domingo, 23 de agosto de 2009

"Samba do Avião"



Eparrê
Aroeira beira de mar
Canôa Salve Deus e Tiago e Humaitá
Eta, costão de pedra dos home brabo do mar
Eh, Xangô, vê se me ajuda a chegar

Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim

Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Rio de sol, de céu, de mar
Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão
Copacabana, Copacabana

Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós
Pousar...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Panela de Pressão



Pressão?... Não!... É só impressão!

(Sorrio)

Elementos: Sobre a Raiva.

Li uma vez uma parábola onde Buda equiparava a raiva ao acto de se pegar numa brasa com as próprias mãos e atirá-la a alguém. Ambas as pessoas se magoam, mas quem a arremessa fere-se primeiro. Pareceu-me uma das melhores imagens para ilustrar esse tipo de emoção.

A origem da raiva normalmente reside num sentimento de mágoa que a pessoa retém por alguma razão. A partir daí a tendência é quase sempre a de se responder na mesma moeda, quer essa resposta seja conscientemente dirigida ou não. Contudo, essa atitude acaba por ser absurda pois é inegável que expressar raiva em direcção a outros para além de não ser uma solução só levará a mais ira e dor. “Se procuras vingança, então primeiro cava duas sepulturas!”, é o que diz um célebre ditado chinês a propósito da raiva e da agressão.

Porém, reprimir a raiva sem lidar com ela é igualmente nocivo. Neste sentido, há também quem se auto-agrida, engolindo as brasas ao invés de arremessá-las. Aí a cólera é interiorizada causando graves enfermidades à pessoa que se repercutem na sua saúde e relações de modo devastador.

O primeiro antídoto para a raiva é a tomada de consciência. A pessoa tem que fazer uma análise da causa desse sentimento que a toma e do modo como o expressa. Aceitar e integrar as experiências que causaram dor e mágoa, percebendo que tudo tem um sentido ‘pedagógico’ na vida, trás desenvolvimento pessoal e mais tarde libertação. Essa compreensão inevitavelmente levará à diluição da cólera, resultando em amor-próprio e num bem-estar genuíno. Em suma, passa por aprender a gostar de si tal como se é enquanto fruto das suas experiências, reconhecer a perspectiva de crescimento que as mesmas trazem.

Quando esse patamar é atingido, torna-se muito mais fácil entender os outros, até mesmo os que nos causaram dor. Compreende-se que só alguém infeliz e/ou ignorante poderá fazer o que quer que seja no sentido de nos magoar. Infeliz porque naturalmente não estará bem consigo próprio. Ignorante por descurar que toda e qualquer atitude mal-intencionada contra outrem estará sempre sujeita a um inevitável efeito boomerang: “o mal que se faz volta a dobrar”, é uma lei ‘física’.

É deste momento em diante que a pessoa começa a ter um comportamento naturalmente assente em Bondade e Compaixão. No fundo é um processo em que a pessoa tem primeiro que ser bondosa e compassiva para consigo próprio e depois para com os outros.


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Descanso após a “causa-efeito” (Suspiros e Sorrisos)

- Então e agora? Perguntou o “gajo”.
- Ahhhh… Ela arrastou sua voz melódica. Agora faz o que sempre fizeste nestas alturas, miúdo.
Não querendo mover-se para que ela não se desencostasse dele, girou os olhos na direcção do cheiro dos cabelos de Garota Anjo.
- Como assim? Interrogou de sobrolho intrigado.
Ohhh! Como assim? Então não és tu que tens sempre solução para tudo!? Riu. Sei lá, arruma uma!
Tu és demais…
Eu sei! Respondeu com uma preguiça a dar-lhe estilo à pretensão.
Perante tal abuso de carisma, em circunstâncias normais seria pretexto para abanar a cabeça, porém continuava a não querer que ela saísse de seu pouso. Sentia-se tão bem, tranquilo como tudo. E ela também. Mas alguma dúvida optimista pairava à entrada daquela porta escancarada que se abrira com caminho incerto para o futuro. Tinha a Fé no seu Coração, além disso, só precisava da coragem na voz firme e meiga dela.
Mas achas mesmo que vou conseguir? Persistiu na pergunta diminuindo o tom das palavras, de modo que terminou a frase como se de um segredo se tratasse.
Claro que sim. Afirmou, fazendo questão de tirar a cabeça do colo de seu ombro, só para o olhar nos olhos. Tu consegues. Alvejou-o com aquele seu brilho do olhar. Tu consegues sempre tudo. Rematou, doce.
Ele sorriu. Beijaram-se. Um beijo garoto e gostoso. Ela voltou a encostar-se nele. Companheiros, deitaram a vista sobre o horizonte. Suspiraram os dois em uníssono. Sorriram em brinde à celebração de sua coordenada condição. Estavam tão bem um ao pé do outro, porquê mexerem-se? Ali ficaram, no calor de um abraço amoroso, sintonizados na paisagem de final de tarde. Era o seu momento, só havia que eternizá-lo. Portanto, faziam-no. Mais uma vez... A Felicidade está na Simplicidade.

