domingo, 14 de fevereiro de 2016

Rapariga Dissolvida (Vis-à-Vis)

Rapariga Dissolvida
Apanhada da vida
Capturada e comida
Empolgada e consumida

Quanta rapidez com que perdes as roupas
E te exsolves numa nudez como há poucas

E eu endureço-me, ferino
E atiro-me, aquilino
Cesurando-te, aguada
Compungindo-te, locupletada

Sem vencedores nem vencidos
Sobrevimos sofredores e convencidos
De que não há concatenares (acoplagens)
Com a potência destes deslumbrares (alunagens)
Opulência
Porque se no Auroreal és a rasgar
No Terminal és toda um Mar
Onde nado, em ti
Em ti, afogado

E que bem que nos fica a Morte
A Última Sorte


(…)

(Mas Amanhã ressuscitamos)
(Como vimos ressuscitando)
(Nunca acabando)
(Repetindo continuamos)

[Sempre, quando Eu digo: Vem vamos ranger (abordagens), Um sobre o Outro]
[Sempre, quando Tu respondes: Vem, vamos gemer (voragens), Um com o Outro]

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