Quando há amor, não há desejo de competir ou dominar o outro, porque, de uma certa forma, o outro sou eu mesmo. Como eu dou valor ao outro é o espelho de como eu dou valor a mim mesmo.
Pois é, grande amigo. Por isso o jogo no amor é, antes de tudo, um jogo contra o ato de amar; as "trapaças" que fazemos para arrematar o ser amado é o que tem de menor. Se o amor pudesse opinar em voz alta, se ouvíssemos o sentimento genuíno, saberíamos lidar melhor com o mundo e com o outro. É que a gente toma emprestada a palavra, finge que é a "coisa" sentida e desfila com os discursos pra cima e pra baixo.
Talvez eu tenha sido vago -- e/ou confuso -- na minha explanação, então vou citar Clarice Lispector: "Amor será dar de presente ao outro a própria solidão? Pois é a última coisa que se pode dar de si." Não há nada mais autêntico, e real, e próprio e revelador que a solidão... pronto.
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Pois é, grande amigo. Por isso o jogo no amor é, antes de tudo, um jogo contra o ato de amar; as "trapaças" que fazemos para arrematar o ser amado é o que tem de menor. Se o amor pudesse opinar em voz alta, se ouvíssemos o sentimento genuíno, saberíamos lidar melhor com o mundo e com o outro. É que a gente toma emprestada a palavra, finge que é a "coisa" sentida e desfila com os discursos pra cima e pra baixo.
Talvez eu tenha sido vago -- e/ou confuso -- na minha explanação, então vou citar Clarice Lispector: "Amor será dar de presente ao outro a própria solidão? Pois é a última coisa que se pode dar de si." Não há nada mais autêntico, e real, e próprio e revelador que a solidão... pronto.
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