Comecemos pela definição. Eleutheromania, ou eleutherofilia, será “um desejo frenético e irresistível de liberdade”. Portanto, com um enquadramento psicopatológico oficioso, visto não pautar nos manuais de diagnóstico canónicos.
Ora bem, está encontrado mais um nome útil para aplicar nesta cultura de masturbação do ego em que vivemos e, segundo a qual, a nossa liberdade individual é fazer o que queremos, desprezando a existência de outros, porque somos especiais, príncipes e princesas, ao redor dos quais giram as galáxias do Universo e, por isso, tudo deve correr à medida dos desejos, nem mais, nem menos. Senão, toma lá uma birra, violência ou ambas.
Isto liga com outra expressão, na mouche: “turismo emocional”. Esta já tem mais do que uma definição, portanto, vou colar-lhe a que parece transpirar das palavras em si. Um turista emocional é quem navega nesta vida ao sabor das emoções, numa conduta infantilizada e supérflua, ignorante da sua Essência e brincando com os outros como se fossem roupas vazias, muitas vezes, com perversão.
É isso que somos? Eleuthrómanos e turistas emocionais? Ou foi nisso que nos tornámos. De um modo ou de outro, o Sol a cada um o dirá.
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