando o conheci, ele irradiava uma qualidade de empoderamento que era rara, e eu tinha de saber como ele tinha conseguido aquilo que tantas pessoas procuravam conseguir. David foi um dos meus melhores mestres, uma pessoa que dominava a verdade sagrada Respeitar os Outros e que transmitiu plenamente aos outros a energia da sefirá de Yesod e do sacramento da Comunhão.
David era um índio Navajo que cresceu numa reserva durante as décadas de 1920 e 1930. Ao chegar aos onze anos, era um alcoólico. Deixou a reserva a meio da adolescência, vadiou durante uns meses, depois arranjou emprego num navio mercante. Só tinha quinze anos mas fez-se passar por dezasseis.
A bordo do navio fez amizade com um jovem alemão e com outro jovem norte-americano. Juntos viajaram por portos por todo o Oceano pacífico. Como passatempo, David começou a desenhar. Um dos temas que desenhava era as casamatas que os japoneses estavam a construir nas diversas ilhas dos Mares do Sul. Foi no ano de 1941.
Os desenhos das casamatas de David acabaram por ir parar às mãos dos militares americanos. Quando foi recrutado para o serviço militar, presumiu que continuaria o seu trabalho como artista. Em vez disso, passou a fazer parte de uma operação secreta contra os nazis. O exército tinha recrutado Navajos e outros nativos americanos para uma rede de espionagem. Os operacionais eram enviados para trás das linhas inimigas e transmitiam informações à base principal de operações militares na Europa. Por poderem ser interceptadas todas as transmissões via rádio, eram utilizadas as línguas nativo-americanas para garantir que nenhuma mensagem captada pudesse ser interpretada.
Quando David estava atrás das linhas do inimigo, foi capturado por um grupo de soldados nazis. Os nazis torturaram-no, entre outras coisas, pregando-lhe os pés ao chão e obrigando-o a estar de pé nessas condições durante vários dias. Depois de sobreviver a esse horror, David foi enviado para um campo de exterminação por ser “de uma raça inferior”. Quando o estavam a empurrar para dentro de uma carruagem sentiu uma carabina a empurrar-lhe as costelas, ordenando-lhe que andasse mais depressa. Virou-se para defrontar o soldado nazi. Era o alemão com quem David tinha feito amizade a bordo do navio mercante. O amigo alemão de David tinha feito preparativos para David fosse transferido para um campo de prisioneiros de guerra, onde passou os restantes anos da guerra. Quando os campos foram libertados, soldados americanos encontraram David inconsciente e moribundo. Transportado para os Estados Unidos, David passou dois anos e meio em coma num hospital militar em Battle Creek, no Michigan. Quando finalmente saiu do coma, tinha o corpo tão enfraquecido pelas experiências do campo de prisioneiros que não conseguia andar. Tiraram-lhe as medidas para um aparelho ortopédico e, com a ajuda de muletas, conseguia arrastar-se em distâncias curtas.
David tinha tomado a decisão de regressar à reserva, dizer um último adeus à sua gente e entrar para um hospital de veteranos e ficar lá o resto da vida. Quando chegou à reserva, a família e os amigos ficaram horrorizados com aquilo em que se tinha tornado. Reuniram-se em conselho para descobrirem como podiam ajudá-lo. Depois da reunião de concelho, os anciões aproximaram-se de David, arrancaram-lhe o aparelho das pernas, ataram-lhe uma corda à cintura e atiraram-no para as águas profundas. “David, chama teu espírito de volta”, ordenaram. “O teu espírito já não está no teu corpo. Se não conseguires chamar o teu espírito de volta, soltar-te-emos. Ninguém pode viver sem o seu espírito. O teu espírito é o teu poder.”
“Chamar o espírito de volta”, contou-me David, foi a tarefa mais difícil que jamais teve de empreender: “Foi mais difícil do que suportar que me pregassem os pés ao chão. Vi as caras daqueles soldados nazis. Vivi aqueles meses todos no campo de prisioneiros. Sabia que tinha de soltar a minha raiva e o meu ódio. Quase não conseguia impedir-me de me afogar, mas rezei para expulsar a raiva do meu corpo. Foi por isso que rezei e as minhas preces foram atendidas.”
David recuperou totalmente o uso das pernas e de seguida tornou-se um xamã, um sacerdote cristão e curador. Voltou também a desenhar e ganhou reputação de artista altamente dotado.
David Chetlahe Paladin irradiava uma qualidade de poder que parecia a Graça em si. Tendo sobrevivido a um confronto com o lado mais sombrio do poder, transcendeu essas trevas e passou o resto da vida a curar e a inspirar pessoas a “chamarem o seu poder de volta” de experiências que esgotaram a força vital dos seus corpos.

