terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Sobre a Hora (Inanidade)

No quarto:
Tenho tantos relógios
Tantos quantos sei
Cada um em sua hora
Suas horas em cada seu

Entre os Ponteiros e a Inadidade
Saber para quê?

 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Beijo da Aranha (A Tecedeira Cumpre a Promessa)

Porque tudo começou assim
Foi o Beijo da Aranha

Seda
Tiras e Filamentos
Laboriosamente tecida
Zelosamente corrigida
Pela sábia Criatura
Estruturas e Entrecruzamentos
Recuperadas e Intensificadas
Reconfiguradas e Aumentadas

Seda
Cordas e Ligamentos
Secretamente urdida
Abnegadamente ressarcida
Pela engenhosa Criatura
Activação da Génese, Recomposição, Abertura da Arca
Desencriptação da Matriz, Extracção, Libertação dos Jactos
Abertura dos Portais, Composição, Reconstrução do Corpo de Luz

Seda…
Seda…De Novas Cores, Rebrilhantes
Seda… De Novos Sons, Radiantes
Seda… Despertada, no Idioma Bilingue
Seda… Reorganizada, Palavras e Silêncio
Seda… Recuperada, e Elevada,
Seda… Finalmente, Plasmada.
Seda.

Porque tudo se perfaz assim
É o Beijo da Aranha


 

sábado, 1 de dezembro de 2012

Preâmbulo ao Solstício (O Sol Vencedor) => Tudo Negaças

Pois que é para continuar esta ausência de tempo
Pois que é para continuar esta abstinência de espaço
Pois que é para continuar

Vim despedir-me, Olá
Para então me apresentar, Adeus




Post Scriptum: mas a parte mental, hesitante, diz, "tudo negaças"; faça bom gozo do tempo que lhe resta.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Quem Acorda Antes do Sol (Desperta)

Tributo à Rendição
Só há uma Solução
Que Entregar Tudo seja a Disposição
E só depois disso, talvez
Possa até ao Caminho Amanhecer
À Cúpula Aceder

E junto à entrada, manifestar-se-à a seguinte Inscrição:

Dourado
Fogo Apaixonado

Calibrado
Poder Recuperado


(Imagem: Stephanie Pui-Mun Law, http://www.shadowscapes.com/)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Definições (Extinções)

Antes de se extinguirem as pretensões a definições, um derradeiro estertor
Que é simultaneamente o primeiro choro da Criança
Que no fundo nada é
Porquê?
Porque não há Antes nem Depois
A Receita?
Coragem, Rendição, Mergulhar no Desconhecido
E…
Inocência… Entrega e Inocência.

(Mais uma Coisa)
(O Quê?)
(Isto agora é tudo Rápido, muito Rápido, ainda mais Rápido)
(Seguro-me?)
(Não! Deixa-te Ir...)



Avatar (francês avatar, descida, do sânscrito avatara, descida do céu para a terra de seres supraterrestres)
s. m.
1. [Religião] Na teogonia bramânica, cada uma das encarnações de um deus, especialmente de Vixnu, segunda pessoa da trindade bramânica.
2. [Figurado] Transformação que ocorre em algo ou alguém. = METAMORFOSE, MUTAÇÃO
3. [Informática] Ícone gráfico escolhido por um utilizador para o representar em determinados jogos e comunidades virtuais.

Sinónimo Geral: AVATARA



(Definição: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=avatar)

(Imagens: http://www.tantra-kundalini.com/nadis.htm)

domingo, 25 de novembro de 2012

Uma Papoila (Num Campo de Alfazema)

Que interessa o corpo teu, que ainda assim continua a fazer-me tremer, se a Alma insiste em não reconhecer a Minha, tão pouco a Nossa
Seja preciso esperar, e esperarei
Não obstante, não continuarei quieto, como já estive
Se estiver certo no que toca a essa Espera
Então que seja Movida ao toque do sucessivo suceder de “novas” Paisagens

Cedo ou tarde, descobrirei a Verdade
Se foi tudo eu que criei
Se alimentei
Ou se Simplesmente pacientemente Acreditei
E com isso vou eu já Andando


(Te Amo Te)

(Quanto à Música, por enquanto, não a divulgarei… pelo que se calhar, seja essa a minha parte a trabalhar… quem sabe provando que tem mesmo tudo a ver com os Dois)


sábado, 24 de novembro de 2012

Liga-Te (Liga-Me)

