sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O Futuro já está sendo construído (No Presente)

As verdades contidas nos ensinamentos das escrituras das diversas tradições espirituais religiosas destinam-se a unir-nos e não a separar-nos. A interpretação literal cria separação, enquanto que a simbólica – ver que todas elas abordam o modelo idêntico das nossas naturezas espirituais – nos une. Quando desviamos a nossa atenção do mundo exterior para o mundo interior, aprendemos a visão simbólica. Interiormente, somos todos iguais e os desafios espirituais que enfrentamos são os mesmos. As nossas diferenças exteriores são ilusórias e temporárias, meros adereços físicos. Quanto mais procuramos o que é igual em todos nós, mais autoridade ganha a nossa visão simbólica para nos orientar.
Fundir as tradições espirituais hindus, budistas, cristãs e judaicas num único sistema com verdades sagradas comuns constitui um sistema de orientação poderoso que pode potenciar as nossas mentes e corpos e mostrar-nos como gerir os nossos espíritos no mundo.

in Anatomia do Espírito por Caroline Myss

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Into The Wild ("God's light and forgiveness")

No meio de alguns dos encontros e desencontros de que tem sido feita a vida, há cerca de dois anos uma pessoa zelosa tentou por tudo levar-me ao cinema para ver este filme. Não fui. Por causa disto, por causa daquilo, por causa de não sei bem o quê. Será que as coisas acontecem quando têm mesmo que acontecer ou esse é um dizer sobre o qual nos escudamos para não nos defrontarmos com a nossa própria falta de coragem e preparação perante determinados desafios que se nos impõem? Hoje acredito que é um misto dos dois. É ténue a linha que os separa e é a capacidade para discernir essa fronteira e agir correcta e abnegadamente que separa os grandes homens e mulheres daqueles e daquelas que simplesmente cá andam a deambular.



“When you Forgive… you Love. And when you Love, God’s Light shines on you.”

“HAPPINESS ONLY REAL WHEN SHARED”

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Basta olhar para Cima (Com a Alma)

Numa noite serena, com a esbatida neblina a proteger-me de olhares alheios, porque quero passar despercebido. Observo uma coruja na relva. Há luz destes olhos humanos que trago para prestarem esse tributo à Alma que sou, escassos são os metros que nos separam. Ela salta e debica. Pontualmente olha para mim, eu para ela, e testificamos assim o nosso encontro sem pejos. Ambos sabemos da existência um do outro e, no entanto, coexistimos em perfeita harmonia. Não seria bonito se fosse sempre assim? Com tudo? Com todos?... Há-de ser, e esse dia já se avizinha bem perto.
O tal Horizonte Próximo…
Pensamentos, tantos, porém aqui poucos ou quase nenhuns. E quando vêm, deixo-os ir tal como vieram.
Nunca deixes aportar teus pensamentos…Observa-os somente e se isso te aprouver, se fizer de ti maior à Luz da Criação…
Estou naquele silêncio interior, o que parece uma estática que encripta a voz Divina. A beleza do cheiro orvalhado que me entra pelo peito adentro entrelaçado com essa Energia que nos anima a todos, só encontra par com o fulgor das cameleiras em flor que me escoltam de ambos os lados.
Guardado pela Beleza… Que mais poderei pedir?
Pontual, o canto das aves nocturnas sigilosamente estacionadas nas árvores outonais ao redor. Sinto a presença de um sem fim de Corpos Luminosos à minha volta, trazendo-me as carícias de um mundo celestial, amenizando a saudade que às vezes bate desse Lugar do qual não me lembro de ter estado mas de onde sei que Sou.
Para lá voltarei… Aqui respira-se Deus…
E há um momento em que olho para cima e mergulho no Céu. A Lua e uma Estrela, lado a lado. Vénus e tantas mais, tantos outros. Constelações que crio traçando riscos que na verdade não estão lá.
É tudo fruto da Imaginação… Pois, na sua missão, nem sempre os olhos acompanham a grandeza da Alma…
E nessa colecção de gestos de âmago, percebo nitidamente que basta olharmos para cima se quisermos entender quem somos, onde estamos e para onde vamos.
Às vezes basta olharmos para cima, só isso… Porque o que vem depois, vem naturalmente…E para isso, basta fechar os olhos e deixar que seja a Alma a ver…

domingo, 22 de novembro de 2009

Um Ano Depois

Um ano depois e voltou ser dia vinte e dois do onze.
Sem passado, presente ou futuro.
Agora, descontracção, está na hora da noite tranquila, está na hora da gataria.