In, A Anatomia da Alma, Caroline Myss

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Postal Número 5 (De Mim para mim)

Ao chegar à porta de entrada, cumpriu com o ritual de sempre. Abriu a caixa do correio. No meio do acumulo de publicidade, havia algo novo. Pelo menos a julgar pela textura. Depois de ver com as mãos a novidade, procurou enxergá-la com os olhos. Era um postal. E não vinha identificado. Mas a magia de um postal é que basta senti-lo, uma mensagem no dorso de uma imagem, e logo se percebe de onde ou quem veio.

Postal número 5

Estou bem.
Moro no teu Coração,
Estou sempre contigo,
Porque sou a tua Alma.
Não te esqueças de mim
E jamais te esquecerás de ti
Ama-me tal como te Amo
E Amar-Te-Ás como nunca Amaste
Somos Um.

Sorriu. Um postal é um portal. Aquele mais que qualquer outro. Se não soubesse quem o escrevera, diria que se tratava de um amigo imaginário. Mas percebeu claramente que era de si para si.
Levantou-se, pegou na caneta de acetato e, no canto superior direito da imagem celeste, escreveu palavras encolhidas mas de significado imenso.

Pela noite saí do meu corpo, temporário…
Escrevi um fio de versos que dediquei a mim, Alma…
De manhã voltei e já dentro do corpo acordei…
Com o sonho vívido na mente…
Com um postal na mão…
Uma mensagem de mim para mim que trouxe de um sonho perfeito…
Obrigado.

Voltou à cama ainda quente para voltar a dormir. O postal, esse, em cima da mesa-de-cabeceira estava já enviado, remetido para o “outro lado”. Adormeceu.

domingo, 23 de agosto de 2009

"Samba do Avião"



Eparrê
Aroeira beira de mar
Canôa Salve Deus e Tiago e Humaitá
Eta, costão de pedra dos home brabo do mar
Eh, Xangô, vê se me ajuda a chegar

Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim

Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Rio de sol, de céu, de mar
Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão
Copacabana, Copacabana

Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós
Pousar...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Panela de Pressão



Pressão?... Não!... É só impressão!

(Sorrio)

Elementos: Sobre a Raiva.

Li uma vez uma parábola onde Buda equiparava a raiva ao acto de se pegar numa brasa com as próprias mãos e atirá-la a alguém. Ambas as pessoas se magoam, mas quem a arremessa fere-se primeiro. Pareceu-me uma das melhores imagens para ilustrar esse tipo de emoção.

A origem da raiva normalmente reside num sentimento de mágoa que a pessoa retém por alguma razão. A partir daí a tendência é quase sempre a de se responder na mesma moeda, quer essa resposta seja conscientemente dirigida ou não. Contudo, essa atitude acaba por ser absurda pois é inegável que expressar raiva em direcção a outros para além de não ser uma solução só levará a mais ira e dor. “Se procuras vingança, então primeiro cava duas sepulturas!”, é o que diz um célebre ditado chinês a propósito da raiva e da agressão.

Porém, reprimir a raiva sem lidar com ela é igualmente nocivo. Neste sentido, há também quem se auto-agrida, engolindo as brasas ao invés de arremessá-las. Aí a cólera é interiorizada causando graves enfermidades à pessoa que se repercutem na sua saúde e relações de modo devastador.