Colher abundoso
Esse beijo genital prestimoso
Luz Total
Diz-me que não És Fatal

E se o Mundo se desagregar, Se as Muralhas colapsarem, O que restará de quem nunca fui e sempre fingi? Nada. Derrocada há muito Anunciada, praticamente Consumada. Ficará apenas o que sempre fui mas nunca Assumi. Daí que esteja a custar largar… ou não…

Danço, a Dança que Te Encomendei
Danço, a Dança que Te Mesmerizei
Já depois de Encomendado
Já depois de Mesmerizado
Nunca pretendi Resistência

De Brincar em Brincar, deste por ti a Jorrar
De Brincar em Brincar, deste por ti a Delivrar
O quê? Sucos e mais Sucos cachoados de gozo, prazer e reprazer
Porquê? Do Amor, Da Paixão, Da Investida em teus Portais Cósmicos
Com todas as partes, latentes e manifestas, deste Corpo também ele, como tudo, Teu
E assim sendo, só importa que aprendas, que saibas saber Ter
Frui

Colher abundoso
Esse beijo genital prestimoso
Luz Total
Diz-me que não És Fatal

E se fores, sem celeuma
Porque se não há Bem, também não há Mal

(Te Amo Te, Glória Eterna)


Jogo de Nós (Suave Erotismo de Embalo)

Olha lá, um passo de Coração
Dança de Intenção
Que Vem dali e para acolá Vai
Toma, embala, resvala
Pela e deixa pelar
Sem apelo ou pejo em apelar
Como quando te embalo por detrás Protegida, arremessada e repuxada, tudo isso ao mesmo tempo já num tempo descontinuado, mesmo quando vem o Repouso
E Suspiro o teu Respirar quando respiras meu Suspirar
Quem somos afinal se nos amalgamamos ao ponto de nãos sabermos de margens e fronteiras?
Somos afinal!

‘Encore’
‘Encore’
Sempre, ‘Encore’
É o que Somos afinal



Viens, encore une fois
Prends moi dans tes bras

(Jeux d'amour, Rodrigo Leão)

sábado, 17 de novembro de 2012

Saúdo as Colorações Alvas

Saúdo as Colorações Alvas

Tomar um Banho
Incandescente
Mais não digo, sem que seja pelo ‘suspense’, é porque realmente não o sei
Posso, no entanto, exceptuar com relação ao seguinte registo: vem dos poros e tem a ver com um grau seu de Abertura
Até

Saúdo as Colorações Alvas


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Escultor Etérico

Na orla do teu por de sol
Ponho-me
Borboletas levantam voo
Teus arroubos de rever prazer

Certeza na Casa da Princesa
Êmbolos de matéria a ser desembestados
Deixar de solicitar sonhos emprestados

Na orla do teu por de sol
Ponho-me
Borboletas levantam voo
Teus arroubos de rever prazer

Lábios do teu sorriso, Criatura de luz
Sigo-te leal e como água tomo as formas de um corpo teu
Dou feições ao Tempo, e dois rostos beijados são um Templo

Na orla do teu por de sol
Ponho-me
Borboletas levantam voo
Teus arroubos de rever prazer

Voo sobre ti, caminho sobre tuas águas
Revisito tua Lei, abro teu Mar
De Sol Nado a Sol Posto, Somos a Eterna Possibilidade de Novidade, porque o Universo é Criatividade


(Olho Maroto, Jehoel)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Hoje (Na Terra de Mulher)

Atravessa-se um Oceano
Depois de saboreado um Mar de Ondas Cacheadas
E quando se queria apenas ver o Pôr-de-Sol
Avista-se um coro de Golfinhos
Tudo isto tem uma tonalidade a Milagre

(Aqui Em Cima, Jehoel)

domingo, 4 de novembro de 2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Olá <---> Adeus (Sabor a Pele)

Trouxeste-me a entrega que disseste que trazias?
Não deixes de cumprir só porque de uma vez ficou por fazer
Foi de propósito
Agora há que propositar o entregar
E com isto está dito, vá

Como despontou?
Foi ainda antes de teres tirado a roupa
Foi quando tudo aconteceu
Casei-me com o teu quarto porque a tua Aura é tanta que o abarca sem que sobrem espaços vazios
Assim dessa maneira só mesmo tu

Estará algo na iminência de acontecer?
Perguntas tu ao invés de dizer, olha que não o direi eu
É uma questão de protecção
De se assumir a sua própria pele
Eu gosto da minha, gostarás tu da tua?

