sexta-feira, 26 de julho de 2019

Nós (Bruma Emulsionável)

Não me pude agarrar ao teu coração, e como tentei, em vão, pois escorregava, da lubricidade.
Esta Dança ao Fogo, que chove, de abrasante alteridade
Que me incendeie
Que te arda
Que (não) saneie, o insanável
Que nos consuma, não tarda, a uma Bruma Emulsionável.



sábado, 13 de julho de 2019

Do Tempo em que não havia Vento

Nos tempos em que não havia ventos
O sol mareava impávido, como um ventre desconexo de gana, extática, num amplexo de paixão errática.



sábado, 15 de junho de 2019

Toma lá… (Um “Abanão”)

Que te activar
Deixar abraçar
Morrer, a bem ou mal
Conhecer, o sabor a vendaval
De açucarada dor
Na lúbrica embrulhada
Promessas às avessas
Babélica trapalhada
Ensopada de seiva mélica
Que se bebe de tua leiva
Atravessada
Deliciada de espasmo
Com pasmo


Post Scriptum: vês como é “bom”…


quinta-feira, 13 de junho de 2019

A Erótica Meditação dos Gatos No Telhado

Deitados num telhado
Desnudados, ao céu estrelado

Expostos, aos astros cadentes
Compostos, de desejos prementes

Uma fúria com blandícia
Cada carícia com luxúria
Perfeita coordenação
Pois, este amor (de gatos) é Plena Atenção… Erótica… Caótica.



quarta-feira, 12 de junho de 2019

De acordo que te mordo?

Longilínea, moves-te intangível
Curvilínea, apetecível
Quero-te, morder
Até (nos) dissolver


Post Scriptum: De acordo que te mordo?



terça-feira, 11 de junho de 2019

Fica Quente (Comigo)

Um encostar de faces
Enlaces
Desenlaces

É por onde andamos
Agora que nos encontramos

Fica Quente, Comigo
Presente



terça-feira, 28 de maio de 2019

Incontinentes (Inconsequentes)

Em amplexos lubrificados
No banco do Elevador
Sexos atados
Sem pundonor
Perplexos e Encavalitados

Elevados a Incontinentes
Um destes dias veremos a Luz ao fundo da Sombra,
Ou a Sombra ao fundo da Luz,
Tornados Inconsequentes

E finalizando o começo, o fim começara,
Ao Deus dará



Ultra Fêmea (Prazerosa)

Quando aqueces as águas com teu mero calor
Causando-me o mavioso torpor
Dormente…
Fremente…
Delicioso, que mistura.
A cadência em tua sedosa tessitura
Ultra-prazerosa
Tu, fêmea, Transcendência.



Fotografias (‘Orgasmificada’)

Fotografias
Sem margem de manobra
Para a sensualidade que se te sobra

Fotografias
Em verdade
Sem qualquer tipo de linearidade

Fotografias
A bem da convexidade
Como a tua lúbrica complexidade

Fotografias
Sempre que sorrias sorrias
Pelo Além-mundo de noites e dias

És Tu,
Fotografada
‘Orgasmificada’