O primeiro antídoto para a raiva é a tomada de consciência. A pessoa tem que fazer uma análise da causa desse sentimento que a toma e do modo como o expressa. Aceitar e integrar as experiências que causaram dor e mágoa, percebendo que tudo tem um sentido ‘pedagógico’ na vida, trás desenvolvimento pessoal e mais tarde libertação. Essa compreensão inevitavelmente levará à diluição da cólera, resultando em amor-próprio e num bem-estar genuíno. Em suma, passa por aprender a gostar de si tal como se é enquanto fruto das suas experiências, reconhecer a perspectiva de crescimento que as mesmas trazem.

Quando esse patamar é atingido, torna-se muito mais fácil entender os outros, até mesmo os que nos causaram dor. Compreende-se que só alguém infeliz e/ou ignorante poderá fazer o que quer que seja no sentido de nos magoar. Infeliz porque naturalmente não estará bem consigo próprio. Ignorante por descurar que toda e qualquer atitude mal-intencionada contra outrem estará sempre sujeita a um inevitável efeito boomerang: “o mal que se faz volta a dobrar”, é uma lei ‘física’.

É deste momento em diante que a pessoa começa a ter um comportamento naturalmente assente em Bondade e Compaixão. No fundo é um processo em que a pessoa tem primeiro que ser bondosa e compassiva para consigo próprio e depois para com os outros.


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Descanso após a “causa-efeito” (Suspiros e Sorrisos)

- Então e agora? Perguntou o “gajo”.
- Ahhhh… Ela arrastou sua voz melódica. Agora faz o que sempre fizeste nestas alturas, miúdo.
Não querendo mover-se para que ela não se desencostasse dele, girou os olhos na direcção do cheiro dos cabelos de Garota Anjo.
- Como assim? Interrogou de sobrolho intrigado.
Ohhh! Como assim? Então não és tu que tens sempre solução para tudo!? Riu. Sei lá, arruma uma!
Tu és demais…
Eu sei! Respondeu com uma preguiça a dar-lhe estilo à pretensão.
Perante tal abuso de carisma, em circunstâncias normais seria pretexto para abanar a cabeça, porém continuava a não querer que ela saísse de seu pouso. Sentia-se tão bem, tranquilo como tudo. E ela também. Mas alguma dúvida optimista pairava à entrada daquela porta escancarada que se abrira com caminho incerto para o futuro. Tinha a Fé no seu Coração, além disso, só precisava da coragem na voz firme e meiga dela.
Mas achas mesmo que vou conseguir? Persistiu na pergunta diminuindo o tom das palavras, de modo que terminou a frase como se de um segredo se tratasse.
Claro que sim. Afirmou, fazendo questão de tirar a cabeça do colo de seu ombro, só para o olhar nos olhos. Tu consegues. Alvejou-o com aquele seu brilho do olhar. Tu consegues sempre tudo. Rematou, doce.
Ele sorriu. Beijaram-se. Um beijo garoto e gostoso. Ela voltou a encostar-se nele. Companheiros, deitaram a vista sobre o horizonte. Suspiraram os dois em uníssono. Sorriram em brinde à celebração de sua coordenada condição. Estavam tão bem um ao pé do outro, porquê mexerem-se? Ali ficaram, no calor de um abraço amoroso, sintonizados na paisagem de final de tarde. Era o seu momento, só havia que eternizá-lo. Portanto, faziam-no. Mais uma vez... A Felicidade está na Simplicidade.

domingo, 9 de agosto de 2009

"A Idade Do Céu"

Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu...

Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...

Ranhan! Anhan! Hum! Hum!

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu...

Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu...

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu...

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah!

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu...(2x)

A mesma idade
Que a idade do céu
Calma!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Minha Nave (Departure)

E pronto. Era tudo o que precisava. Nos hangares do meu Ser, construí zelosamente esta magnífica nave. Aos comandos dela irei percorrer este Universo, o Mar de Éter, a Energia Eterna. À velocidade da Luz, terei nos versos e sons combinados a Força que a fará mover. E se tiver que parar, que seja para dar boleia, a quem queira entrar.


