sábado, 29 de dezembro de 2018

Três Partituras (Mementos Musicais, Sucedendo)

Partituras:

Versa a sabedoria, “o que sobe, deve descer”! Contudo, isso não se aplicava aos peitos dela. Por tudo. Boleados, elegantemente decaídos, raiados, estriados, dos halos, solares, da mamila, pontuda e ademais carnuda.

Partituras:

Cabelos como teias de aranha. Quanto mais te mexesses, mais te emaranharias. Então… ficar quieto. Imóvel. Labirinto sem solução. Ou Dissolução.

Partituras:

Esquece e volta a esquecer. Vive, somente, o que está a Suceder. Presente.


Post Scriptum: Lê, despida, e guinda-Te,  entendida.



Cogitações Corporais (Imanação-Emanação?)

À volta com as voltas que dou ao redor de cada pormenor do teu cárneo-sinuoso derredor...
Curvas e mais curvas
Turvas

Qual será, se será, a relação da efígie com sua Imanação. Uma Emanação?



Doce de Leite (Um "Doce" de Mulher)

Desde que acontecemos, Mulher!...
Queres que te enfeite… não basta que te deleite?
Descompliquemos!
Atenhamo-nos ao verbo “Acontecer”!

Não te nomeio, Mulher.

De permeio,
Comendo, doce-de-leite, à colher...

"Doce" Mulher!


(Te Amo-Te, Matreira...)
(Te Amo-Te!)



sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

sábado, 15 de dezembro de 2018

O Sorriso (Que Salva)

Salvo do griso pelo teu Sorriso
O Sorriso em que deslizo

Copulada, és a Cobra que cobra a Entrada

E agora? Já reconheces que é sempre a hora!?

São os Códigos pródigos de quem te Ama
Minha Dama

O Sorriso em que deslizo
Salvo do griso pelo teu Sorriso



sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Alegria (Estilhaçada)

Inebriado
Hoje partilho, a alegria de ter um Coração despedaçado
A braços com isso, me maravilho
Em Estilhaços

Pisa mais, por favor…
Pisa com todo o teu Amor.






Viciado (Agarrado) [De bom Grado] (Em Ti)

Viciado
Em fotografias (vivas) de ti
Apaixonado
Por ti

Tão leve, a Poesia que te descreve
Adorável
Lua memorável, Sol incansável
Sem personalidade, com intensidade

Cabelos claros, tons preclaros

De bom grado, gastarei a vida em teu (sensual) ondulado

Porque estou, agarrado, ao teu Coração
À tua Beleza
Com certeza, e sem remissão






quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Missionário (Há que ter Fé… em Milagres!)

Assestava-se sobre ela, como um missionário, recebendo-lhe nuca e occipital no côncavo das mãos. Atitude previdente. Imagina que, em função da Fé dos impactos, se lhe ejectasse a Alma pela fontanela?


Post Scriptum: para quem acredita em Milagres…


(...)

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Penetração Ocular (Canção de Excitar)

Quando se interpenetraram ao nível dos olhos, Acoplaram
Incrível…

Estabeleceram contacto, de facto, durante o acto

Excitados de embalar…
Jogadores, de Amores
Embalaram-se ao som de uma Canção de Excitar


Post Scriptum: No bom sentido, superiormente (in)definido

Post Scriptum: o que tu pensas ser uma repetição, ou é, ou não é!



sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Amor Usucapiendo em Novembro

Amor usucapiendo. Perfeito.
Afecto sexuado, em Novembro.
Com efeito, posicionado em amplexo, num vis-à-vis.
No nicho do peito, Flores-de-Lis.

Entrelembro, alegre, premonições.
Ela é… o que sente. Sensações. Os dias, as horas, os minutos, os segundos… Diariamente.
E Ele? Talqualmente!… Fulgurações.
Os Dois? São. Juntos, no Presente, pois!





quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Do Desejo (Ao Molejo)

Do Desejo
De poder fotografar Sons
Ao Molejo

Ourar, ao imprevisto
Evolar, impremisto

O liminar enlevo de um conhecido relevo (o teu)
Edénico encanto, para espanto (meu)

Do Desejo
De poder fotografar Sons
Ao Molejo



quarta-feira, 31 de outubro de 2018

(Elemental) Da Fantasia à Eudaimonia (Sexual)

Estala esta Energia pela concretização de ter companhia
O Candelabro encontra a Vela-flor, sem pudor. Há lume no adro, comum. Cada Um que fume o Outro, reciprocamente.

