Chove. Aquela Chuva mansa e subtil que se escondeu em Abril. Derrama-se Ela agora. E eu ergo os braços. E deixo-A pousar no meu rosto, lavar-me os olhos, beijar-me os lábios. Deixo-A desaguar livre pela pele do meu peito despido. Amo-Te, Chuva… Celebro-A, oferecendo-lhe um caudal até ao meu Coração. E sinto Pulsar meu âmago. Essa Chuva Fértil de Maio, mas que já trazia o Amor de Abril. E de antes, e de antes, e de muito antes… E é quando o Pulsar se transcende, que me dissolvo. E de água me faço eu também. Aquoso… E pelos interstícios da areia onde desemboco, já entre a espuma, fundo-me ao Mar. Uma gota no Oceano, é Oceano em Si…
1 comentário:
Joel... As tuas poesias são alimento para alma, fazem-me sonhar...
Espero que estejas bem!
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