(Luz no Coração)

(Sorrindo)



Guitarra Y Vos, Jorge Drexler

Que viva la ciencia,
Que viva la poesia!
Que viva siento mi lengua
Cuando tu lengua está sobre la lengua mía!
El agua esta en el barro,
El barro en el ladrillo,
El ladrillo está en la pared
Y en la pared tu fotografia.
Es cierto que no hay arte sin emoción,
Y que no hay precisión sin artesania.
Como tampoco hay guitarras sin tecnología.
Tecnología del nylon para las primas,
Tecnología del metal para el clavijero.
La prensa, la gubia y el barniz:
Las herramientas de un carpintero.
El cantautor y su computadora,
El pastor y su afeitadora,
El despertador que ya está anunciando la aurora,
Y en el telescopio se demora la última estrella.
La maquina la hace el hombre...
Y es lo que el hombre hace con ella.
El arado, la rueda, el molino,
La mesa en que apoyo el vaso de vino,
Las curvas de la montaña rusa,
La semicorchea y hasta la semifusa,
El té, los ordenadores y los espejos,
Los lentes para ver de cerca y de lejos,
La cucha del perro, la mantequilla,
La yerba, el mate y la bombilla.
Estás conmigo,
Estamos cantando a la sombra de nuestra parra.
Una canción que dice que uno sólo conserva lo que no amarra.
Y sin tenerte, te tengo a vos y tengo a mi guitarra.
Hay tantas cosas
Yo sólo preciso dos:
Mi guitarra y vos
Mi guitarra y vos.
Hay cines,
Hay trenes,
Hay cacerolas,
Hay fórmulas hasta para describir la espiral de una caracola,
Hay más: hay tráfico,
Créditos,
Cláusulas,
Salas vip,
Hay cápsulas hipnóticas y tomografias computarizadas,
Hay condiciones para la constitución de una sociedad limitada,
Hay biberones y hay obúses,
Hay tabúes,
Hay besos,
Hay hambre y hay sobrepeso,
Hay curas de sueño y tisanas,
Hay drogas de diseño y perros adictos a las drogas en las aduanas.
Hay manos capaces de fabricar herramientas
Con las que se hacen máquinas para hacer ordenadores
Que a su vez diseñan máquinas que hacen herramientas
Para que las use la mano.
Hay escritas infinitas palabras:
Zen, gol, bang, rap, Dios, fin...
Hay tantas cosas
Yo sólo preciso dos:
Mi guitarra y vos
Mi guitarra y vos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Al otro lado del rio



Al Otro Lado del Río, Jorge Drexler

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

El día le irá pudiendo poco a poco al frío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río



(Parar de remar? Nem pensar!)

(Sorrio)

domingo, 19 de julho de 2009

(Hey Jude) Em Caminho... (All you need is Love)




Hey jude, dont make it bad.
Take a sad song and make it better.
Remember to let her into your heart,
Then you can start to make it better.

Hey jude, dont be afraid.
You were made to go out and get her.
The minute you let her under your skin,
Then you begin to make it better.

And anytime you feel the pain, hey jude, refrain,
Dont carry the world upon your shoulders.
For well you know that its a fool who plays it cool
By making his world a little colder.

Hey jude, dont let me down.
You have found her, now go and get her.
Remember to let her into your heart,
Then you can start to make it better.

So let it out and let it in, hey jude, begin,
Youre waiting for someone to perform with.
And dont you know that its just you, hey jude, youll do,
The movement you need is on your shoulder.

Hey jude, dont make it bad.
Take a sad song and make it better.
Remember to let her under your skin,
Then youll begin to make it
Better better better better better better, oh.

Na na na na na ,na na na, hey jude...