Fantasia ritmada, Elemental.
Transformada em Eudaimonia, Sexual.
Quem diria... Finalmente.



Relatos (Maneiras de Dizer a Mesma Coisa…)

O Relato Poético:
Aonde? Como uma Entrada… Para?... uma Cauda de Pavão, onde, cada pena, é o Portal de uma copiosa Dimensão. Tua Líbido, estrepitosa. Avonde.

O Relato Jornalístico:
Consequentemente, as atracções faiscavam em catadupa, os fluídos vitais inflamavam e dois corpos, túmidos (um deles o teu), acabavam a queimar despidos, por cima dos lençóis engelhados de uma cama que, desfeita, desconhecia o que era ser feita.





terça-feira, 23 de outubro de 2018

Directamente (Ao Assunto) [Como Se Quer]

O teu vestido não engana o que não se quer enganar. O Esquiço, sem enguiço, do teu corpo brutal. Nada a fazer. Não se quer, sequer. Sou teu, é veredicto final. Pero, estas são meras palavras ao contrário das tuas curvas macabras.

- Baza? Directo ao assunto.
- Baza. Ao assunto, directa.


Post Scriptum: Resolvidos, fadados a serem, dissolvidos.



EscorpiAna - TaurIno (Integração da Oposição)

- Como é que se beija assim?
- Se quiseres podemos experimentar.

A EscorpiAna riu. Grande lata!

- Uma experiência a bem da ciência. Finalizou o TaurIno, em grande estilo.

Ela apreciou, a contento do cio. Ele provou. Integração.



sábado, 13 de outubro de 2018

Lógica dos Seios (Aprender desprendendo)

Um jogo de seios é típico de cada signo zodiacal
Como a qual? Ora, esse é o segredo final!

Seio descaído, coração partido?
Seio aumentado, coração locupletado?

Se ainda acreditas na linearidade, como poderás almejar à Felicidade?

Aprende.
Soltando aquilo que, tentando tu prender, te prende.

(Eu Sou Tu e Tu És Eu)



Comentário Arbitrário (Finalização)

Que dizer desta Inclinação para a Perdição?

É uma pronação para a desgraça da tua graça

Sopetear-te
Lambuzar-te
Eliciar-te

Até à Finalização.



A Ti (Que Possuis o ‘Atributo’ em Bruto)

Acabava
Quando menos esperava
Amando

Dava
A quem de direito experimentava
A eito

Sem interrogações
Feita de afirmações
Dona de um monte púbico
Impúdico

De pêlo a cabelo
Tanto Prazer que se fazia sentir um Sofrer

Incessável
Incansável
Inobstante, saciável
Tornou-a Constante
Esse atributo
Em bruto



segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Sopeteando Sexo (Sem Nexo)

Ela, isopetalada
Uma raridade
Polvilhada de alacridade
Com ou sem ajuda
Não há nada que a acuda
Ela, que bela

Detalhe: E acontecia que, fortuitamente, deixava escapar risadas entrecortadas em pleno coito, deliciosamente, acrescendo variedade à referida alacridade, feita num oito.

Entalhe: Sem complicar, porque a Alacridade, como a Felicidade, também mora na Simplicidade.

Como era?
Sortidos sentidos
Despidos
Para galgar e desgalgar
Sexo sem nexo
Porque é bom
Mui bom
Inaugurando uma Era.

Só não valia mentir
Ninguém mentiu
Porque assim podia ferir
Ninguém se feriu

O fogo-de-artifício?
Como se nunca antes tivesse acontecido nem nunca mais fosse voltar a acontecer…
Sem desperdício.

