sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Transístor (Macho e Fêmea)

NÚMEROS NATURAIS


Genesíaca que és de um barro solar, erguidas as mãos ao Céu
Se estabelece a Ligação
E desde aí o resto do corpo começa a deliquescer
Não há outra via de acesso à grelha alienígena
E pode até doer, se acaso se souber o que é Dor
Gostarias de saber quanto e porquê ou o quê?
Que te interessa conhecer se isso só te vai retroceder
Esquece
Tudo o que possa interessar tem a ver com Comunicação
E desta vez é garantido que não haverá Traição
Quem o rege é a Lei da Compensação


NÚMEROS PRIMOS


Havia uma Mulher. Tinha Olhos Estelares, Ovários Lunares. Uma curva de acesso, um caminho protegido por encapsulação
Havia uma Mulher. Tinha Traça Contínua-Interpolada, Vulva Sinalada. Uma contracurva de acesso, um caminho prometido à transição


PAR E ÍMPAR


Transiente? Não, fez-se resiliente
‘Trajectos’ nem sempre será sinónimo de ‘Percursos’
Tira a roupa, farrapos, assiste com os novos olhos
Respiração, persiste, mas sem insistir


MATEMÁTICA?


E vai ser preciso Lutar, como nunca antes
Mas como tudo, se abdique de esclarecer o que é Luta, tal como anteriormente
Quando chegar o momento quem tiver que o perpetrar não terá como se equivocar, será emitido um inconfundível chamamento


NÃO! DELIBERADAMENTE AQUI (DE)POSTA COM O INTUITO DE ENGODILHAR!


E só para contrariar
Atenção à definição
Baralhar?
Quem sabe, porque não!?



[Transístor |ô| s. m. 1. Dispositivo com semicondutor que, com o mesmo valor de um tubo electrónico, pode ampliar correntes eléctricas, gerar oscilações eléctricas e assumir as funções de modulação e de detecção. 2. Receptor radiofónico equipado com transístores. Plural: transístores.]



Modular (Excerto do Manual de Integração)

Ultrapassada a incerteza, válvulas e conexões
Morrida a morte, peças e circuitos
Integradas as Dores de Congestão, tubagens e rotas

Dos títeres? Finalmente a rendição.
Das máscaras? Finalmente a aniquilação.


Contagem remanescente, sem numeração convencional, tentar depreender pode vir a revelar-se fatal. Depreendido?


Da Mulher Carinhosa, deu-se a Aparição
Tanto amor com as palavras vertido
Quanto afecto derramado na Saudação
Atingido pela Solução
Ocorrida a Desamarração
Em diante será sempre a eito, ausência total de contenção


Sempre sonhei com um mundo que conhecia sem nunca o ter visto
Até ao inverosímil instante em que o identifiquei, clara e imediatamente
A Aurora é Agora


Entrada, Qual?
Em curso, Mas não comentes!
Estado de viajante Solar, Em Essência sempre assim foi

Dessubstanciada a ciclópica Ilusão
Clarificada a vera Versão
O Fim da Linha? Para uns sim
Para outros há-de ser simplesmente o (re)Começo


Solicitando: Reiniciar Sistema.

Solicitação Aceite.



 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Na Rede (Infiltrado)

Geometria
Esquemas e Luz
Por excelência, a metáfora da qual qualquer um se riria
Mas é um esquema, complicado, elaborado
E ainda há quem julgue ser capaz, enfim…


A informação a transmitir:
Se queres à revelia da vontade desse objecto da tua possessão, força
Mas a única coisa que te pertence é esse sentimento que te possui, não é que lamente
O que dizes só a ti diz respeito, nada a ver com isso

A informação a repetir:
Quem pensa que Conhece, jamais saberá
Quem genuinamente abdicou do saber, o Conhecimento terá

A informação a dirimir:
Anula-te
Solve et Coagula

Posfácio:
Eu, na Rede
Eu, Infiltrado
Eu? Desexistenciado.


Esquemas e Luz
Geometria
Em Moção



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cristal (Ajuste, Entrada, “Morte”, Desmaterialização, Acção)

Se eu vim do Cristal?
Sim, vim.

Cartas Cruzadas, vidas separadas
Se o sabias porque não contavas?

Nada é eterno, nem a iniquidade tua
É bom que o saibas

Agora que a Estrela vai subir
Sobre ti teu tecto vai ruir

Por mim tudo teria sido mais fácil
Mas por ti deixaste que assim fosse

Olhar nos olhos e mentir
Saber a verdade e fugir

Não me custou morrer, libertou
Cartas queimadas, vidas recuperadas


Ter nas mãos a vida de alguém é entregar a nossa às de outrem
Cuida de ti, e deixa aos outros que cuidem de si

Ter nas mãos a vida de alguém é decretar que alguém tome conta da nossa também
Olha para ti, deixa ao outro o que é de si


Quanto à Activação
Vem, ouve
A Chamada, Atenção
Chegou a vez
De te despedires de ti tal como te habituaste a conhecer-te
Porque o que tens sido nunca foste tu ou alguém
Aprecia, ou como te aprouver, os últimos instantes de inexistência
Encerra os olhos, Infunde, Efunde, e detém, “morre”
Desmaterialização

Acção


Post Scriptum: Quatro mais Um é Igual a Cinco


sábado, 11 de agosto de 2012

Por Agora

Esquecei-me do Sonho
Não o anotei
E por agora apaixonei-me
Há quanto tempo…
Naquele quarto
Há quanto tempo…
No adormecimento do calor musical
Há quanto tempo...
Que não me sentia à beira de me sentir assim



Charity dance with me
Turn me around tonight
Up though spiral staircase
To the higher ground