sábado, 26 de março de 2016

Amante Oceânica (Princesa Deia, a Remansa Bonança)

Feições de mar pausado
Em rosto sublevado

Não te quererei cantar, somente solenizar. Verter de tua boca serena, beijos incensos. Momentos intensos. Deia Remansa, Enamorada Bonança.

Ascensa
Tua veludínea natureza
Intensa
Guerreira Princesa

Não te intentarei granjear, unicamente amar. Beber de teu umbigo universal, soluços arrebatados. Momentos enlevados. Divindade Conflagrada, Apaixonada Intemperança.

Tocar-Te, Arrepiada
Abraçar-Te, Ateada
Beijar-Te, Lavrada
Soçobrar-Te, Consumada
Finar-Te, Consagrada

Entrar em ti com bravura,
Vanguejante de tão molhada
Oscilar por ti com ternura
Periclitante de tão encumeada

Não te desejarei controlar, meramente expirar. Referver de tua vera silhueta, plangores partilhados. Momentos descontrolados. Ninfa porcelânica, Amante Oceânica…


(Te Amo-Te…)
 

sábado, 19 de março de 2016

Truques e Duques

(Truques e mais truques)
(E, como se diz, só saem duques)

Desprovidos, atolados
Assimilados, desabridos
Pertinácia na empáfia
Dos que se julgam assegurados
E não passam de arrastados

Pois… Caprichosos são
Os fabulosos caminhos da Transição

Afronta às Superstições
Manobras e Diversões
Deleção na Desconstrução
Dos que se acreditam construídos
E ao colapso estão garantidos

Pois… Arrepiantes são
Os desconcertantes caminhos da Transição

Pedras levantando
Sentenças lapidando
Requintes nos acintes
Dos que usaram de embuços
E serão executados sem rebuços

Pois… Implacáveis são
Os insondáveis caminhos da Transição

(Truques e mais truques)
(E, como se diz, só saem duques)


(...)

segunda-feira, 14 de março de 2016

CasSandra (PitonIsa)

Anoiteces, Sumo presente
Amanheces, Ventre fremente

Será possível que sejas mesmo anoitecer e amanhecer?
Mais tudo o que emmeio voga a premer?

Teu Canto Profetisa
Tua Lua Baptiza
Tu és a Sacerdotisa

Ainda assim, a tudo isso te alheias
Desapagada do brilho que semeias

O que fazer perante tanta fulguração?
Resta-me a Rendição da Adoração

É quando nascem as folias
De te amar, relatando
De narrar, te amando
E vêem-se agradadas as Poesias
Porque as humidades declaradas afloram
Porque as palavras segredadas te irroram
Aí, Endoideces
Sequiosa, Buliçosa, Sediciosa
Aí, Incandesces

Bicos frementes, fogosos
Plenipotentes, abundosos
Mordidos
Na minha boca perdidos

Crónicas Da Dureza e da Grandeza

Assola um Alagamento
Tuas pétalas intumescidas
Excitadas, Inchadas, Enchidas,
Com a vibração, a explosão da Corola…
E é o fim do teu Temperamento.


domingo, 13 de março de 2016

Pistas aos Artistas (Sem Excepções)

Pensas que te vais safar?
Nem pensar

Façanhas
De dentro das entranhas
De cada ente
Os mares vão subir
As montanhas vão aluir…
Isto é ponto assente
Não só para quem pressente

Ciclos de Respiração
Serão a razão
Trovoadas nas costas
A fonte das respostas
Perplexos Aquecimentos
Sopesando os Arrefecimentos
E talvez mais…
Muito mais…

Tudo o que está bloqueado
Deverá ser encarado
Tudo o que está guardado
Deverá ser libertado
Eis a nomenclatura
Para acerar a estrutura

Lida a sentença
Esquece-a, foca-te na Presença

Nem pensar
Se pensas que te vais safar


(...)

terça-feira, 8 de março de 2016

Jogos (E mais Jogos)

Lágrimas burlequeadas
Verdades mascaradas

E tu insistes
E tu insistes
E tu insistes

Não sei como resistes…

Enquanto houver mentira
A mala-sorte não se retira


(Que tal a rendição?)
(Pensa nisso. Porque não?…)



sexta-feira, 4 de março de 2016

Entrementes (Transicionais)

Trabalhos a dobrar
Para quem não sintonizar

Em caso de ego:
Deixar coisas por dizer,
Dá direito a apodrecer.
É a ‘Lógica do Nó Cego’

Quem não deve
Que não vede

Cuidado
Este é o período do entorpecimento
Adormecimento
Tudo dentro do alinhavado…