Para variar
Felicidade de verdade, ao envés do revés
Portanto, motivo para festejar
É que… não havendo actores nem actrizes
Há finais felizes.




segunda-feira, 17 de setembro de 2018

sábado, 1 de setembro de 2018

Apontamento Oportuno

O colo é a parte de cima, aquela rampa de onde se despenha, com ou sem estrias… o bojo, portanto, a parte de baixo, polposa, volumosa, onde, algures relativamente à curva inferior, ficam aréola e mamila, pináculos da mama.




(...)

À Chuva (Que vem aí...)

Toda a gente sabe, quando os dançarinos se tornam a Dança, perda-se a mente e ganha-se o Presente.



segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Teimosia (Causa-Efeito)

A Magnis Maxima. Poesia no meio da debocharia, saudável. Falo-te de um beijo, apelável, por ventura no falo, metendo ou não a língua, à ventura, generoso, sem míngua, abundoso. Nesse ínterim, um roçagar de bocas roçadas, tempo sem fim. Dancejantes, a duo, colidindo a ferrosa teimosia um do outro, ardorosa, pedras faiscando, gerando. O quê? Fogo, muito fogo. Porque, genuinamente, é assim que se transmite uma Magna Tradição, um Engenho, uma Arte. Qual? De Amar, vestindo carne. E nisso, inolvidáveis, as criaturas relatadas, eram notáveis.



terça-feira, 14 de agosto de 2018

Um detalhe (Perdido em Apontamentos Achados)

Conciliava dois ombros, trabalhados, que vicejavam despontando braços magros, sensualíssimos caules de cujas corolas, as mãos sedosas como luvas habilidosas, floriam finas pétalas digitais.

Com efeito, gorava qualquer hipótese de resistência da parte do moço...



sábado, 4 de agosto de 2018

Relatado (Com Propriedade)

Ele fazia-A de todas as formas e feitios, com gosto e perfeição. De opulentas versões do convencional, a Inversões. Até nuncupativo, onde se assumia mestre total, jogando-a, destemperada, à delambida perdição. Ex ungue leonem. Ao contrário dos outros que chegavam ali e se serviam, sempre dando mau nome ao género, ele concatenava, destituindo fronteiras. Não chegava adiantado, nem atrasado, simplesmente se chegava, chegando, acoplado, apaixonando. E ela correspondia, claro. Uma louca Maresia que, vinque-se, só existe havendo reciprocidade. Baralhava-a, dando-lhe, forte e bonito, mas com carinho. Enternecedor. De ir aos píncaros. E ainda bem. Já para não mencionar as vezes em que nem sequer havia penetração, manteação ou, sequer, estimulação, e ela se ourava à mesma, com ele, só de miminho. O Poder da Afeição. Com propriedade, Fazer Amor é isto que leste.



quinta-feira, 19 de julho de 2018

Intoxicado (Embriagado)

Intoxicado
Desse teu sabor indeciso
Não se sabe se sabe salgado
Não se sabe se sabe adocicado
Deliciosamente impreciso
Embriagado…



sexta-feira, 29 de junho de 2018

Tornada um Tornado

Como um tornado, rodopiava sobre si própria, em cima dele. Os seios indisciplinados no corpo, reluzente, coberto de óleos perfumados, essências mestiçadas ao próprio veneno natural, suando de sua pele. O ondulado solar dos cabelos, lucilante, encadeava. Quando parou, inesperadamente, atingiu-o com o retrato do seu umbigo florido, orvalhado de quentura. A ausência quase certa de distância hipnotizou-o com o cheiro a Orquídea. Se há Flores que não podem ser cheiradas? Prefiro dizer-te que há venenos benéficos, que matam bem, tão bem, que trazem um auspicioso renascimento. Entre cachoeiras e volutas, tornou ao rodopiar. Tornando-se o Tornado, sobre ele, possuído… bem possuído...



quinta-feira, 28 de junho de 2018

Lugares da Nudez (Divulgada)

Os Segredos que aprendi
De Ti

Lugares recentes, percorridos
Seios Incandescentes, deliciosamente Caídos
Anseios fluentes, estrepitosamente destemidos

A verdade nunca está escondida
Pode no entanto ser surpreendida
Fantasiando-se de falsidade
Para a posteridade

Como se numa fotografia
Da nudez, revelada, de tua tez
A noite do dia, fosse divulgada

Os Segredos que descobri
Em Ti



quarta-feira, 6 de junho de 2018

Menina dos Olhos Mutantes

Para constar,
Vou te contar:
Aqui entre os dois
Sem antes nem depois
Os olhos dela mudam de cor
Consoante o Estado de Amor

E eu aqui, em modo navegação.
Por favor…
Para quando a nossa integração?