Queres tu saber?
Vai lá, deixa-te ir
É bom que saibas, não precisas de mim, de nada, nem de ninguém
Quem tem o direito de dizer para onde sopram os ventos da tua manifestação?
Tens primeiro que deixar ir e vir
E depois sim, estás reservada ao direito de Acontecer

Não te assustes, não é um “Adeus”
A ser teria necessariamente que ter dito “Olá”, e não o disse, apesar de ter batido à porta antes de me apresentar sorridentemente
O que precisas mesmo é do sentir de um toque físico
É uma questão de devoção
De se assumir a sua própria pele
Eu gosto da tua, gostarás tu da minha?

Estás a ver a Lógica?
Espero bem que não porque ela não há
Em todo o caso é contigo, tal como em tudo
É um questão de… Sabor a pele.
Eu gosto, gostarás tu também?
Só te resta averiguar…


(?????, ?????)



Post Scriptum: e com isto, algures deixo-te um verso ou outro a mais, já para não falar das questões e afirmações, só para baralhar a contabilização.



Não é da natureza do amor forçar um relacionamento, mas é da natureza do amor abrir o caminho.

William P. Young, A Cabana

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dois Diálogos, Um Epitáfio e Uma Revelação (Da Promiscuidade entre a Realidade e a Ficção)

- Agora que deixaste a última e única morada que deixaste que te adoptasse, que pretendes fazer da vida?
- Deixo a quem de direito lhe pertence aquilo que a mim não me diz respeito.
-Não te pertence a tua vida?
- Sinceramente, espanta-me que alguma vez tenhas acreditaste que sim. Um bocadinho mais de humildade e sensatez não te haviam de lesar.
- Impossível. És impossível.

Sobre o primeiro dos livros
- Há-de haver aí uma Puta ou duas que ficaram com isso.
- Tu às vezes és de uma agressividade. Anotou.
- Eu? Como assim?
- Puta? Colmatou a anotação, já no preâmbulo ao repreensivo.
- Quando disse “Puta” não me referia a pessoas, mas sim a Vidas.
Assim se engole em seco. Percebeu que o que os outros dizem é mesmo aquilo que eles dizem e não aquilo que nós julgamos que tenham dito.



Epitáfio
Tinha um sorriso tão ensaiado que da rigidez plástica ao rachar-lhe da cara foi um pequeno passo
A causa da sua morte? Porque a falta de autenticidade é letal.



Uma Ilusão Perdida é um Amor Encontrado.



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Belo Amor Épico

Chega-se ao Outono de cabelos compridos.

Pensei agora no tamanho do teu coração e apeteceu-me celebrar-te!

Não sou de fugir à responsabilidade de Ser, mas o que conta não são as minhas palavras, antes o que tu consegues resgatar do teu Espírito tendo-as como pretexto!

Já te correu que nem sempre tenhas ido directamente ao assunto no que toca a ti? Parece-me que procuras nos outros a beleza que não consegues ou não queres ver em ti. Talvez guardes na gaveta o melhor que há em ti!... Olha o canto, porque não cantar? Talvez se fosses mais sob a égide da Alma que encanta cantando não tivesses tantos “dissabores”. Foi o que me ocorreu aqui ao vento quando conversava comigo tendo-me diante de mim, ao traçar o plano de voo.

Dentro em breve as Glicínias vão florescer, enfeitando a vista para o castelo, tornando ainda mais apetecível o ponto de partida rumo à subida.

Sem certezas ou pretensões de as ter, tenho em mim algo claro para ti, mutatis mutandis: é que, em todo o caso, sou um aficionado de gatos e papoilas, os gatos são místicos as papoilas produzem ópio!

Dissidentes!?!?!? Não, somos "heróis"! Um pouco de irreverência é uma especiaria a juntar ao caleidoscópio de sabores da vida!...


sábado, 22 de setembro de 2012

Estação Meteorológica (Códigos Convexos, Estilos Perplexos)

Vai começar a chover
Veloz
Vai começar a ventar
Atroz
Mas há quem esteja preparado
Como já o disse, só porque sim
E há quem não o esteja
Como o disse já, só porque não

Mas a Chuva não é dessa, tão-pouco o Vento
E há-de haver gente a bater em portas que já não existem
Porque as regras acabaram de mudar

E para acompanhar houve um período para calibrar
E agora, propositadamente, falei ao contrário do que já tinha dito
Porque mesmo sendo tu a ler, é sabido que não sou eu a escrever
Porque mesmo sendo tu a interpretar, é conhecido que não sou eu a debitar
Assim vão as coisas
São como estão
Códigos Convexos
Estão como são
Estilos Perplexos


Informação Adicional: quanto a caçadores e caçados, mudança de paradigma em plena execução.