(Foto de Mar)


Sei que é difícil acordar e abrir os olhos, quando a Luz é nova e parece cegar…
Sei que é difícil esperar quando a sensação é de que já se esperou tanto…
Sei que é difícil andar quando se esteve tanto tempo parado e o corpo renascido parece doer…
Sei que é difícil acreditar quando sempre se desacreditou, mesmo tendo culpado quem culpa nunca teve, o mundo e os outros…
Eu sei, falo por mim…

Mas também sei que é trágico não sorrir quando há motivo para o fazer, não se esconde a felicidade a nós nem a ninguém…
Mas também sei que é triste não se abraçar quando se quer o calor de um abraço, não se rejeita um gesto de Amor, qualquer um…
Mas também sei que é errado guardar o que é para ser semeado e partilhado, não há primavera se não se deixar desabrochar as flores…
Mas também sei que é inútil querer o que quer que seja sem se ter a coragem e a força para se pedir e marchar por isso…
Mas também sei que falo por mim… É…

Então porquê permanecer aqui, quando tudo parece mostrar que a única opção é levantar-me, sair e rumar?

Estive algum tempo quieto. Escrevi poemas em folhas que rasguei e deitei fora. Compus músicas que cantei uma vez sabendo claramente que era a última. Desenhei mandalas só para as lançar a mar, acreditando que não tinha a esperança de as ver voltar. Foi um período em que achei que nunca quis nada para mim, apesar de poder ter tido tudo. E o Oráculo disse-me que só me resta servir e esquecer tudo o resto, que esta passagem é para se fazer sem pensar em retribuição... Pouco me importa o Oráculo, só leio o meu Coração. O Caminho Sou Eu que o faço, mesmo que antes de para cá vir tenha pensado noutro para traçar. A qualquer momento terei o Sol, se assim o quiser, sem nunca deixar de amar a Lua.

Às vezes é preciso parar e descansar, mas cuidado para não se ficar, para não se adormecer. Estive quase, mas não fiquei. Acordou-me o vento do qual nunca gostei, mas a quem agora sou agradecido por nesse dia à sua maneira me ter amado quanto o amei.

Agora que me levantei, que tirei da mala o que era suposto tirar, posso prosseguir mais leve o caminho que já havia começado. Porque é isso mesmo, às vezes é preciso parar e ver o que está a mais na nossa mochila. Se temos que caminhar, que seja leves e livres.

Coloquei a mala às costas, só com um jogo de lápis de todas as cores, uma caneta de tinta inesgotável e um caderno com um sem fim de folhas em branco, porque é isso que sou. E com isso já estou a andar.

Procurarei flores com asas em vez de pétalas, borboletas com pétalas em vez de asas.

E porque a minha Força é o meu Amor, sei que o vou encontrar. Até lá, só tenho que continuar a andar.





Love, love, love, love, love, love, love, love, love.
There's nothing you can do that can't be done.
Nothing you can sing that can't be sung.
Nothing you can say but you can learn how to play the game
It's easy.
There's nothing you can make that can't be made.
No one you can save that can't be saved.
Nothing you can do but you can learn how to be you
in time - It's easy.

All you need is love, all you need is love,
All you need is love, love, love is all you need.
Love, love, love, love, love, love, love, love, love.
All you need is love, all you need is love,
All you need is love, love, love is all you need.
There's nothing you can know that isn't known.
Nothing you can see that isn't shown.
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be.
It's easy.
All you need is love, all you need is love,
All you need is love, love, love is all you need.
All you need is love (all together now)
All you need is love (everybody)
All you need is love, love, love is all you need.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Galo já cantou

Galo já cantou já raiou o dia
Até parece que estou lá na Bahia

Galo já cantou já raiou o dia

Na roda de capoeira
Eu me sinto na Bahia

Galo já cantou já raiou o dia

Quando eu ouço um berimbau
Meu corpo se arrepia

Galo já cantou já raiou o dia

Capoeira dia e noite
Capoeira noite e dia

Galo já cantou já raiou o dia

E fiz da capoeira
A minha filosofia

Galo já cantou já raiou o dia


Avisa aos capoeiras
Lá vem a cavalaria


Galo já cantou já raiou o dia

(Tema de Domínio Popular adaptado pelo Mestre Camisa)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Dormindo na Doçura.