Menina
Dos Olhos Mutantes
Coloridos lucilantes



A Balada Embalada

Uma calma entretida
Vivendo a vida
Para quê complicar
Com tanto que há para se Amar?

Minha Querida,
A ti, esta balada… embalada…


(Miroslav Tichý)

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Liberdade (Erótica Alacridade)

Orgia de humores, mestiçados. Quando estão todos amarrados. Dois amores, uma alegria. Quando se embrulham, indiferenciados, na dança dos encharcados.

Assobia com os lábios, quais deles os mais cheios. Saracoteia os seios, lídimos astrolábios, no caminho das estrelas, é ficar a vê-las…
Uma voz sem foz, pois desagua de onde brota, manando de onde desemboca.
E o consorte consola, corpo e alma, em estupenda calma. Que sorte!
De mais a mais… Afaga, o fogo, que não apaga. Jamais.
Deixando-a removida, mesmo, da morte e da vida, exuberando-a, a esmo.
Deixando-a toda crescida… toda entumecida… do ego, destituída.

E eis, que nesse pico, ocorre a Liberdade, em toda a sua Erótica Alacridade.



sexta-feira, 4 de maio de 2018

Bom dia… (Poesia à Bela Acordada)

Pensas que estas acordada?
Não estás nada!

Respira fundo
E mergulha no mundo

Encontra o que não é para encontrar
Porque já estás encontrada
Como a mais bela estória contada

Conta-Te, contando
Voa, nadando
Celebra-Te, celebrando
Ecoa, silenciando
Exulta-Te, exaltando
Destoa, consonando

Deliciosa, sem mente
Despretensiosa, toda veemente
Perfeitamente calibrada

Pensas que estas acordada?
Não estás nada!

Aborda a vida, airada
Acorda
Libertada
Reconhecendo que estás (e sempre estiveste) acordada…

Pensas que estás acordada?
Sim, até estás…
Se te reconheceres na Imensa Paz



quarta-feira, 2 de maio de 2018

Uma Aventura sobre a Textura

De Amores… Sábios são os calores… Lixando língua e lábios, na aspereza, com certeza, do entorno que se entorna, avonde, ao redor dos mamilos, sem saberes de onde… E dou-te, profundamente, para tua surpresa, molificando texturas outrora duras. E perduras, num agora, destituída por carícias transversais, influída de arrancos totais. Que mais dizer? Atingida. Tingida de amores, de calores, nesta Aventura sobre a tua estrepitosa Textura



terça-feira, 1 de maio de 2018

Dança da Abundança

Um apronto de Primícias desferidas, um reconto de Delícias consumidas

“O que é bom, é bom”, dizia, atrevida, ela, conhecida como a amante Divertida
Porque ele a divertia, de noite e de dia

Mais que apaixonada, inundada, compunha-se destemida, além, dispunha-se transbordando a vida pela vida, por bem

Denunciada pelas papilas carnudas, tesudas, simultaneamente carregadas e sobreaguadas
Era o Céu que desaba, a Terra que (se) agrada, e o Mar que não começa nem acaba
Tudo sob a égide do Fogo interior, sem pudor, ardendo chuvadas, até saraivadas,
Inconsequentes, coalescendo, aquando da conflagração, incendiada, emanavam-se do próprio Coração
Incandescendo, aos dois, incandescentes, a dois.
Pois assim se dança, a Dança da Abundança…



quinta-feira, 26 de abril de 2018

Rendição (Fruição)

Rendida,
Ela inclinava-se, declinando atrás, artística, com moleza, e ele tamborilava o gineceu palpitante da sua Flor
Que beleza, clamorosa.
Ardorosa percussão, aforística.

