Rapariga Dissolvida
Apanhada da vida
Capturada e comida
Empolgada e consumida
Quanta rapidez com que perdes as roupas
E te exsolves numa nudez como há poucas
E eu endureço-me, ferino
E atiro-me, aquilino
Cesurando-te, aguada
Compungindo-te, locupletada
Sem vencedores nem vencidos
Sobrevimos sofredores e convencidos
De que não há concatenares
(acoplagens)
Com a potência destes deslumbrares
(alunagens)
Opulência
Porque se no Auroreal és a rasgar
No Terminal és toda um Mar
Onde nado, em ti
Em ti, afogado
E que bem que nos fica a Morte
A Última Sorte
(…)
(Mas Amanhã ressuscitamos)
(Como vimos ressuscitando)
(Nunca acabando)
(Repetindo continuamos)
[Sempre, quando Eu digo: Vem vamos ranger
(abordagens), Um sobre o Outro]
[Sempre, quando Tu respondes: Vem, vamos gemer
(voragens), Um com o Outro]