- Pensa em alguém te tenha feito realmente mal. Falou abrindo uma insuspeita tonalidade de desafio.
- Sim.
-O que te deixa mais sossegada em relação ao assunto?
- Saber que ela inevitavelmente vai pagar pelos seus actos!
- Então imagina que entretanto ela toma consciência do que fez, sobe um patamar em direcção a um Estado de Graça e concretamente não “paga” pelo que fez, dentro daquilo que para ti seria expectável. O que tens a dizer sobre isso!?
- É injusto! Protestou algo indignada.
- É injusto que uma pessoa tenha percebido intimamente o quão negativos foram os seus actos e que tenha passado a um patamar à frente, fechando a possibilidade de os voltar a repetir, quer seja contra outros que ser seja contra si?
- Acho que sim, acho que ela tem que pagar... Retorquiu já num tom diferente, a caminho da Aceitação.
- Esse é o teu problema. Enquanto te servir de consolo que os outros “vão pagar pelo mal que fizeram”, enquanto não aceitares que mesmo esses têm o potencial e o direito de se redimirem mesmo que não seja através do sofrimento que achas que deviam ter, enquanto isso acontecer estarás a impedir a ti própria que o mesmo suceda contigo, além de que só estas a perpetuar a tua ligação a essas pessoas.
- Sim.
-O que te deixa mais sossegada em relação ao assunto?
- Saber que ela inevitavelmente vai pagar pelos seus actos!
- Então imagina que entretanto ela toma consciência do que fez, sobe um patamar em direcção a um Estado de Graça e concretamente não “paga” pelo que fez, dentro daquilo que para ti seria expectável. O que tens a dizer sobre isso!?
- É injusto! Protestou algo indignada.
- É injusto que uma pessoa tenha percebido intimamente o quão negativos foram os seus actos e que tenha passado a um patamar à frente, fechando a possibilidade de os voltar a repetir, quer seja contra outros que ser seja contra si?
- Acho que sim, acho que ela tem que pagar... Retorquiu já num tom diferente, a caminho da Aceitação.
- Esse é o teu problema. Enquanto te servir de consolo que os outros “vão pagar pelo mal que fizeram”, enquanto não aceitares que mesmo esses têm o potencial e o direito de se redimirem mesmo que não seja através do sofrimento que achas que deviam ter, enquanto isso acontecer estarás a impedir a ti própria que o mesmo suceda contigo, além de que só estas a perpetuar a tua ligação a essas pessoas.
(…)
O "olho por olho, dente por dente" equivale aos ciclos de vingança em que nos vemos presos durante vidas. Muitas vezes processa-se de um modo consciente, quando activamente procuramos ferir aqueles que sentimos que nos feriram. Mas quase sempre se processa inconscientemente e essa é uma das grandes causas do famigerado “desencontro”: a pessoa fica presa num ciclo em que vai intercalando o papel de vítima e vitimadora; numa situação é subjugada ou visada por alguém que tem a etiqueta de “mau” ou “má da vítima”; quando finalmente sai desse lugar insustentável, encontra alguém que tem a etiqueta de “bom” ou “boa da fita” mas aplica-lhe exactamente o mesmo tratamento negativo a que foi anteriormente sujeita; para resolver isso há que reconhecer o seguinte, quando saímos de uma situação “má” para uma “boa”, abre-se um hiato entre as duas que representa a possibilidade de resolver a anterior e abraçar a nova com outros olhos, ou seja, uma porta aberta para quebrar o padrão cristalizado; porém, quase sempre se perde a oportunidade que se abre com esse hiato continuando-se o padrão; para interromper o ciclo e acabar com o “desencontro”, tem que haver uma tomada de consciência profunda, resolver conscientemente o passado, para estar integradamente no presente e assim abrir um futuro genuinamente novo.
(…)
Sei que a palavra amor parece muitas vezes vazia e que ficamos sempre aquém quando se trata de expressar continuamente esse sentimento, mas acreditamos realmente que, se procurarmos humildemente essa experiência, podemos entrar nela e sentir o mesmo que na montanha. Somos elevados acima das nossas vidas passadas e transcendemos todos os erros que cometemos. Ficamos renovados e mais inteiros. Para mim, esta experiência deu-me a sensação de um regresso a casa, quando ficamos finalmente libertos de todas as coisas que desejaríamos não ter feito. Há uma sensação de que, quando atingimos esta Ligação, podemos recomeçar. (…) Ensinamos que todo aquele que queira vir para casa e começar de novo pode encontrar essa experiência, mas isso significa refutar a ideia de olho por olho. Como vimos em Secret Mountain, num estado de consciência mais elevado, não há justificação para um Ciclo de Vingança, a menor possibilidade para ele. A verdade é que temos de permitir que todos possuam a capacidade de mudar, de serem redimidos num abrir e fechar de olhos.
James Redfield, in A Décima Segunda Revelação
3 comentários:
Oi!
Hmmm... interessante... De facto, eu tenho a certeza de ter perdoado quando nao preciso saber que a outra pessoa já aprendeu sequer... Basta-me a confirmaçao de eu ter aprendido.
Que a maior parte de nós tenha aprendido mais com a dor que com a alegria nao quer dizer:
1) que isso seja uma verdade universal
2) que isso nao possa ser alterado...
nunca e tarde demais para aprender... mesmo que seja a aprender novamente a aprender!
Beijinhos de luz, lindo!
K-Ro.
K-Ro!
Curto bué desta tua nova assinatura! Assim é que é!
Pois, o Perdão é essa imensa aprendizagem, digo eu... ainda bem que estás à frente nesse capítulo. Quanto mais integrado o Perdão, mais Livre. Quanto mais Livre, mais fácil para a Alma de Voar...
:)
Beijinhos Luz
Eu à frente? Só as vezes....
Pois é, o perdao é uma óptima ferramenta para nós conhecer também...
Beijinhos de luz!
K-ro.
Enviar um comentário