terça-feira, 12 de julho de 2011

Oriente junto ao Coração (Um Beijo de Luz)

Um Ensaio. O assopro de vento brando vinha serpeando por entre a égide da ramagem das árvores, aliviando-as dos últimos indícios de razão e preparando-as para conhecer a noite lunar, logo após o repouso solar, e então começou o que não tem começo…

O Evento. Assim nasceste dançando, e eu respirando essa tua Graciosidade enquanto vinhas em minha direcção e codificava a tua existência em Poesia, o único Saber capaz de te descrever, Princesa Oriental…

A Deusa. No quente dos teus Beijos Orientais, soube que nessa imensa trança guardavas o ondulado dos teus cabelos onde já me fiz ao Mar, e Revelou-se-me o porquê da minha ancestral Religião às Ondas, voadora tua sedosa penugem…

O Devoto. No aroma moreno da tua pele Oriente incandescente sou o leitmotiv dos cataclismos que de ti brotam nos mementos de prazer, de uma cor que nunca alguém conseguirá extrair, intenso brilho afago, maquilhados olhos tatuados…

A Estória. Fazemo-la nós no Espaço Silencioso dos nossos gemidos lânguidos sempre que o mundo está dormindo e nós Amando, e assim o sustentamos com a Força que emana essa nossa junta fricção, seios exóticos arrebatados…

A Eternidade. Sem se perceber como, mesmo sem se compadecer com o entendimento terreno, o vento voltou ainda mais sereno, cansado da paixão ardida, pleno do Amor celebrado, sussurrando vestígios do que se passou e ninguém notou, a devoção à Cúpula da Entrada Sagrada, e então não teve final o que não conhece fim …

(...)

Te Amo-Te

(…)

Abandona a mete que pensa em prosa;
Reanima outra espécie de mente que pensa em poesia.

Põe de lado toda a perícia em silogismos;

Deixa que as canções sejam o teu estilo de vida.

Passa do intelecto para a intuição,

Da cabeça para o coração,

Porque o coração está mais perto dos mistérios.


Osho, in Intuição

(…)

Sem comentários: