Anoiteces, Sumo presente
Amanheces, Ventre fremente
Será possível que sejas mesmo anoitecer e amanhecer?
Mais tudo o que emmeio voga a premer?
Teu Canto Profetisa
Tua Lua Baptiza
Tu és a Sacerdotisa
Ainda assim, a tudo isso te alheias
Desapagada do brilho que semeias
O que fazer perante tanta fulguração?
Resta-me a Rendição da Adoração
É quando nascem as folias
De te amar, relatando
De narrar, te amando
E vêem-se agradadas as Poesias
Porque as humidades declaradas afloram
Porque as palavras segredadas te irroram
Aí, Endoideces
Sequiosa, Buliçosa, Sediciosa
Aí, Incandesces
Bicos frementes, fogosos
Plenipotentes, abundosos
Mordidos
Na minha boca perdidos
Crónicas Da Dureza e da Grandeza
Assola um Alagamento
Tuas pétalas intumescidas
Excitadas, Inchadas, Enchidas,
Com a vibração, a explosão da Corola…
E é o fim do teu Temperamento.
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