quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Transa (Transicional)

Magias em Caxemira
O mundo gira
Não para de girar
E Ele sempre a adivinhar

Quanto Impasse! Se sabias porque não mo dizias?
Perguntou Ela à vela
E respondeu Ele à maneira dele
Quando for esse Enlace, será sem alegorias, sem poesias.

É movido a Nuclear
Desde o durâmen do celular
Uma Energia Inteligente
De poderia ingente
Serpentina
Feminina

Descosidas as roupas
Noites loucas
Dias pagãos
Sem senãos

E aqui se te ejectas de ti para fora
Sentada neste pavilhão
Sem pejo conectas de beijo afora
Acelerada sobre o alazão
Como fossem seios, sedentos de manuseios
Ondulações penetrantes, convulsões desconcertantes
Gemente em teu meio fremente
Até ao ponto, sem reconto

Que dizer deste Prazer?
A experiencia não se descreve, a Ciência prescreve
Para quê continuar, se só rende experimentar?

Magias em Caxemira
O mundo gira
Não para de girar
E Ela sempre a arroubar

(Fonte: Caxemira...)

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sobre Tonalidades (Pele Açafroada)

Morena Aragem,
Na retina, De passagem
Teu vulto
A ti ergo um Culto

Bela de ser e de existir
Eleita para fazer e sorrir
Só porque cresces
De cada vez que te enterneces

Tua pele de aluir defesas
Porém, sem surpresas
Levante caloroso
De olor ardoroso
Que mais cantar
Pois se sobre ti não vigora a Gravidade?
Não há porque esperar
Celebremos no Presente esta nossa Coeternidade



quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Luzeiros de Miúda (Tão Linda que És)

Vejo teus lábios sorrirem escondidos
Atrevidos
Comissuras apetecíveis
Indescritíveis
Guardam para dentro
O que sentes por direito ser teu alento
Da aguada das tuas aguarelas
Pouco ou nada revelas

Tão linda que és nessa amorável simplicidade
Brilha no regaço do teu olhar uma memorável alacridade



Weh sonay deya kangana, weh kangana!
(O bangle of gold, bangle of gold!),
Weh sonay deya kangana, weh sauda iko jahya.
(O bangle of gold,O it's the same bargain..)
Dil dena atay dil mangana, weh sauda iko jahya!
(to give heart and to ask for heart, O it's the same bargain!)
Jis gali tu langhna, weh sauda iko jahya!
(the street you will pass, O it's the same bargain!)

(...)


My Gold bangle
My parallel compromise
To yield a heart or entrust your heart
It’s all a parallel compromise

Whatever passage you see fit to walk
Is a parallel compromise
To yield a heart or entrust your heart
A parallel compromise

In our eyes where dreams are birthed
Where love is displayed so majestically
And those who have seen now embracing it
May they always be joined with love
Remaining as is, and never parted
Close to love

If you dwell in my heart my sweet
If you dwell in my heart
It’s a parallel compromise
If I dwell in yours
It’s a parallel compromise

(...)

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Ultra Spectrum (Viagem ao Teu Quarto…)

Descontrola o controlo controlado
Descomunal amontoado
Rebola sem dolo, Essencial
Uma cola que tão depressa cola como descola
Fenomenal, Veio por atacado

Salta e ressalta ao colo
Dois num formam um solo?
Ou cada qual um polo?

Certas perguntas não se fazem, respondem-se
Certas respostas não se aprazem, transcendem-se

Acontece que desaparece
A cada messe, cada prece
Até que aparece

Liquescência intensificada, magnetizante
Denunciada por uma evaporante fluorescência
Sinuosidades turgentes
Gravidades prementes
Urgências corridas
Penitências absolvidas
Essências absorvidas

Ritmo de amalgamação
Capítulo de maceração
Tão bom, tão bom
Louros a quem compete
Esta maré que sobe e desce
Que se repete e se repete

Meneio mesmo no meio
Enlevos ao sabor desses teus relevos

Ultra, Meu Amor
Tanto fulgor

Ainda assim, em Eras de anteparto
Eis que te deixo assim visos
Como frisos de luz coada
Quanto baste revelada
Da Viagem ao teu Quarto…

Ultra, Meu Fulgor
Tanto Amor

(Te Amo Te)


(Fonte: Spectrum…)

domingo, 12 de outubro de 2014

Apocalipse (Eclipse)

Trazes Sombras
Porque também és a Luz
Mezinha de alcaçuz
Nem por isso te desensombras

Quem rejeita
Não aceita
Não rejeitar
É saber aceitar

Quando no Verão cair a folha
[Difusão]
Quando no Inverno florescer a flor
[Caderno]
Quando no Outono amadurecer o fruto
[Abandono]
Quando na Primavera dormir a semente
[Bera]

Conta o tempo, o tempo a contar
Aponta o momento, o momento a apontar

Lava de Vulcão
Dilúvio de chamas
Eflúvio sem gramas
Vulcão que lava

Crónica do que seria para continuar
Mas não há vagar nem para terminar
Ficando deste modo a tónica
Do Eclipse do Apocalipse
Apocalipse do Eclipse


sábado, 11 de outubro de 2014

Meridiem (Ultra)

ante meridiem

Ser Solar, escorro pelo teu cabelo, no teu Olhar
Ser Lunar, verto no teu reduto, com madeixas Âmbar
Aqueduto de águas víscidas
Perdem-se nas partes vívidas