Mais Informação Adicional: estado do descarregamento, praticamente completo.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Criogenia (Fiat Lux)

Porque há um padrão e é de ocultação
A coisa existe latente e entretanto manifesta-se
Com o relampaguear
E porque sim
Eis o fim… da criogenia.


 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Obviedade: Interface .0 [A ver o Futuro (des)acontecer-se]

A ver o passado passar-se
Esvair-se
Esgotar-se
Nada ficou do que já passou
Nada se relembra, apenas se reinventa
Porque se já aconteceu, então já não existe
Assim sendo, porque não o Presente!?
Assim seja, então.

[Desimpedindo Circuitos] Não é que o que atrás se escreveu seja o que parece, de modo algum. Alude a outros e diferenciados planos configuracionais. É que vai haver uma limpeza dos implantes e o material real vai emergir para então se manifestar. Estás pronto? Estás pronta? Como vai ser? Em que me medida se assemelha ou não a algo que te possa ser dado como termo de comparação? Bem, certamente não será por aí. Poderia dizer-se que é como colher figos de uma figueira às tantas da noite? Poderia dizer-se que é como fazer parte de um exército de elite não convencional? Poderia dizer-se que é como fazer arte com materiais que os teus cinco sentidos desconhecem apesar de sempre terem existido. Poderia, pois poderia, dizer-se muitas e outras coisas, mas continuaria em falência a plataforma de entendimento, porque ainda não há a quantidade suficiente de água no aquário, sem que “água” ou “aquário” remetam para uma interpretação literal, trasliteral ou iliteral. Por isso, fica-te, baixa os braços, relaxa, descontrai. Deixa a nevoa dissipar. Se te agonia, não te apoquentes. Se te crucia, não te atormentes. Das dores de parto e do delivrar nunca ninguém te falou? Pois há quem se trasfegue sorrindo. E sem pretender que o que a seguir ambicione parecer, volte-se então ao que para trás ficou e à frente se reescreve, ressalvando o que foi certificado e, perdoe-se-me o emprestado tom de pretensão, confirmado. É a hora, é o interface, transfundir. Que se passe. Está passando. [(re)Carregando Circuitos]

A ver o passado passar-se
Esvair-se
Esgotar-se
Nada ficou do que já passou
Nada se relembra, apenas se reinventa
Porque se já aconteceu, então já não existe
Assim sendo, porque não o Presente!?
Assim seja, então.


(Representação de Rotina: Mero Excerto, Jehoel)

sábado, 8 de setembro de 2012

Anatomia da Profecia (Corpo Esmeralda)

(Ela?) colocou uma mensagem na garrafa
E a garrafa colocou-a na medula
E a medula está na espinal
E a espinal está numa complexa estrutura
E essa estrutura, aparentemente, é aquilo que se É (Ele?)
São discos, encíclicos, aceleram e desaceleram
Vão vórtices bidireccionais, abrem e fecham

Lapso, Relapso
Atracção, tanta transação
Separação, landa coarctação
Falta de acção, dá estagnação, portanto: interverter e converter
O que em termos de Sequenciação dará a seguinte criptação:

[Primeira Rotina]
Realiza-se, Inverte-se, Abertura, Alumagem, Iniciação

[Rotina Segunda]
Fricção até à exaustão, suspensão, combustão

Sem regras o Jogo Desregrado. Chega-te mais perto, aproxima-te. Aproveita e trás o medo que te carrega, o bloqueio que te sobrecarrega. Agora, solta-o, solta os a todos! Que caiam eles, que caiam contigo também, porque é necessário que morras. E depois de Renasceres, sendo aquilo que em Essência sempre foste, aos olhos transeuntes não serás pelo que és, é necessário que te escondas de ser, para que não vejam o que não podem perceber. Esse tempo virá, mas, até lá, serás cometa de prodígios. E a lista de Sinais segue-se: Chuva de granizo. Cai pesado à vista, mas imponderável ao toque; Raio Cósmico. Céu alumiado, firmamento descolorado; Nuvem negra. Mas não é o que parece, é o que é. E o que tem que ser é só para quem sabe saber, portanto, se mais houver, mais haverá.