Porque ainda há quem durma e se espreguice… no meio de doces e guloseimas!



(Espreguiças-te tu…)

(Espreguiço-me eu também…)

(Sorrio eu…)

(Sorris tu também…)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Bambu.

- Como te chamas?
- Bambu.
- Bambu?
- Sim.
- Porquê?
- Verga, verga, verga… mas nunca quebra.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Faz teu Caminho, Dançando.

O calor do renascimento
Um corpo desnudado envolvido pelo manto solar…
Sentindo as raízes na terra
O prazer de sentir os pés descalços sobre o solo…
A Energia que vem do Céu
Que entra pela cabeça aportando no centro do meu peito enaltecido…
Cada movimento esboça a Força reerguida
E como eu A sinto…
Numa Dança de Fogo
Danço…

(Dança)
(Eleva-te)

domingo, 31 de maio de 2009

Ritual (AMar)

Levantei-me cedo
Deixei-me Beijar pela Luz, pelo calor Solar
Segui para o Mar
Em busca das Ondas
Onde prevaleci traçando rasgados sorrisos sob a égide da Ondulação
Nesse reduto de Água Salgada curadora
Lágrimas de Deusa-Mãe

E fui Devoto
Como sempre sou
Mas foi ao Ocaso que me prostrei rendido
Entoando cânticos de Alma a cada nova Aparição
Selando as Passadas
Vivendo em plenitude as do Agora
Sem receio de conceber as do Amanhã

Abre-se o Armário (Coração).

Mexendo no armário das poesias, para além das fotografias, encontrei versos de ontem mas que foram escritos para hoje. Porque hoje é todo e cada dia que amanhece. Por isso, vou viver. Vivo. Vamos? Sim...

Beijo

Um beijo lançado a Algures
Um beijo em cada conta de um rosário

Um beijo para ti, mas digo sempre que é para “alguém”
Um beijo da minha timidez por ti


Um beijo salgado
Um beijo adocicado

Mar
Ar
Amar

Este eterno anagrama, tão simples no seu óbvio secretismo
Este anagrama que descobri para ti

Um beijo no teu beijo


Sou eu, mesmo tímido
Que beijo o teu beijo


Danças?

Queres dançar?
Comigo?
Que eu danço contigo?

Podemos ser…
Velozes…
Espaçados…
Ou simplesmente Sermos, dançando

Podemos curtir horas
Ser as próprias
Durante horas
Sempre dançando

Danças?

sábado, 30 de maio de 2009

Surfando com Borboletas.

Desmarcado um compromisso, abriram-se as portas à felicidade. Pego na prancha, e vou à praia…

Pelo caminho era impossível não reparar. Borboletas por todo o lado. Cruzava uma estrada ladeada de moinhos movidos a sonhos, rodeada de searas detentoras da fertilidade de uma Terra que é e sempre será Mãe. Pela janela, o vento quente entrando a embalar-me o rosto. E as borboletas, vivas e pulsantes, pareciam estrelas do céu descidas à terra só para nos provar a Beleza. Dirigindo, fui suspirando nos entrementes do ar que sorvia com Devoção. O que me move é a vontade de chegar ao Amor… Sou o Peregrino do Amor…

Cheguei à praia, só deu para respirar fundo e sorrir. Céu limpo, Sol radiante, Mar pleno com ondas femininas de tão belas que se alinhavam umas a seguir às outras. Mais borboletas…

Dispo a camiseta para me deixar banhar pelo Sol, antes de me embeber no Oceano. Não deixo de me inebriar com a perfeição diante dos meus olhos. No dia em que me purificar plenamente, nem uma réstia de Beleza ficará por perpassar meu Olhar… E ai será até à Alma…