sábado, 21 de novembro de 2009

Príncipes e Princesas da Luz (Odor de Floral Anjo)

Luzes apagadas, acendi uma vela, sorri
A flama era linda por demais
(Agora vejo beleza em tudo quanto é lugar)

Composto o Silêncio, ouvi uma música, corei envergonhado
Por uma sensação que me fez sentir tão bem
(Agora que tenho lugar para um Coração tão grande…)

Eternamente comprometido, renovei os votos com um segredo antigo, deliciado
Sem querer afinal sempre estive à altura
(Agora que sei que sempre soube o que é Amar)

Erguido com esplendor, de postura nascente, anuí
Prestando tributo à bravura de quem se debate com Luz
(Agora que estou aqui entregando Mensagens)

Pulsando vitalidade, este corpo um pretexto, jubilado
Quais dores que já não sinto, nunca senti
(Agora que morri para dar lugar ao que deve Ser)

Tão perto, finalmente, compreendi
E ao longe a visão de um horizonte próximo
(Agora que já aceitei, estou aqui)

Quem olhou e viu auras. Quem olhou e as decorou. Saiba que lhe devoto este Amor imperecível.
Quem decidiu tocar, e toucou. Quem decidiu abraçar, e abraçou. Saiba que lhe devoto este Amor intemporal.
Quem escreveu versos e os divulgou. Quem ergueu poesia a partir de escombros e a coroou. Saiba que lhe devoto este Amor inexprimível.
Quem emergiu em carícias entrelaçadas e se superou. Quem fez de efígies tangentes uma fusão e de dois em Um se Iluminou. Saiba que lhe devoto este Amor Celestial.
Quem sentiu calor e o aceitou. Quem deixou a água correr seu rumo por seu corpo e rumou. Saiba que lhe devoto este Amor supremo no seu momento carnal.

Príncipes e Princesas da Luz
Fazem Amor, coroados de grinaldas feitas de Flor
Não vos posso contar como é fazê-lo, pois é preciso sê-lo
Mas posso dizer-vos que podem lá chegar, basta que o queiram
É isso que venho Anunciar


(Eastern Princess em Towards the Wind por Stephan Micus)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Zoisite

A Zoisite é uma pedra energizante capaz de dissolver a letargia, aumentar a vitalidade e transformar a energia negativa em energia positiva. Encoraja a pessoa a ser ela própria e a revelar a sua unicidade, levando-a a seguir o seu próprio caminho ao invés de se deixar arrastar pela multidão.

A Zoisite amplifica a criatividade. É uma pedra particularmente útil nos casos em que se tenha perdido a chama criativa, encorajando também a pessoa a focar-se no que realmente gosta e quer fazer. A Zoisite promove igualmente a confiança no Universo e em tudo o que há de realmente bom subjacente à vida, elevando o espírito em direcção à Felicidade.

Na cura, a Zoisite age como um desintoxicante natural, ajudando também a amenizar inflamações. Estimula a fertilidade ajudando a curar doenças residentes no sistema reprodutor. Também ajuda a recuperar de traumas profundos e maleitas severas.

A Zoisite é um cristal lento pelo que a sua actuação se prolonga por longos períodos de tempo.


Leituras Recomendadas

Sugestões? Bem, para dizer a verdade, de cada vez que vou à estante, o meu livro predilecto continua a ser o mesmo de sempre...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pólen Lunar (De Outono?)

Num Outono descaracterizado, e quando Outubro já passou testemunho a Novembro, eis que um rapaz poderá estar no auge de tanta Primavera.
- A Beleza é como o Pólen, meu caro. Por vezes paira pelo ar, porém fortuitamente. Por isso tem cuidado e não te deixes embriagar!...
Contador de estórias, meramente esperando o melhor momento para entrar em cena, por enquanto está observando a Beleza ao redor. Vendo passar essas efígies Angelicais…
- O fundamental é que entendas que para contar estórias tens que ter a Imaginação de uma Criança aliada à Sabedoria e à Experiência de um adulto.
Se ouvir é aprender, então ele aprendeu. Mas como é bom guardar os segredos para prevenir acerca do risco deles não se concretizarem, ficou por explicar o que é o Pólen. E assim começará a primeira linha de um primeiro livro escrito por um autor debutante.
- Falta uma peça nessa engrenagem. E sabes o que é? Precisas de uma mulher que te ponha a trabalhar!
‘Nem pensar’, declarou já em fuga. E houve quem ficasse a rir-se de o ver fugir da inevitabilidade das palavras certeiras.
- E porque hoje é noite de Lua Cheia, marcamos encontro no Jardim dos Sete Suspiros, certo?
Nome de código. Depois, o inevitável ‘sim’. Está tudo explicado, não está? Sorri a Gataria de asas postas que lá paira, pressentindo já que o Pólen vai chegar pela noite, Lunar.

Febre do “ouro” (Da maldição ao adeus às bruxas)

Queres o “ouro”? Só vou perguntar-te uma vez mais… Tens mesmo a certeza que queres o “ouro”? Pronto, então fica com “ele”, é teu, mas na hora da agonia não digas que não te avisei.

Desta já estou Livre. Será só mais uma naquele que é o meu Caminho, O do Guerreiro.





Em seguida o término de uma estória que se desenrolou nos bastidores das vidas de muitos, tantos que alguns nem se souberam fazer parte de tal trama.

Foi até ao portão. Viu-a. Chamou-a. Ela virou-se e arregalou os olhos ao vê-lo, espanto e acidez.
- O que é que estás aqui a fazer? Tentou alvejá-lo agressiva.
- Vim avisá-la. Respondeu imune, porém no indefinido de um misto de calma e preocupação. Pode bem ser a sua última oportunidade.
- Mas desde quando é que… Quem é que pensas que és! Retorquiu corrosiva num esgar que lhe distorceu a voz.
Qual tempo inenarrável, fitaram-se na colisão do olhar de um no do outro. Um duelo? Para ela sim. Para ele não. Dificilmente ela entenderia que a presença dele ali era acima de tudo um gesto de pura compaixão, algo que depois de tudo nem lhe cabia fazer, mas que se predispusera para tal à mesma.
- Vão-lhe ser oferecidas duas cadelas. Virá aqui uma mulher fazê-lo, pedindo-lhe que tome conta delas. Aconteça o que acontecer não as aceite. Solenizou as palavras tranquilas.
Com aquele seu semblante de bruxa, ela riu-se vil e arrogante. Ele percebeu que nada mais havia a fazer ali, que no fundo aquilo nem teria valido a pena, mas acima de tudo queria fechar mais um capítulo da sua estória de vida com a certeza de que fizera tudo o que podia ter feito. Avisei-te. Agora estás entregue a ti própria e aos teus desejos, mulher… Ela voltou a rir, malévola, segura dos seus intuitos, fossem eles quais fossem. Voltou-se e fechou a porta. Com esse som fracturado mais o dos cães que começaram a ladrar-lhe com fúria ele ficou ali mais uns instantes. Tirou a mão da grade e reparou na aranha que ali montava uma intricada teia. Sorriu interiormente por ter percebido a mensagem com clareza. Está feito. Virou-se e seguiu rumo com a leveza do sossego em seus passos firmes.

As Origens deste breve mas intenso texto ficarão até mais não uma estória por contar. Folhas de papel guardadas numa gaveta apócrifa. Porquanto, quem quererá saber de quando “bruxas” e “anjos” se travam de razões? Se é que isso possa existir sequer? “Bruxas”? “Anjos”? Provavelmente ninguém.