Segue-se o Nascimento do Novo Corpo, seja Homem, seja Mulher, em todo o caso entenda-se que é caso de pura Arqueologia não redutível a alguma progénie onomástica
O que prosseguindo nos termos da mesma Sequenciação resulta em:

[Primícias]
Numa Informação Onírica havia um Feixe de Luz Verde irradiando do peito
A registar: Corpo Esmeralda, Coração Verde

[Advento]
Caiu a gota
Da gota nasceu a Encíclica
Da Encíclica abriu-se o Buraco
Pelo Buraco mergulhou-se no Universo
No Universo Corpos Celestes, o Sol, e Foi-Se
E voltou-se à Matriz Encarnada
Multiplicando-se o Mergulho em cada Unidade sob a égide das Espirais
A registar: Movimento Ondular

[Prossecução]
Translúcidos Seres Voadores, de composição como flâmea, sempre presentes
O Verde jacto, mas que é parte de todas as cores
A registar: Dança Diáfana

[Detalhe Legendado]
O Gigante, Guerreiro de dimensões descomedidas
A Esposa, inexprimivelmente bela, Donzela meiga e apaziguadora, o Brilho Reverberante dos Cabelos que se mexem, em adágio, como reflexos luzentes sobre superfície de água
A registar: Uma Questão de Posição e dá-se o correcto Encaixe, Concatenação

[Pontificação]
O Relâmpago dissemina-se, ignição, actuação
Os dias de Escuridão
A Luta: deve entender-se que ‘O inimigo assume todas as formas possíveis do derredoR’
É lançado o Monólito ao Grande Lago
A Luta Continua: deve reconhecer-se que ‘O Grande Frio começa a expandir, porque se absorve a energia ambientE’
Dá-se o entendimento
Cessa a Luta: a vez do diálogo onde é dito ‘Queres? Então toma, é teU.’
Entrega, Acontece a Rendição
Redemoinho, Nuvem-Cogumelo
Detonação, Nuclear Explosão
A registar: Que desde o Início se tem tratado de uma Semântica sem Sintaxe Possível

[Posfácio]
Nunca nada aconteceu, afinal
Pura Ilusão
Sedição

Sem mais nada a registar.
Final de Sequenciação.


(Nota: apesar de ser a música que fica, esta não é a música que foi)

sábado, 1 de setembro de 2012

Setembro (O Sétimo)

E assim se começa Setembro, o mês nono mas chamado “sétimo”, rumo ao Equinócio, o dia das noites iguais, ou a noite dos dias iguais, depende de como se queira equacionar.

Será de Outono para quem estiver a Norte
Será de Primavera para quem estiver a Sul
Dependerá somente da escolha sobre onde se queira estar.

E pelo caminho vi que as charnecas continuam a arder
E é fundamental que ardam
Para o campo descampar

No Universo não há bem nem mal. Há forças de criação e de destruição e todos os estados possíveis de (des)equilíbrio entre tais instâncias.

Portanto...
Os dados?
Mas se já são conhecidos os resultados!?
Porquê tanta excitação!?

Venha daí.




Post Scriptum: e ajuntar ao dilema uma deliciosa citação.

Saiu para a cozinha, acendeu um fósforo, um fósforo humilde, ela que poderia desfazer o papel com o olhar, reduzi-lo a uma impalpável poeira, ela que poderia pegar-lhe fogo só com o contacto dos dedos, e era um simples fósforo, o fósforo comum, o fósforo de todos os dias, que fazia arder a carta da morte, essa que só a morte podia destruir. Não ficaram cinzas. A morte voltou para a cama, abraçou-se ao homem e, sem compreender o que lhe estava a suceder, ela que nunca dormia, sentiu que o sono lhe fazia descair suavemente as pálpebras. No dia seguinte ninguém morreu.

As Intermitência das Morte, José Saramago

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Transístor (Macho e Fêmea)

NÚMEROS NATURAIS


Genesíaca que és de um barro solar, erguidas as mãos ao Céu
Se estabelece a Ligação
E desde aí o resto do corpo começa a deliquescer
Não há outra via de acesso à grelha alienígena
E pode até doer, se acaso se souber o que é Dor
Gostarias de saber quanto e porquê ou o quê?
Que te interessa conhecer se isso só te vai retroceder
Esquece
Tudo o que possa interessar tem a ver com Comunicação
E desta vez é garantido que não haverá Traição
Quem o rege é a Lei da Compensação


NÚMEROS PRIMOS


Havia uma Mulher. Tinha Olhos Estelares, Ovários Lunares. Uma curva de acesso, um caminho protegido por encapsulação
Havia uma Mulher. Tinha Traça Contínua-Interpolada, Vulva Sinalada. Uma contracurva de acesso, um caminho prometido à transição


PAR E ÍMPAR


Transiente? Não, fez-se resiliente
‘Trajectos’ nem sempre será sinónimo de ‘Percursos’
Tira a roupa, farrapos, assiste com os novos olhos
Respiração, persiste, mas sem insistir


MATEMÁTICA?


