sábado, 21 de maio de 2011

Poesia para desobsidiar em Três Actos (Fogo Posto)

Primeiro Acto: Rosas Amarelas? (Sentado num Cemitério de Vidas Passadas)

L Com um escaldão nos lábios, vá-se lá saber do quê… B

O Por cada foto que tirei do altar, fiquei cada vez mais próximo de mim, agora que está quase vazio, estarei quase em mim. Experimenta adivinhar! E

B Não quis saber de mentiras, nem que fossem verdades, daí que não tenha prestado atenção aos teus alimentos fora de prazo de validade. Mas não é por isso que deixas de ser bela e sinuosa! Isso, porém, dura o que durar…I

O Pensei com um sotaque, mas falei no linguajar de sempre, estou só me guardando para o auge do melhor que já está em curso. Há coisas acerca de ti que não devias ter ouvido, se ao menos tivesses tapado teus ouvidos com tuas mãos… J

T Não esperaria nem que fosse paciente, por isso rio perante a insistência de teus desabitados lamentos e visto-me de impaciente. E tu de coitada doente, não estaria na altura de mudar de roupa, nem que seja perante o risco de se colar em definitivo à tua pele que até é nívea!? A

O Não acertei todas as capicuas por um número ao lado, falhei!? Estarei desacertado? Não, estou bem! É por isso que já te tenho dito que tens a subtileza de um comboio a todo o vapor mas fora de carris! N

M De que interessa a vestimenta se o que conta é o que está lá dentro? Já percebes o porquê da minha ausência total de estilo!? Uma sugestão: deita fora a máscara de coringa, faz com ela uma fogueira que queime a noite inteira, e de manhã recebe pela primeira vez em tua vida raios de sol sobre o rosto revelado. Não pediste sugestão alguma? Na boa, isso é problema meu! D

I Abdiquei de ser o dono do trono, o Pai do mundo, porque o que eu quero é ser Livre, por isso vou abdicar disso também. Entende-se? Também é irrelevante, porque se resignei serei outro, e do mim de antes terás apenas uma memória, a menos que estejas disponível para abraçar o novo em tua vida. O

Z Combino mal as cores? Quem te disse que as cores foram feitas para combinar!? Já experimentaste olhar à tua volta com os teus olhos e não com os que os outros te deram? Experimenta e vê!... C

A Deitei-me e contei, como os números nunca mais acabavam de continuar cansei-me e decidi dormir e Sonhar. Eram imagens de um Anjo sobre um Dragão, mas que eram precisamente manifestações “diferentes” do mesmo. É aí que está o entendimento. Não sei se estás a perceber… O

O Tudo em seu devido tempo, tudo em seu devido lugar, excepto para quem renunciar, que em verdade é sinónimo de abdicar, pelo que a estas horas já me repito. Então está na altura de ir porque se abre uma Brecha, e apesar de ser praticamente impossível, mais inverosímil que essa impossibilidade, só mesmo o tamanho da minha vontade renunciada. Tu? Talvez fazer o que melhor entenderes… M

S Mas no meio disto tudo, tudo está bem! Porquê? Ora… Porque… Eu… Com um escaldão nos lábios, vá-se lá saber do quê… P


Segundo Acto: O Acto de ‘Des’ (Coisificar)

M Não me apetece. Integração de Opostos. "Partida, Lagarta, Fugida". Desobsidiei. Inté. A


Terceiro Acto: Posfácio (Novo Rumo, Brecha)

E - E se de repente surgisse a oportunidade de escrever um novo rumo? O que farias? Arriscarias? I
D - Isso é uma pergunta para uma oportunidade que se abre no aqui e agora? X
O - Sim. Ã
S - Então a minha resposta é “Sim”! O




Post Scriptum: Poesia para não Ler, poupando-se assim o trabalhado de a Esquecer! Entretanto vou até lá que deixei os lábios a Aquecer...

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