Devastada, Ela rasgava-se, em brechas delambidas
Rasgada, Ela devastava-se, em sorrisos escachados

Lógicas consumidas, triviais banalidades
Silogismos fulminados, banais trivialidades

A razão? Extrema: tudo por conta da mística conexão entre a boca do Verbo e os lábios do Enstase, um encontro de monta, postrema fruição,

Instituído o Orgasmo
Vertendo, intensamente
Convertendo, devotamente
Entendendo, finalmente…
O quê? A carne como plataforma do derradeiro desencarne, Esse mesmo, O destituído de Forma.



Observando Dinâmicas (Sensuais)

Atento ao impulso dos teus passos decididos.
A passada de uma criatura é o reflexo da sua têmpera, sem tirar nem pôr, pedes escrever e guardar! Observar e delirar!

Meditar é fitar, concentradamente.
Sorver a delícia do momento, no momento, com o momento.
Consumadamente. Como a inerência entre polpa e paladar, sabores teus, que rapto como amores meus.

E deixar um poema, ao teu estratagema, sedutor, alagado de Amor, sem dilema, nem começando, tampouco acabando.

‘Longamente Breve’

As madeixas de brilhos que deixas
Deixando, em passando…
E eu sigo… amando.



terça-feira, 24 de abril de 2018

(Poesia) Aos Cabelos (Teus) que Ondularia (Maresia)

Cabelos ondulados, qual maresia

Sempre que amanhece
Poesia
Sempre que anoitece
Poesia

Sempre que vai
Poesia
Sempre que vem
Poesia
Sempre que "cai"
Poesia
Sempre que tem
Poesia

Sempre que tece
Poesia
Sempre que acontece
Poesia

Cabelos mareados, que ondularia






Post Scriptum: Cabelos ondulados? Nem mareados! Isso é coisa de estado de espírito! Entendes?


Ao Paladar

Géneros
Sabores predestinados
Perpetuamente efémeros
Tremores exaltados
Intimamente

É tão bom quando sabe bem
Em se provando alguém



Ela olha. Ele vê. Os dois São.

Ela enfita, sem hesitação, adornos
Ela fita, plena em contemplação, contornos

Olha para mim
No momento
Olha por mim
Adentro

Dá-me a tua boca
Que é tudo menos pouca

Dá-me o teu peito
Todo ele escorreito

Dá-me a tua gana
Que te consome e esgana

Dá-me que dou
Vem que eu vou…

Ela fita, plena em contemplação, contornos
Ela enfita, sem hesitação, adornos



A Água Ensopa

Um texto
Como pretexto
Para embutir
O nosso entrecho
Sorrir
Ao melhor desfecho

Ardorosa urdidura
Cheia de candura
Amorosa

Tocar água sem molhar?
Não…
Tem mesmo que ensopar
Porque esperas, então?...



sexta-feira, 30 de março de 2018

Xamanismo (Esoterismo)

A chama
Do Xamã
Chama

O Poder

Purificando
À base de não querer ser

Desnovelando
Até ao Recôndito [Verso Oculto]

Lavando
Folhos e entrefolhos do Espírito [Verso Culto]

Eliciando
Os maus génios, os males do Génio

Entendidos os alergénios
O fim do sono alucinogénio

O início do (Sopremo) Entusiasmo

Levitando Sereno…
Um espasmo
Levitando Supremo…
De pasmo

Dissolvido o marasmo, resolvido o pleonasmo
Eis o Orgasmo

O Poder

A chama
Do Xamã
Chama



domingo, 11 de março de 2018

Ela (Respira)

Palpitação
Haurir, parcial (individual)
Exaurir, total (universal)
Pulsação

Ela é um pulsar, inconsciente com potencial consciente, dentro do Grande Pulsar.

Ela é a Respiração, erótica
Que se lhe Revela
Apoteótica

Ela fecha os olhos e visualiza a bailata respiratório de uma água-viva, luxuriosa, tornando leve a densidade pelágica do abismo, filtrando os raios de Sol que perseveram, subaquáticos, transformando-os em Força Vital, graciosa. Ela abre os olhos e absorve a Envolvência, palpável e impalpável, na construção de Si, ao Inspirar, na desconstrução de Si, ao Expirar.

