quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Informativa: O Baralho sem Ás

Troca-tintas
O vidas retintas
Esta vai ser a crónica
De uma personagem anacrónica

Chamado pelo que não tinha
Esperou sempre pelo nome que não vinha
Manhãs desperdiçadas
Tardes devoradas
Noites varadas

Teve mortes no currículo
Deixou-as caducar
Verdadeiramente, nunca saiu do cubículo
Baldadamente, deixou-se passar

Ainda assim, muito viu, muito viajou
Só por fora
Porque se adentro adentrou?
Nunca chegou tal hora

Mas de quem se fala afinal de contas?
Fatal, são só coisas tontas

Agora que vai tudo para outra dimensão
Atenção, muito boa gente vai ficar à nora

Há já algum tempo começou
Foi desde que o Sol o Céu embaçou

Daqui em diante, ruído já não é ruído
Dependendo do ângulo que te foi atribuído
Avante, porque nem tu te escaparás
É verdade… este foi sempre um baralho sem Ás.


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Feéria (Universal Folia)

Não tão distante quanto isso
Insubmisso
Este amor
Não obstante, omisso

Porquê revelar?
Para quê?
Para se esfumar?

Não há nada que saber
Pouco tarda que por aqui passes
Abraces
Não vem ninguém dizer
Que nem sequer o mundo é redondo
Com medo de qual estrondo?
Que arda

Avarias
Pintando em teus relevos utopias
Poesias
Toando enlevos que só por quimeras sabias
Peito com peito
Ressumando
Com efeito
Intensificando

Fica sabendo, que te venho amando por cada dia do infinito sideral. Girovagando. Que, mais que ideal, és real. Que não precisas de mim, nem eu de ti. Porque não somos, e a ser, Tudo é tudo o que somos: Fantásticas folias, das laudas que regem feerias. Extáticas. Dimensões que colidem, sensações que coligem. A vida e a morte, a lida e a sorte. O que está para acontecer e o que já aconteceu. O que se conheceu mais o que se vai conhecer.

Escreve, E deixa escrever
Bebe, E deixa beber

Fragrante o nosso delito flagrante. Concatenados. Gloriosamente condenados, a esta estória flamante. Portanto, as serpentinas deixemos e… saborosamente… pratiquemos.

Não obstante, omisso
Este amor
Insubmisso
Não tão distante quanto isso


(...)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Nem sei o que te dizer (Tal a Perfeição)

De onde vem a plúvia?
Da vida
Do Mundo no teu Sorrir

Antes de partir
Pois estou de saída
De rencontro à fonte dilúvia

Beijo nos Lábios
Sábios

Pelo ventre escorrente
Ademais
Muito mais
Em frente

Altissonante
Este ludo vibrante
Não iludo
Não iludes
Aludes
Ao Sol Lunar
À Lua Solar

Fiquemos nas elipses carolinas
Ondulinas
Teus cabelos eclipses


(...)

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Vozes Mélicas (Tesouros Quintessenciais)

Vozes mélicas, Coros Naturais
Que Amar
A Dar
Vozes mélicas, Ouros Imemoriais
A Amar
Que Dar

Bateu-me um Coração
Que batia
Um conto que se ouvia
A mais perfeita Oração

Cabelos preclaros
Desígnios claros
Claramente declarados
Ondeadamente fadados

Escondendo o que não pode ser escondido
Temendo o que não deve ser temido
Tão humano
Tão inano

Ao menos confessa-se
Ao menos professa-se

Não que isso conte
Que se aponte
Vale a valia
No Vale da Magia

Luas Cantadoras
Faluas voadoras
Rios arrebatados
Fios entrelaçados

Moral da história?
Mural da Glória!


 (...)

domingo, 25 de outubro de 2015

Volutas (Absolutas)

Queres um livro sem páginas para virar?
Ui, muito te enganas

Queres que a vida não te ensine a dobrar?
Ai, quanto te enganas

Correrias
Depois dizes que não sabias

E que tal viver
Saborear
Perder o receio de desconhecer?

A Existência é uma infinita conflagração de Volutas
Perfeitas e Absolutas

sábado, 10 de outubro de 2015

Sala de Espera (Para quê Complicar?)

Na sala de espera
Contas a ajustar

Sonhar
Sonhar
Sonhar

O Céu a dourar
Matizes da Nova Era

É só esperar
Nesse ínterim, vive
E revive
Sim, para quê complicar?

sábado, 29 de agosto de 2015

E agora?

Caricaturas no algeroz
Jonas no bucho do albatroz
Porque a baleia
Deixou de dar boleia

O Relógio que acerta o seu Tempo
Próprio
Opróbrio
O Necrológio que esperta a seu Contento

Uma mão que não usa os dedos
Só por causa dos medos

Dormir e repetir
É altura de sair

Aprender a esquecer
Para numa mais reviver

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Errado (Demasiado Errado)

Bom seria, senciente viver
Porém, nem sequer inteligente
O que reter?
Que ainda falta empreender
Valimentos
Assimilar escarmentos
Sublimar tormentos

São obsessões
Causadas por obsessores?
São compulsões
Compungidas por opressores?

