sexta-feira, 11 de maio de 2018

Liberdade (Erótica Alacridade)

Orgia de humores, mestiçados. Quando estão todos amarrados. Dois amores, uma alegria. Quando se embrulham, indiferenciados, na dança dos encharcados.

Assobia com os lábios, quais deles os mais cheios. Saracoteia os seios, lídimos astrolábios, no caminho das estrelas, é ficar a vê-las…
Uma voz sem foz, pois desagua de onde brota, manando de onde desemboca.
E o consorte consola, corpo e alma, em estupenda calma. Que sorte!
De mais a mais… Afaga, o fogo, que não apaga. Jamais.
Deixando-a removida, mesmo, da morte e da vida, exuberando-a, a esmo.
Deixando-a toda crescida… toda entumecida… do ego, destituída.

E eis, que nesse pico, ocorre a Liberdade, em toda a sua Erótica Alacridade.



sexta-feira, 4 de maio de 2018

Bom dia… (Poesia à Bela Acordada)

Pensas que estas acordada?
Não estás nada!

Respira fundo
E mergulha no mundo

Encontra o que não é para encontrar
Porque já estás encontrada
Como a mais bela estória contada

Conta-Te, contando
Voa, nadando
Celebra-Te, celebrando
Ecoa, silenciando
Exulta-Te, exaltando
Destoa, consonando

Deliciosa, sem mente
Despretensiosa, toda veemente
Perfeitamente calibrada

Pensas que estas acordada?
Não estás nada!

Aborda a vida, airada
Acorda
Libertada
Reconhecendo que estás (e sempre estiveste) acordada…

Pensas que estás acordada?
Sim, até estás…
Se te reconheceres na Imensa Paz



quarta-feira, 2 de maio de 2018

Uma Aventura sobre a Textura

De Amores… Sábios são os calores… Lixando língua e lábios, na aspereza, com certeza, do entorno que se entorna, avonde, ao redor dos mamilos, sem saberes de onde… E dou-te, profundamente, para tua surpresa, molificando texturas outrora duras. E perduras, num agora, destituída por carícias transversais, influída de arrancos totais. Que mais dizer? Atingida. Tingida de amores, de calores, nesta Aventura sobre a tua estrepitosa Textura



terça-feira, 1 de maio de 2018

Dança da Abundança

Um apronto de Primícias desferidas, um reconto de Delícias consumidas

“O que é bom, é bom”, dizia, atrevida, ela, conhecida como a amante Divertida
Porque ele a divertia, de noite e de dia

Mais que apaixonada, inundada, compunha-se destemida, além, dispunha-se transbordando a vida pela vida, por bem

Denunciada pelas papilas carnudas, tesudas, simultaneamente carregadas e sobreaguadas
Era o Céu que desaba, a Terra que (se) agrada, e o Mar que não começa nem acaba
Tudo sob a égide do Fogo interior, sem pudor, ardendo chuvadas, até saraivadas,
Inconsequentes, coalescendo, aquando da conflagração, incendiada, emanavam-se do próprio Coração
Incandescendo, aos dois, incandescentes, a dois.
Pois assim se dança, a Dança da Abundança…