sexta-feira, 26 de abril de 2019

No Cumprimento do Dever (Do Erotismo Místico)

No Principado da Licenciosidade
Sobre teu torso ocioso
Me contorço, Compenetrado
Cioso de te prouver
Como um dever
De te surtir vibrante
Extasiada e Delirante
Arrebata e Ourante


(???)

quinta-feira, 25 de abril de 2019

A Cereja (De Bandeja)

A Cereja
Numa bandeja

Hirta de Excitada
Escrupulosamente degustada

Perícia Paciente
Delícia Demente

E vem o jorro
Sem socorro

A Cereja
Numa bandeja


Post Scriptum: Para boa entendedora, meia palavra basta… é a Magia da Poesia!



terça-feira, 23 de abril de 2019

Hábitos de Leitura (Extática)

Arduamente
Passo a passo
Lemos até ao cansaço
Unanimemente

Um conto
Ponto a ponto
De humores filigranados
Amores alterados

Praxis: Sugando a doçura da tua fissura, de comissura a comissura…

Aureolada de uma tontura gritante
Nimbada de um Orgasmo Flutuante

Eis que a ti devoto este maremoto



Tentar (Manipular)

Jorrada de apego
És vaticinada ao desassossego

Tentação
Jogo de Manipulação
Porque me tentas, se não queres tentar?


Aviso à Navegação: perdida na teia que urdes, esvai-se-te a vida



sexta-feira, 19 de abril de 2019

O Céu a teus pés (Beijo)

Beijo a pele doce da planta dos teus pés
Amativa, tal como (tu) És
Performativa
Beijo…



Morrer de Orgasmo (Excitando Pétalas Genitais)

Feroz na blandícia
De cada carícia, atroz, com que te encharco as pétalas genitais
Excitados, os ouvidos enchidos de gemidos geniais
De orgasmo, morrem agarrados



Meditação Erótica

Atenção flutuante
Dispersão constante

Deitada (Mordo-te as mamilas)
Preguiçosa (Atordoas-me ao abismo em tuas pupilas)
Espalhada (Entro-te às entranhas)
Dengosa (Alago-te de Néctar e não te acanhas)

Atenção focada
Dispersão aplacada



Primazia do Prazer

Todavia, uma boca
Oca
Para que se não encha, vazia
Senão de prazer

Então?
Como vai ser?



sexta-feira, 5 de abril de 2019

Apocalipse do Prazer (Línguas de Fogo)

És o Verbo és o Adjectivo
Meu Sabor
Meu Amor

Dedilhando-te, com perícia
Descampada a cada carícia
Activada, adentrando-te

Meu Amor
Meu Sabor

Quente de tão Fremente
Despida de ilusões
Ensopada de sensações
Ou Fremente de tão Quente

Que Sabor, o teu, Amor…

Línguas de Fogo, em afogo e desafogo
Apocalipse de prazer, comunhão
Paralipse da Libido
Penetração com Recepção
Soa o Zumbido
E dá-se a Anulação de tanta Efusão

Nem Verbo nem Adjectivo,
Tampouco um Objectivo
É o Estado Místico, Contemplativo
É o Sabor do (Nosso) Amor