Aqui estou, falando a linguagem dos teus Seios
Mergulhados os nossos retratos em chá de Alfazema,
Essa solução de Terna Paixão em que nos Recriamos
Lúbrica de Felicidade, desabotoas tua Flor, e eu vou por Ela adentro
Damos as mãos, dedos entrelaçados, e tudo fica mais concatenado
Sorris nos entrementes que sucedem ao recobrar de fôlego
Nunca chega a cansar, pelo contrário, seriamos assim o Além Tempo
E porque não? Sejamos.
"Assim na Terra como no Céu".
T’Amo-Te, meu Amor em Flor.
(…) pôs-se a tocar uma sonatina de Scarlatti com algumas hesitações mas com muito sentimento. Enquanto ela tocava, pude observar-lhe melhor as feições. Não me parece possível retratar com palavras um rosto de mulher. O que importa não é o seu formato, a cor dos olhos, o desenho da boca e do nariz ou o tom da pele. É, antes, uma certa qualidade interior que ilumina a face, animando-a e tornando-a distinta de todas as outras, e essa qualidade raramente ou nunca se deixa prender até mesmo pela câmara fotográfica.
Erico Veríssimo, in Sonata