E vai ser preciso Lutar, como nunca antes
Mas como tudo, se abdique de esclarecer o que é Luta, tal como anteriormente
Quando chegar o momento quem tiver que o perpetrar não terá como se equivocar, será emitido um inconfundível chamamento


NÃO! DELIBERADAMENTE AQUI (DE)POSTA COM O INTUITO DE ENGODILHAR!


E só para contrariar
Atenção à definição
Baralhar?
Quem sabe, porque não!?



[Transístor |ô| s. m. 1. Dispositivo com semicondutor que, com o mesmo valor de um tubo electrónico, pode ampliar correntes eléctricas, gerar oscilações eléctricas e assumir as funções de modulação e de detecção. 2. Receptor radiofónico equipado com transístores. Plural: transístores.]



Modular (Excerto do Manual de Integração)

Ultrapassada a incerteza, válvulas e conexões
Morrida a morte, peças e circuitos
Integradas as Dores de Congestão, tubagens e rotas

Dos títeres? Finalmente a rendição.
Das máscaras? Finalmente a aniquilação.


Contagem remanescente, sem numeração convencional, tentar depreender pode vir a revelar-se fatal. Depreendido?


Da Mulher Carinhosa, deu-se a Aparição
Tanto amor com as palavras vertido
Quanto afecto derramado na Saudação
Atingido pela Solução
Ocorrida a Desamarração
Em diante será sempre a eito, ausência total de contenção


Sempre sonhei com um mundo que conhecia sem nunca o ter visto
Até ao inverosímil instante em que o identifiquei, clara e imediatamente
A Aurora é Agora


Entrada, Qual?
Em curso, Mas não comentes!
Estado de viajante Solar, Em Essência sempre assim foi

Dessubstanciada a ciclópica Ilusão
Clarificada a vera Versão
O Fim da Linha? Para uns sim
Para outros há-de ser simplesmente o (re)Começo


Solicitando: Reiniciar Sistema.

Solicitação Aceite.



 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Na Rede (Infiltrado)

Geometria
Esquemas e Luz
Por excelência, a metáfora da qual qualquer um se riria
Mas é um esquema, complicado, elaborado
E ainda há quem julgue ser capaz, enfim…


A informação a transmitir:
Se queres à revelia da vontade desse objecto da tua possessão, força
Mas a única coisa que te pertence é esse sentimento que te possui, não é que lamente
O que dizes só a ti diz respeito, nada a ver com isso

A informação a repetir:
Quem pensa que Conhece, jamais saberá
Quem genuinamente abdicou do saber, o Conhecimento terá

A informação a dirimir:
Anula-te
Solve et Coagula

Posfácio:
Eu, na Rede
Eu, Infiltrado
Eu? Desexistenciado.


Esquemas e Luz
Geometria
Em Moção



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cristal (Ajuste, Entrada, “Morte”, Desmaterialização, Acção)

Se eu vim do Cristal?
Sim, vim.

Cartas Cruzadas, vidas separadas
Se o sabias porque não contavas?

Nada é eterno, nem a iniquidade tua
É bom que o saibas

Agora que a Estrela vai subir
Sobre ti teu tecto vai ruir

Por mim tudo teria sido mais fácil
Mas por ti deixaste que assim fosse

Olhar nos olhos e mentir
Saber a verdade e fugir

Não me custou morrer, libertou
Cartas queimadas, vidas recuperadas


Ter nas mãos a vida de alguém é entregar a nossa às de outrem
Cuida de ti, e deixa aos outros que cuidem de si

Ter nas mãos a vida de alguém é decretar que alguém tome conta da nossa também
Olha para ti, deixa ao outro o que é de si


Quanto à Activação
Vem, ouve
A Chamada, Atenção
Chegou a vez
De te despedires de ti tal como te habituaste a conhecer-te
Porque o que tens sido nunca foste tu ou alguém
Aprecia, ou como te aprouver, os últimos instantes de inexistência
Encerra os olhos, Infunde, Efunde, e detém, “morre”
Desmaterialização

Acção


Post Scriptum: Quatro mais Um é Igual a Cinco


sábado, 11 de agosto de 2012

Por Agora

Esquecei-me do Sonho
Não o anotei
E por agora apaixonei-me
Há quanto tempo…
Naquele quarto
Há quanto tempo…
No adormecimento do calor musical
Há quanto tempo...
Que não me sentia à beira de me sentir assim



Charity dance with me
Turn me around tonight
Up though spiral staircase
To the higher ground

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Autenticidade (...)