Corredia a mucilagem, alegria cativante
Quem diria fosse embriagante a tua aragem

Mas não faças caso
Pois se tudo é um Grande Acaso
Comecemos o vai-e-vem
Fazendo do aqui e agora um infindo Além

meridiem

Ser Central. No meio estará a virtude?
Fricção é fundamental. Vem atestar, por em prova a atitude
Apesar do que foi consignado, ultrapassada a aurora
Qualquer hora é a hora ideal, para brincar de entorna e entornado

Saltada a confissão
Aberta a sessão
Acelerada a procissão
Em marcha ao longo de posições multífluas
Antevendo fogos-de-artifício em colorações melífluas
E entretanto, marejaram odores intensos
De puro encanto, fusionaram-se em sabores densos

Extasio
De fio a pavio

post meridiem

Percorridas as Profundidades
Dissolvidas as Alteridades
Conheceu-se a calma
Ascendeu ao corpo a Alma

E não há problema, ideal é a Realidade vigente,
Porque, em espiral ascendente, é sempre o mesmo tema:
A cada dia que se fina, um outro se ilumina.


(Fonte: Ultra Spectrum... )

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Aguada Azulada (Frisos de Esmeralda)

Conquistada a alvorada
Gritada
Por um percurso encanado
Autentificado

Como o curso que flui
Quando de ti eflui
Ubérrima
Senhora do seu leito
Libérrima
Em sintonia com o “Perfeito Efeito”

(Frisos de esmeralda)
(Em cada grinalda… tua… Que Alua)

(Te Amo Te)


(Fonte: jorrando… / Imagem: Mandy Tsung)

O Perfeito Efeito

Encontrei o Pranto
Perguntei-lhe como estava
Ele soluçou, não lhe se percebia uma palavra

Topei o Canto
Perguntei-lhe por onde parava
Ele trauteou, não se lhe discernia uma palavra

Cruzei o Espanto
Perguntei-lhe o que o admirava
Ele pasmou, não se lhe saia uma palavra

Não parei
Continuei
Sempre o mesmo
A esmo
Sentei

E foi aí, precisamente, que tudo começou
O mundo parou de andar à roda
A roda andou ao mundo
Bateu fundo
O Perfeito Efeito


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Aguada violácea

Respiração rítmica
Evolação de Tatuagens caseiras

Respiração rítmica
Evocação de Voragens matreiras

Delicadezas totais
Numa Terra distante tornada próxima
Universais miudezas
Numa Esfera desconcertante tornada máxima

Chove sem parar
Corre sem frear
Corre sem frear
Chove sem parar
O quê?
Aguada violácea…


(Fonte: a jorrar… / Imagem: Mandy Tsung)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Óleo de Lavanda (Lenta Sarabanda)

A Noite do Céu claro
A clara Noite do Céu
Púrpura como a doçura dos teus lábios entontecidos
Nesse teu cômoro lanoso recita a analgesia dos esmaecidos

Conta que se vai, quem cai, na tua Onfalomancia
Reza que se vem, quem tem, da tua Eromancia

Verte infusões
Explosões

Lavando com Lavanda, Ressuscitando
Peito a peito, é assim que se anda, Ambulando
A eito, e de cabeça, mergulha quem se demanda

Sem receios, sem freios
Levantam voo esses corpos soltos de peios

Abri-me de ti sobre uma brecha
Ergui-me rumo a ti como uma flecha
Rasgaduras na Abóboda do Domo
Entronização de Tomo
Contigo a rasgar
Contigo a exaltar

Fecha os Olhos, Inspira, retém, Expira
Assim se Respira
Assim se Respira…

A Noite do Céu claro
A clara Noite do Céu


(...)


(...)

(Assim se Respira…)

(...)

sábado, 4 de outubro de 2014

Céu de Alfazema (O Poema)

Um sorriso
Uma libra
Tão preciso
Destarte se vibra

Basta estares
Dares de ares

És a Chuva, chove Coração
Que comove, Inaudita Oração
Força que move
Metade de Um, e Um de Si, em toda e cada Encarnação

Será quando o Céu se fizer de Alfazema
O sinal, de que já terá nascido o Poema

(Amo-Te)





Apocalíptica Fricção (Versículos da Coalizão)

Cortes
Cortes profundos
Dão vista para o Mundo de lá

Fortes
Fortes Mundos
São a lista do Profundo que há

Em correria pelo teu pavilhão pélvico
Sem me deter pelo que me detia
Admiras-te
Como quem lê um idioma élfico
Sem saber que o sabia
Atiras-te

Gira, tira, mete e põe
O Céu aos teus pés
Gira, tira, mete e põe
Um Arroubo sem revés

Esta marcha frutífera
Orquestrada na Região Ínfera
E mais não digo
Pois constituiria perigo

Não obstante queres que continue
Que te pontue
Mas não é possível
Cairiam as estrelas do céu
E as pessoas deixariam de usar trelas
Um cenário irrepreensível

Ainda assim queres que continue
Que te pontue
Não se termina o que não pode ser terminado
Não se inicia o que já foi Iniciado
Entendes agora?
É que já chegou a Hora…

Insistente, queres que continue
Que te pontue
Mas o que torna exequível todo este milagre
É o pontuar-te reticente
Entendes agora?
É que já aconteceu, já passou da Hora.


(Fonte: Inconclusiva...)