Cosmológica
Das Estrelas

Abóbada Celeste, toda a pele dela, material e imaterial, respira, fronteira fictícia de uma esponja de polpa porífera, concupiscente na elegância com que se cresce, haurida, e se decresce, exaurida, compassadamente…



quarta-feira, 7 de março de 2018

Homenagem ao Duo Circense

Sobre Doçura, apontamentos paralelos, dignos de serem consignados.

Naquela ambiência crepusculina, entrejogando, luminosidades com obscuridades, entressonhando, insanos preliminares.

O Mel. A dúlcida Essência, espessa, undiflava ou acastanhada, do néctar Floral obrada pelas abelhas, sem esquecer o papel dos zangões, e armazenado em favos geometricamente arquitetados. O Mel emanava-se-lhe, copiosamente da Flor.

Ela, concretamente?
Caleidoscópica. Corporal. Psicotrópica. Escultural.
O olor? Era o da fusão dos cremes essenciais, que não imaginas, com a fragrância natural da sua cútis.

Entre os dois?
O amalgamar das rescendências.

Corpos ateados, tochas pulsantes, suando eflúvios aquosos.
Cuspidores de Fogo, volitava-se-lhes uma intensa nuvem de combustível ao redor das peles, alevantadas.

Exercendo a Arte de Amar, ardendo.

Pondo e sobrepondo.
Abrasados ao orgasmo com que se contaminavam, consortes, deliberados.

Em tantrismos circenses, ad lucem.



sábado, 3 de março de 2018

Seios (Munidos de Feitiço)

Tinha os seios munidos de feitiço, portanto, com as propriedades activas do plenilúnio.

Quando ele investia, instigados pela onda sucessiva de penetrantes impactos, enveredavam numa dança sobrepujante. Duas massas de carne saborosa que, ameaçando transbordar, disparatavam em todas as direções, tresloucadas.

Assim se recreavam, os seios, dela, durante o copioso Acto.


(...)

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Olímpica (Em Duo)

A fusão da essência de cremes com o cheiro da sua pele, gerava o Olimpo numa silhueta feminina. Ademais, era contorcionista, lídima acrobata. Meros atributos. De pouco lhe valiam na hora do aperto. Comprimida por debaixo dele, completamente à mercê, agrilhoada à prisão mais apetecível. O delírio de sentir-se sufocada pelo peso da sua marcha compassada. Que sufocasse até à morte, porque morrer é o derradeiro gozo, a porta para o renascimento. Recebia-o abrasiva, não fossem as suas paredes mucilaginosas, caiadas a tinta de areia, berrante. Abarcada, como ela amava ser assim abafada, ampliada, por ele. Em outros arranjos, poria em prática as destrezas das suas artes acrobáticas. Naquele, simplesmente entregava-se. Então, qual a do Som, quebrava-se a Barreira do Prazer. Auroravam as modularidades vocais, na verdade, vinham-se, transumanas, imperiais. Em Duo.



terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Coração árduo

Coração árduo
Persistente
Displicente
Quando nós
Há duo
Sem antes nem empós

Celebremo-Nos
Nus



Folheando Mel

O estranho
Que te chama
Tão estranho
Como que te ama

O conhecido
Lavado de lava
Bem aparecido
Apalavrando o que Lavra
Destemido
Lavrando à Palavra
Embevecido

Lua Cheia
Na tua Colmeia
Prazer
Até que o Mel subverta o apetecer



terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Ponto de Luminescência (Concupiscência no Ponto)

Proeza
Dois corpos, num, com tanta destreza
Abraçando poesia
Declamando folia

Palmas
Ruas de dura concupiscência
Almas
Nuas em pura Luminescência


(Apronto...)
(No Ponto)



quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Acto de Desabotoar – Desabrochar [Continuando pelo Coração…]

Causa-Efeito
O Mundo Universal é perfeito

A cada desabotoar
O correspondente desabrochar

Paciente
Fulgente
Deixo-Te esta Declaração
À lapela
[Propondo a] Fusão de Coração
Á capela



Canela no Coração

Cabelos compridos
Destemidos
Ondulados
Em verso adorados

Apetites Amorenando
Acicatando

Um pau de canela aromatizando o coração
Partilhado
Dele e dela
Que Sensação

Fragrante
Inebriante
Clarificante


(...)