Vesti o fato. Tirei a prancha do saco. Segui pela areia cálida. Sentei-me à beira-mar. Os pés refrescaram. Passei água salgada pelo rosto. E sorri até ao Coração. Alonguei o corpo como se o redescobrisse carinhosamente a cada gesto. É tão bom sentir…

Olhei em diante durante alguns momentos. Li a mensagem. O Mar estava calmo. Lindo. Entrei. O corpo envolvido pelo frescor inexprimível da água cristalina a resplandecer o Sol. Curti Ondas e Ondas, sempre sintonizado na sua cadência a sorrir o Mar. Nunca tinha surfado com mariposas ao redor. Juro que vi o som da Maresia durante uma Onda em que fui escoltado por Borboletas…

E no final de um dia quente e docemente salgado de tanto Mar, pensei, senti e concretizei. Sou Especial ao ponto de poder falar com Deus, pois ele mora em mim. Qualquer um é. E o que tenho para dizer é simples… ‘Obrigado, Pai’…


(Lida a Mensagem... Falando com Ele...)

terça-feira, 26 de maio de 2009

Elementos: Conquista, conquista-te, deixa-te conquistar.

Solta-te, larga os temores. Tens que ser tu a caminhar. Dá os passos de coragem que tens que dar para conquistares aquilo que queres. E vais ver que no final, serão as tuas conquistas que te terão conquistado.

Sintonização (Frases).

Vou caminhando pelos dias da vida, e ouço frases que ficam cinzeladas na tela de água do mar que sou. “Deus sussurra três vezes antes de gritar”. São pessoas que aparecem e desaparecem, como pirilampos de energia, segundo uma lógica sincronística, deixando o seu contributo no meu diário de Alma. Dizem que isso me acontece porque estou Aberto. “Quando a Luz entra numa sala outrora escura, passa a ver-se tudo o que é sombra”. Percebo que há aspectos que só se captam com um Sentido que é mais do que a soma de todos os outros. Esta percepção inerente a cada célula do meu corpo, na periferia dessa nave física. Inexplicável, mas inegável. Compreendo que a partir do momento em que há tomada de consciência, cada passo sério é uma sintonização em direcção a um Estado de Clareza Maior. A pessoa começa a perceber nitidamente que não há Passado, Presente, nem Futuro. Há o Estar. O processo tem uma força motriz que o alimenta: a pessoa rende-se, devota-se à Entrega, dilui-se o medo, abrindo-se então as portas ao Amor. Tudo está a mudar… Basta que se encontre um simples momento de Silêncio Interior para o perceber…

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Elementos: Fortunae.

A Sorte acontece, mas fundamentalmente faz-se. É bom quando as coisas acontecem, não é? Melhor ainda é quando sabemos que acontecem porque fomos nós que as fizemos acontecer. Sou responsável pelo que sucede na minha vida, por mais assustador ou pesado que de início possa parecer… Vai de encontro à tal questão de termos a coragem para assumir o compromisso. Mas logo entendo que é da aceitação dessa responsabilidade que vem a possibilidade de construir a minha própria Liberdade… A partir do momento em que nos comprometemos connosco, com a nossa Essência, tudo passa a acontecer naturalmente. Daí em diante, a pessoa só tem que deixar-se Guiar. Pela Luz no Coração…

(Audaces Fortuna Iuvat)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Maria. O Relógio de Sol Felino.

Desperto com o miar que me saúda. Retribuo. Bom dia, Maria!... Basta abrir as persianas, correr as cortinas de matiz celeste. Sou um privilegiado. O Sol inunda-me o quarto em tons de Céu todas as manhãs. Fá-lo com esplendor. Nesses momentos matinais rejubilo, acordo com o alvor. Medito. Vivo, canto e escrevo. E como é bom escrever com o amanhecer, junto da minha Guarda Angelical. Obrigado, Amigos… E se quero ver as horas, basta virar-me e procurar a bela e refinada felina com quem partilho o lugar. Maria, O Relógio de Sol Felino. Um verdadeiro gnómon de pêlos marcando as horas segundo o movimento solar. Onde o Sol pousar, é onde ela está…

(Sorrio)


8h é no soalho… 9h no tapete… 10h junto à porta… 11h o meio da cama… 12h é no canto da cama… E o dia continua, assinalado pelas suas horas felinas…


(Sorrio)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Elementos: Dar e Receber.

