Com esta estória de andar a fazer a genealogia, extraí de mim aquilo que considerei ser uma necessidade, aliás, um dever esquecido: honrar os Antepassados. Chocou-me “contactar” com a quantidade de gente que veio a este mundo e terá sofrido a bom sofrer, desfrutado quando deu para tal, cometido boas e más acções, enfim, de tudo um pouco, para me dar a possibilidade de existir, melhorar o virtuoso ou cortar a cadeia de erros. Senti, portanto, uma vontade profunda de lhes devotar a minha gratidão. Acho que o poderei fazer concretamente, legando algo que valha ao mundo. Mas também se me desponta a vontade de lhes consagrar algum tipo de ritual que, ao invés de procurar nos outros como possa ser feito, descobrirei de mim e com quem me tem sido significante nesta vida. Ainda não sei como se irá desenrolar, mas talvez venha a contemplar os versos com que termino esta “reflexão”:
Honrar o Oceano de Antepassados,
O que eles foram, é o que eu sou,
O que darei, será dos que vierem.
In Textos Intimistas, Volume II
(Maria da Glória, Foto de Família, Autor Desconhecido)
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