- Percebe o seguinte, Rapaz. Tu plasmas no exterior aquilo que vem de dentro de ti. Por isso é que não é suposto criares expectativas sobre se os outros vão gostar ou não. O que interessa és tu, a genuína expressão do teu Ser, viver corajosamente sem receio de manifestar o único Bem que te pertence, a tua Autenticidade.

  
(Nitin Sawhney - Promise)

If forever and ever and ever we find that we've ran our whole life
Forgoing the sacred view
There's a buzz like a lightbuld up to our ears
Promise that love's still here
The promise that love's still here
The promise that love's still here
The promise that love's still here

sábado, 30 de junho de 2012

Tesouro [(re)Encontrado]

Coração Extraviado,
Coração Encontrado,
Coração Recuperado.

 (Tesouro (re)Encontrado, Jehoel)

sábado, 5 de maio de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Guias (Alegorias)

Para minha surpresa, o Coração não para de crescer
Princípio da Incerteza, a Alegria de viver
Poesia goteada por metrónomos naturais
Terapia coadjuvada por Essências sobrenaturais

Deitado, de joelhos, de pé, Voando, enfim? Como? Basta resolver, a charada abaixo montada:

O pingo das gotas som, são
A maioria da potência genesía tem, razão
Adias
Adias
Adias
O quê?
A partida do tropelias
Então não devia ser já sabido que tal como que chove chovido também o eclético analfabeto já se pôs a jeito para ser corrido?
Falta-te somente render, fazer de paz o desditoso alarido

Resolvido o Enigma.

Deitado, de joelhos, de pé, Voando, enfim.

E eu Agradeço
Por ter chegado até este ponto
Porque,
Finalmente Estou

Para minha surpresa, o Coração não para de crescer
Princípio da Incerteza, a Alegria de viver
Poesia goteada por metrónomos naturais
Terapia coadjuvada por Essências sobrenaturais



Post Scriptum: Deixo ao cuidado de quem queira Descuidar, ao Descuido de quem quiser Cuidar

Post Post Scriptum: Melhor teria ficado se a Preguiça não me tivesse tomado. Mas se é nela que sou bom, é com ela que me vou Salvar.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Da Distracção (Ao Adormecimento)

Nada do que se faz é feito
Já vem moldado
Assinalado

Se fosse assim tão fácil diria tratar-se de uma explicação
Mas não
Por isso faço tremendo gosto deste Inverno que só tem Energias de Verão

Mais ideias, mais mensagens
Hão-de vir
Teria continuado não fosse essa eterna distracção que é ouvir o Coração

E pela noite respirei, assomando-me ao adormecimento. Insisti sem obrigar, sem pretender, sem nomear. Simplesmente fui, melhor direi, deixei-me ir. E vi a cabeça de um Elefante. E vi uma seta trespassando uma garganta. E terei visto mais coisas… E quando emergi mais profundamente vi o sinal da quebra de sigilo, Cuidado!


('VaiDarZebra', Jehoel)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mónadas em Contagem decrescente (Verão? Não!...)

3… Sabes?

Sabes que há tanta coisa bela no mundo? Para além de tudo o que te habituaste a ver e querer ver? Garanto-te que Te garanto a Felicidade. Mas para isso tens que Acreditar. Podes ir.

Sabes que há muito mais do que aquilo que julgas saber? Luz ao fundo do Túnel. Beijos à espera de Lábios. Tanto por tão pouco. Basta Agir. Já foste.

2… A Vida?

Tudo tem sido um pretexto para o que realmente vai Acontecer…

Na verdade já está Acontecendo, mas neste registo literário deixe-se a Poesia falar na sua própria e remota Linguagem. Porque não há daqui qualquer pretensão em Revelar, seria preciso pelo menos que se soubesse. Apenas Amar.

1… O dia de Hoje?

