quinta-feira, 8 de julho de 2010

Família (Os que Estão na Dança Connosco)

- Há uma coisa que tens de compreender antes de te propores a fazer o que quer que seja.
- O quê?
- Os pais não se 'amam', aceitam-se. Só depois de os aceitar poderás 'amá-los', e se for esse o caso.
Ao contrário do que quase toda a gente diz, a família não tem a ver em primeiro lugar com o “sangue”. A família é feita daqueles e daquelas que estão sempre presentes, com quem temos uma ligação Espiritual. É importante perceber isso.
- A tua família é o grupo de Almas com quem escolheste Dançar esta Dança Cósmica.



(“home is wherever we are, if there's love there too”)


Às vezes nossa família biológica não é a nossa verdadeira família. Nossos pais ou nossos parentes podem não nos compreender. Podem mesmo não manifestar amor e carinho por nós. Podem rejeitar-nos e maltratar-nos cruelmente. Não somos obrigados a suportar o maltrato ou o desrespeito. Não há débitos a serem saldados que justifiquem os maus-tratos de ninguém. Merecemos ser amados e respeitados.

À medida que crescemos, podemos nos ver cercados de amigos e de pessoas que tenham por nós um carinho genuíno, que nos propiciem a segurança que vem da certeza de sermos amados e tratados com dignidade e respeito. Esses amigos e entes queridos se transformam na nossa verdadeira família. Eles também podem compartilhar connosco dos mesmos valores espirituais e nós podemos ajudá-los a evoluir positivamente. Essas pessoas serão nossa família espiritual. Se formos rejeitados por nossa família biológica, a família espiritual nos acolherá, cuidará de nós e se tornará a família que realmente importa.


Há um velho ditado inglês que diz que o sangue é mais espesso do que a água. Isto significa que, em tempos difíceis, nossos amigos e conhecidos podem se afastar, mas que poderemos sempre contar com aqueles que têm o nosso sangue para apoiar-nos.


O sangue é de fato mais espesso do que a água, mas o espírito é mais espesso do que o sangue. Poderemos sempre confiar em nossa família espiritual para estar ao nosso lado.


Não estou dizendo para abandonarmos nossa família de origem ou deixarmos de manter com ela uma relação amorosa e solidária. Mas insisto na importância de ficarmos atentos para não sofrer violência ou desrespeito físico e emocional. É inadmissível pensarmos que o desrespeito possa ser tolerado porque vem de alguém da família, da comunidade ou do grupo religioso.


Ame a si tanto quanto ama os outros. Merecemos ser amados, apoiados, respeitados. Se a família biológica nos trata assim, é óptimo. Se não, e se os nossos esforços para alertá-la e fazê-la mudar de atitude falharem, devemos abandoná-la e procurar outra família, nossa família espiritual.


Brian Weiss, in a Divina Sabedoria dos Mestres

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