Foi numa Festa de Espuma. Parecia tudo normal, o meu corpo estava lá, mas minha cabeça sempre gerando ‘Poesia em Tempo Real’. Hoje sou capaz de jurar que antes do toque já por mim tinhas passado umas quantas vezes, como uma borboleta rondando o seu pouso antes de aterrar. E quando aterraste, só dei pelo que estava acontecendo quando reparei que os meus lábios tinham ficado na tua boca e os teus na minha.
Os aglomerados de Espuma eram as Nuvens, o ar saturado o Céu. Eu dancei contigo, tu dançaste comigo, dançamos os dois juntos. Que compasso. Ninguém deu por nada, estando em contacto éramos invisíveis.
Já no quarto, expulsamos apressadamente (vide, convictamente) as roupas dos nossos corpos. Foi tudo tão diferente. Nada como até então. Foi só sentar-te em mim. Tu liquefazias-te, não te podia agarrar, mas também não me parecia que o quisesse. Sentia-te permeares-me, como se fosses mercúrio com um intenso odor floral. Percebi que estava em ti d’igual modo, que te perpassava (vide, penetrava) o corpo todo passando a correr com a tua circulação sanguínea. A minha colecção de movimentos, uma cadência que por vezes propositadamente se sincopava imprevisível, conduzia uma energia lúbrica que te transia. E repara que transa deriva de transir.
Eu, o Anti-Estrela, pesquisei o teu sorriso réu com os segmentos mais húmidos da manifestação do meu Ser e que tu beijaste. Descobri o meu paladar favorito e tu também. Ofegando descontraidamente, o teu sorriso abria lasso e fechava constrito, palpitante, à medida qu’ia e vinha. Como uma Rosa ora abotoando, ora desabotoando, insinuosa e jorrando (vide, recheada) impelida pelo vigor.
Tu, a Estrela, decifraste que à medida que as pulsações se foram dissipando uma na outra, começámos a abandonar os corpos. Incorporaste a tua pele na minha, qual fundição e a sensibilidade de limiares latejantes excedidos fez-nos espumar aos dois. Digo sorridente, que desse modo nos fizemos, sempre sorridentes. E depois foi ver a Espuma fazer-se de Céu.
Atrás de ti Havia uma Luz, como se fosses o horizonte atrás do qual o sol se põe. Que Luz. E quando o ocaso se deu, ficámos.
Somos Estrela e Anti-Estrela.
T’Amo-Te, Luz.
Os aglomerados de Espuma eram as Nuvens, o ar saturado o Céu. Eu dancei contigo, tu dançaste comigo, dançamos os dois juntos. Que compasso. Ninguém deu por nada, estando em contacto éramos invisíveis.
Já no quarto, expulsamos apressadamente (vide, convictamente) as roupas dos nossos corpos. Foi tudo tão diferente. Nada como até então. Foi só sentar-te em mim. Tu liquefazias-te, não te podia agarrar, mas também não me parecia que o quisesse. Sentia-te permeares-me, como se fosses mercúrio com um intenso odor floral. Percebi que estava em ti d’igual modo, que te perpassava (vide, penetrava) o corpo todo passando a correr com a tua circulação sanguínea. A minha colecção de movimentos, uma cadência que por vezes propositadamente se sincopava imprevisível, conduzia uma energia lúbrica que te transia. E repara que transa deriva de transir.
Eu, o Anti-Estrela, pesquisei o teu sorriso réu com os segmentos mais húmidos da manifestação do meu Ser e que tu beijaste. Descobri o meu paladar favorito e tu também. Ofegando descontraidamente, o teu sorriso abria lasso e fechava constrito, palpitante, à medida qu’ia e vinha. Como uma Rosa ora abotoando, ora desabotoando, insinuosa e jorrando (vide, recheada) impelida pelo vigor.
Tu, a Estrela, decifraste que à medida que as pulsações se foram dissipando uma na outra, começámos a abandonar os corpos. Incorporaste a tua pele na minha, qual fundição e a sensibilidade de limiares latejantes excedidos fez-nos espumar aos dois. Digo sorridente, que desse modo nos fizemos, sempre sorridentes. E depois foi ver a Espuma fazer-se de Céu.
Atrás de ti Havia uma Luz, como se fosses o horizonte atrás do qual o sol se põe. Que Luz. E quando o ocaso se deu, ficámos.
Somos Estrela e Anti-Estrela.
T’Amo-Te, Luz.
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