terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Que é da Tua Voz? (Fiquemos a sós…)

Que é da tua Voz?
Poderei saber dela?

Devolver-te-ei as carícias
Aquelas que te colapsavam
Desabridas delícias
Sequelas que te colabavam
Estás recordada?
Minha Amada…

Que é da tua Voz?
Poderei beber dela?

Ó, Quando te abrias
Subtilmente Caleidoscópica
Ó, Quando te rias
Ulteriormente Simbólica
Ó, Quando te consumias
Suavemente Eufórica

Que é da tua Voz?
Poderei viver dela?

Que vogávamos nas correntes
De nossos mares frementes
E os verbos que declamámos
E as águas que aguámos
Do nosso Abraço
Sempre florou o Ilapso

Que é da tua Voz?
Poderei morrer dela?

E no presente
Que nos lês tão senciente
Absorvida
Só te falta dar-nos Vida
Se estás despertada
Então, vem, Minha Amada…

Que é da tua Voz?
Poderei renascer dela?


(Vem… para que fiquemos a sós…)


(...)

domingo, 24 de janeiro de 2016

No que te tornaste (Ao encontro do teu recontro)

Sentimentos, aquando dos derradeiros rebentamentos
Quando?
Depois de teres deixado de fugir…
Foi o encontro dos Enlevos
Foi o encontro dos Relevos
Não, não foi dançar, foi Bulir
E Bulimos
E Infundimos
Em Transfusão
Em Efusão

Tinhas jurado que o tento ninguém to tiraria
Bastou o desbragar da ventania
Acumulada
E Amada
Para quebrares a promessa
Essa é que é essa

Agora és só tumultos
Clímaces escapando-se em teus soluços
Desamordaçados
Liberados

Perguntas, E quando vier a harmonia?
Respondo, Mas não será já esta a euritmia?

Deixa que a tempestade arrase
Que nada te atrase
No encontro ao teu recontro


(Te Amo-Te… Suprema…)
(Açucena.)


(...)

Proposta (Um Beijo para uma Memória)

Em troca de uma memória
Um beijo
Um beijo que fique para a Memória

Ó, Apaisada
Sempiternamente
Demente
De tão apaixonada

Sorriso vertido
Prazer sofrido
Quem te tomou?
Foi quem te achou
Entre lábios mordidos
Em teus seios perdidos
No Mar de Ondulares gemidos

Quem diria
Que assim seria
Nós a uma só voz

Em troca de uma memória
Um beijo
Um beijo que ficou na Memória


(O Beijo na Viela, Jehoel - Vila de Sintra)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Dela e Dele (Gatices)

A dureza do teu
Na moleza do meu
Um Gato osculando
Uma Gata desfrutando

Perpetrantes
D’onde vieram estas usanças?
Flamantes Lambanças

Trepam até à Lua
Que se torna sua Falua
Baloiçando
Balouçando
Balançando

Rios de Radiação
Numa Nascente Lunar
Vertente Copular
Elísia Recreação
Cai neve iridescente
Incandescente
É a vida a Festejar
Tanta Comunhão

Astrologias Sabedorias
Alinhamentos Raros
Preclaros Deslumbramentos
Astronomias Fantasias

Um Gato versejando
Uma Gata inspirando
A moleza do teu
Com a dureza do meu


(...)


Presciência (Sonoro)

Presciente
De lida difícil essa ciência
Quando impaciente
Haja condescendência

Luas de várias feições
Diferentes disposições
Composições

Uma árvore dando frutos de tez irisada
À vez, contemplada
Uma colheita de flores
Para acabar com as dores
As primeiras, visíveis
As segundas, invisíveis

O inverno sem frio
O verão do calafrio
Dias de claridade alienada
Aleatoriedade combinada

domingo, 17 de janeiro de 2016

Idiomas VindOuros

Encontrou-se quem registe
Um despiste
Para distrair
Leitura antes de o subtrair

Saberia? Não sei se deveria, por assim dizer, fazer isso suceder. Mas é o que se passa. É só o que sucede. Independentemente do que faça. E sobre isso nada poderei invectivar. Sensatamente. A solução: enveredar por uma vida que apraz o mero movimento de respirar, Seja a Paz.

Teve continuidade
Para a posteridade
As núpcias d’aleatroriedade
Volúpias da serendipidade
E a pretexto
Mais um texto

Nodo-Antinodo, Nem sequer quero, Pois este é o único modo, Vero, De advir, A esta existência, E às outras todas que ainda estão para vir. Paciência. Até não ter que renascer, por abdicar de a tal pretender. É mais do que o que se possa entender. E é por isso que me limito a ser vogando, nadando intermináveis empíreos… mares lírios… insondáveis… Solução: Perdurar a Ablução, Dilatar os entrementes, entregando-me aos momentos quentes, Aqueles de Coração a Coração

Finalizado
Perpetuado
A ti, o meu Obrigado

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Passamento-Nascimento (Liberdade)

Quem te trouxe, não te disse a verdade
Acabou-se
Vendeu a liberdade

Quem carrega, não pega
Larga tudo, e tudo se alarga

Variâncias
A Salvação às redundâncias
Evolução

Veio, passou, decolou
Agora está no meio
Acertou

Linhagens Absolutas
Impolutas Viagens

De ventre em ventre
A seguir
Sempre a perseguir
O quê?
O Ar para respirar
Porquê?
Por causa dos Céus sobre os Ilhéus

Tem tudo a ver com isso
E em percebendo a razão…
Distensão!
Ocorre o Sumiço

Quem te trouxe, não te disse a verdade
Acabou-se
E venceu a liberdade

sábado, 9 de janeiro de 2016

Ouve (Para que haja a estória de um Houve)

Viste com um corpo emprestado
Tentando me enganar
Para que te tomasse
Que te amasse
Desculpas para me ressuscitar
Desse adormecido estado

Ouve
Quando vieres, tragas o corpo teu
Que é nele que quero ser eu [Pois só nele poderei ser eu]
E aí, sim… houve