É de Limpezas. Escancaro as janelas do meu quarto, desfaço-me de vidros, e limpo os caixilhos o melhor que posso, descobrindo um Horizonte muito mais vasto do que houvesse julgado, e não contando ainda com o que está por descobrir. Silenciosamente, faço as pazes com a minha Alma, com a Tua e mais umas Quantas, e sento-me a Ver e a Respirar. O quê? A vida.


0… E entretanto comunico:

Então ninguém da conta de que é agora Verão a um tempo que o Homem-Mulher por julgar saber das coisas chamou de Inverno? Então ninguém nota que está aqui a chave do segredo mais desnudo que já se ousou demonstrar? Então ninguém?…



(Skyhole, Fonte e Autoria da Imagem: http://www.weathervortex.com/sky-holes.htm)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Tremolo (As Luzes da Ribalta)

Chegou a hora
Escorraçar a “coringada”
Já andou à roda
Será o fim da “macacada”

Escrita oculta. Demarcada de si própria, demasiada, extasiada. Quem sabe saber, conhece o conhecimento. Quem não sabe, faz-se de tentativas ligeiras que pesam que nem fardos. E de peso há um catálogo de concepções. Nos entrementes escuso-me às transliterações. Porque o problema começou no preciso dia em que houve necessidade de traduções! Estupidez, então o som não é todo o mesmo? Sim!? Então ouça-se!

Ciente de que todos se devem tornar sencientes. Continua pendurada apesar de sentir-se levitada pela incoerência da transcendência que não esperava transcende-la, já que havia idealizado o que não se idealiza. Porque depois de se lá estar, já não se consegue olhar para trás, só se vê para a frente. E o que ficou já não é.

Dores nas costas? Fruto de ilusões. Disse alguém que arrisco demais. Mas assim também voo mais alto. De resto, como se alguém quisesse saber… Posto isso fica a sobrar-me o quê, que não o risco? Só por isso já abeirei estados onde me embriago com água, não imagino quando lá chegar!

Ao menos eu não minto. Daí que nunca tenha gostado muito de menta. É que nem vale a pena tentar. Adorarias descascar, mas nada do que miras é mais do que o espectro das tuas próprias projecções. Uma Sé de gémeos em ponto de incubação. Se chegarão a nascer? Não saberás mais do que isto. Não garanto, mas podes ter a certeza que sim.

Está lançada a confusão. Os dados revelaram números inesperados, quando parecia impossível. Mas só quem concebe a possibilidade achará improvável a impossibilidade. É que as duas coisas são uma, a única e a mesma. Mas anda-se nisto há tento tempo que mesmo sendo redutível à impaciência, esgotou-se a paciência. Correntes de energia por aí a fora. Sobre a equação ‘macrocosmos = microcosmos’.

Mas tu ainda achas que poderia parar de escrever? Que era só querer e parava? Assim ‘por dá cá aquela palha’! Deus te proteja de ti e de mais ninguém. É tudo o mesmo, é tudo o mesmo. Se é tudo o mesmo, nada começa, nada acaba, tudo se continua. Portanto vou fechar o ‘loop’. E deixo-me ficar com este cheiro que me trás o regozijo de saber que não existe nem mais nem menos do que eu.

Chegou a hora
Escorraçar a “coringada”
Já andou à roda
Será o fim da “macacada”

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O Mendigo 22:21 (Pedras ao Ar)

Nem sempre as pedras acertam
Só se forem para acertar
Mas para isso é preciso que haja motivos para as querer beijar
E se o beijo é um eufemismo, a culpa é uma hipérbole

Um dia destes vou morrer
Tu continuarás vivente
Mas antes de nós alguém terá morrido e depois renascido
Tens a certeza que é assim que queres?

Eu deixei de querer
Nunca podia possuir o que queria
Percebi que me possuía aquilo que tinha
Foi a tempo que deixei tudo o que implicasse ter

Deixou partir o comboio da vida, partiu-se
Encostado ao canto do Coração envenenado, nunca cantou
Ao vão da escada abandonado, em vão
Um prato sem comida mas com colher, ele colheu

Olhos escondidos, olhar adulterado
Ofensas atiradas, avenças recusadas
Arremessos dedicados, espantalhos abraçados
Desencontro encontrado, Poema dedicado


Esta foi a estória de um gajo que perdia sempre as capicuas por um minuto. Pensou que fosse um mau sinal. Não aguentou, enlouqueceu. Pena não ter percebido que estava tudo combinado, e que no desvio não havia nada de errado. À força de tanto se ansiar alinhado do desvio, acabou desviado de alinhamento. Ironia, não?

Que hora são!?... São… 12:11.
Obrigado.