domingo, 9 de agosto de 2009

"A Idade Do Céu"

Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu...

Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...

Ranhan! Anhan! Hum! Hum!

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu...

Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu...

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu...

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah!

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu...(2x)

A mesma idade
Que a idade do céu
Calma!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Minha Nave (Departure)

E pronto. Era tudo o que precisava. Nos hangares do meu Ser, construí zelosamente esta magnífica nave. Aos comandos dela irei percorrer este Universo, o Mar de Éter, a Energia Eterna. À velocidade da Luz, terei nos versos e sons combinados a Força que a fará mover. E se tiver que parar, que seja para dar boleia, a quem queira entrar.


(Luz no Coração)

(Sorrindo)



Guitarra Y Vos, Jorge Drexler

Que viva la ciencia,
Que viva la poesia!
Que viva siento mi lengua
Cuando tu lengua está sobre la lengua mía!
El agua esta en el barro,
El barro en el ladrillo,
El ladrillo está en la pared
Y en la pared tu fotografia.
Es cierto que no hay arte sin emoción,
Y que no hay precisión sin artesania.
Como tampoco hay guitarras sin tecnología.
Tecnología del nylon para las primas,
Tecnología del metal para el clavijero.
La prensa, la gubia y el barniz:
Las herramientas de un carpintero.
El cantautor y su computadora,
El pastor y su afeitadora,
El despertador que ya está anunciando la aurora,
Y en el telescopio se demora la última estrella.
La maquina la hace el hombre...
Y es lo que el hombre hace con ella.
El arado, la rueda, el molino,
La mesa en que apoyo el vaso de vino,
Las curvas de la montaña rusa,
La semicorchea y hasta la semifusa,
El té, los ordenadores y los espejos,
Los lentes para ver de cerca y de lejos,
La cucha del perro, la mantequilla,
La yerba, el mate y la bombilla.
Estás conmigo,
Estamos cantando a la sombra de nuestra parra.
Una canción que dice que uno sólo conserva lo que no amarra.
Y sin tenerte, te tengo a vos y tengo a mi guitarra.
Hay tantas cosas
Yo sólo preciso dos:
Mi guitarra y vos
Mi guitarra y vos.
Hay cines,
Hay trenes,
Hay cacerolas,
Hay fórmulas hasta para describir la espiral de una caracola,
Hay más: hay tráfico,
Créditos,
Cláusulas,
Salas vip,
Hay cápsulas hipnóticas y tomografias computarizadas,
Hay condiciones para la constitución de una sociedad limitada,
Hay biberones y hay obúses,
Hay tabúes,
Hay besos,
Hay hambre y hay sobrepeso,
Hay curas de sueño y tisanas,
Hay drogas de diseño y perros adictos a las drogas en las aduanas.
Hay manos capaces de fabricar herramientas
Con las que se hacen máquinas para hacer ordenadores
Que a su vez diseñan máquinas que hacen herramientas
Para que las use la mano.
Hay escritas infinitas palabras:
Zen, gol, bang, rap, Dios, fin...
Hay tantas cosas
Yo sólo preciso dos:
Mi guitarra y vos
Mi guitarra y vos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Al otro lado del rio



Al Otro Lado del Río, Jorge Drexler

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

El día le irá pudiendo poco a poco al frío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río



(Parar de remar? Nem pensar!)

(Sorrio)