Na vida tu recebes aquilo que dás. Estes dias de sol e chuva, fazem de Maio um mês em versos. Desabotoa o Coração e respira com Ele. É um mês da Poesia. Não escondas dos outros aquilo que eles mais precisam ver e saber. É um mês de Papoilas e Boninas… Mas também de Rosas. Os tesouros não foram feitos para estar escondidos, foram feitos para Luzir. Então que teima é essa em esconder de ti e dos outros a tua próprio riqueza? Não escondas!… Mas cada mês tem seu próprio Poema. Tal como cada Momento, que por si só é Especial, se assim o quisermos. Não te guardes. Partilha, revela, deixa-Te Brilhar. De que vale ser uma Flor que por medo nunca chega a despontar? Desponta sorridente…


domingo, 17 de maio de 2009

Efeito Sorriso da Guapa (Vamos harmonizar!).

Se o “Efeito Borboleta” diz que quando a Mariposa bate as asas aqui, algo sucede acolá, mesmo que seja um tufão... Teoria do Caos?… Então o “Efeito Guapa Sorridente” diz que a cada sorriso seu, tantos outros mais que mil despontam nos rostos de quem precisa sorrir!... Teoria da Harmonia!… Por isso, sorri genuinamente a partir do Coração, Guapa!... Harmoniza!

(Eh eh eh…)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A Guapa sem Casa

Este é um pedaço de uma estória que não tem nada a ver com mais alguma. Mas que começa como todas as outras, mesmo que algures pelo meio. Portanto… É mais ou menos assim!...

(Sorrio)

Era uma vez uma Guapa!

(Sorrio)

Tinha o Coração Dourado, mas blindado. Guardado?

(Faço um gentil Trejeito no meio do Sorriso)

Precisava de uma Casa para descansar, quentinha, com colinho onde se aninhar. Onde pudesse morar e recobrar. Para então o Dourado de seu Coração dourar, e fazê-lo assim Brilhar!

(Rio face a tanta rima em “ar”. Ela vai gozar comigo. Vai dizer que sou repetitivo, que não sei rimar!)

Ele pegou-a pela mão. Levou-a até ao topo de um Monte, estendendo o braço como que mostrando-lhe quão gostoso era o redor.

(Sorrio)

Deu-lhe o campo de Papoilas mais as Boninas. E ela fechou os olhos, que até brilham. Ofereceu-lhe a Torre de um Castelo sem telhado, para que possa desenhar todas as noites um novo “tecto” ao gosto dos seus Sonhos. E ela reclamou do vento, que só a queria acariciar. Ele brindou-a com esse pequeno mas belo Monte com vista para o Mar. E ela não entendeu que ele não queria nada, que convidava-a simplesmente a se Amar!
- Não é para mim, é para ti!
- Não quero!
- Mas, tu não entendes? Não é para mim! É para ti! Reafirmou ele com suas sobrancelhas sorridentes.
- NÃO QUERO!!!!!! Gritou ela birrenta com os punhos cerrados.
Fez-se um silêncio. Ele sorriu. Isso irritou-a ainda mais, pois sentiu vontade de sorrir também. E mesmo escondendo-o, deixou soltar-se um sorriso de seu rosto teimoso. E ele agarrou-a, e fez lhe cócegas. Ela protestou, pois está claro, mas gostou!
- Ah ah ah! Riu ele.
- Grrrrr! Resmungou ela como uma gata caprichosa.

(Sorrio)

E aqui ficou o trecho de uma estória em decurso, portanto, a continuar!

(Eh eh eh)



(Toma lá uma música para te arreliar, mas que podes cantar! Ahhhhhh! Sorrio)