sexta-feira, 29 de junho de 2018

Tornada um Tornado

Como um tornado, rodopiava sobre si própria, em cima dele. Os seios indisciplinados no corpo, reluzente, coberto de óleos perfumados, essências mestiçadas ao próprio veneno natural, suando de sua pele. O ondulado solar dos cabelos, lucilante, encadeava. Quando parou, inesperadamente, atingiu-o com o retrato do seu umbigo florido, orvalhado de quentura. A ausência quase certa de distância hipnotizou-o com o cheiro a Orquídea. Se há Flores que não podem ser cheiradas? Prefiro dizer-te que há venenos benéficos, que matam bem, tão bem, que trazem um auspicioso renascimento. Entre cachoeiras e volutas, tornou ao rodopiar. Tornando-se o Tornado, sobre ele, possuído… bem possuído...



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