Bom seria, saber deixar
A razão que faz arruinar
E deixar de perdoar
E abdicar de julgar
Só amnistia quem tem ego
Só sentencia quem ego tem

Tendências?
Eu, chamar-lhes-ia evidências

Queres te sobrepor
Queres ter valor

Tem estado tudo errado
Demasiado errado
Pelo que, quando menos se esperar
Porque a regra é equilibrar
Vira o arraso
Anunciado arraso

Do julgamento
Ao discernimento
Fim do Eclipse
O Apocalipse


 (...)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Ser Amante (Frágil mas Ágil)

Persuadir-te, gentilmente
A enveredares belo bom caminho
Adivinho superares o memorável
Unir-te Amorável, Acoplar de boa mente

Flexões, alteradas
Contrações, disseminadas
Elevações, altercadas
Conturbações, furtadas

Esquivas e Negaças
Ser amante: é ser ágil e frágil
Furtivas e Graças
Ser amante: é ser frágil, mas ágil


 (...)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Infusas Infusões (Poema Não Atribuído)

Detalhes
Fala-me de entalhes
Não te deixes levar
Ou podes nem dar por acabar

Tudo o que acontece, diz que é por uma razão
Senão, uma é porque fiz o que tudo acontece

Ligações, variações, contra-prova, incendeia
Encandeia, montra-nova, intensificações, compensações

Bater em retirada ou ferver em aguada?
Beberagem Solar, és tu, suada
Como apaixonar se basta respirar?
Voragem Solar, és tu, arroubada
Para Questões fundamentais: Respostas essenciais
Para a prática das concatenações: Infusas Infusões

Prosa é apática
Poesia empática
Fundam-se as duas
Nuas

Entalhes
Gala-me de detalhes
Não te deixes acabar
Ou podes nem dar por levar

(...)

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Vertido Contigo (Invertido Vertigo)

Falando contigo
Vertido

Às vozes com as vezes
Por vezes ouvem-se vozes
Falar de banalidades
Na cama, excentricidades

Falando vertido
Contigo

Não se cava a Inspiração
O mesmo com respeito à Excitação
Foi preciso vogar, naturalmente
Pela viragem do mar, emolientemente

Vertigo contigo
Invertido

Carências, rematadas
Tendências, consubstanciadas
Tocar a girar, rodopiando
Abrasar a rasar?, sobrepujando
E quem diria... os puritanos são abalizados levianos

Falando vertido
Contigo

[Vertido Contigo (Invertido Vertigo)]

domingo, 14 de junho de 2015

Teoria e Prática

Em teoria, da maldade à inconsciência  pode ir uma grande distância. O problema é que, na prática, as consequências de uma e outra são as mesmas.


domingo, 31 de maio de 2015

Percentagem de informação transmitida: Valor Imponderável

Princípios emergentes
O reconhecimento dos sencientes

Vieram movimentados
Desfizeram aguardados

A contagem perene, o fim dos aforismos
A voragem sirene, outrossim culturismos

No mar uma clarabóia
No tecto uma bóia

Não te inquietes, podes apenas aquiescer
Face ao impossível de deter (não te avexes)

Regula a guisa de enfitar
Só te resta contemplar

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Triplicar a dobrar

Triplicar a dobrar
Se (não) doer não vai dar

Homens enlouquecidos, roteiros ensandecidos
Mulheres endoidecidas, cortinas esmaecidas
Um mundo ajoelhado, mas nem tudo está acabado
Já se viu para a frente, há de ficar quem não tente

Triplicar a dobrar
Se não doer (não) vai dar

Nos entrementes, todos se confrontam
Desafinados sem diapasão
Pacientes aqueles que confortam
Sem para isso invocar uma razão

Triplicar a dobrar
Se não doer não vai dar


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Antes (Depois)

Quando te atingir a manhã
Tua Alma será Anciã
Cantarás:
Cordas para que vos quis
Não interessa nada do que fiz

Lume ao opúsculo
Ao crepúsculo cume

É assim o flagelo
Antes do Degelo
Depois Adocicado
Depois Floreado

terça-feira, 21 de abril de 2015

Esquiço Recobrado

Quando a Beleza se me infunde
Sussurrações insinuam-se-me estrelejando
Obnubilando paneis coloridos
Floridos pincéis
Como um marulhar de cintilações

Que semente se quererá semear?
Aliviar
Sementes?
Doces Entes

domingo, 19 de abril de 2015

Poema para Entreter

Bom seria, não voltar a dormir
Retorquir, abraçar o tom fantasmagoria

Regimentos acantonados, doravante uma sublevação
Entendimentos perpetrados, consoante a Tradição

O Poder de Crescer
Entrever
O que dei por um beijo que cheguei a ter

A Luz atinge
Tua cintura cinge
Apertando-nos
Cerceando-nos

A União tinge


(A União tinge...)

sábado, 4 de abril de 2015

Alocado

Não há vestígios nem indícios
Mesmo que rogasse por resquícios

Bastaria que sonegasse ao querer prevalecer
O que é distinto de ser

Sobrevindo, nesse ínterim, a fórmula final
    Nem conhecimento ulterior
    Nem tão-pouco anterior
    Somente visão interior

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015