sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Ofício do Atiço

Fintava o rapaz, ofuscando-o com raios, De Luz, derrapados do encosto dos cabelos com a pele do ombro.

Fintado, não se sentia lesado. Ao invés, excitado. É que a rapariga deixava beijar-se, de lés-a-lés. E beijava, melhor, sabendo-se desejada. Portanto, era resistência, sem consistência, em nome do charme.

Mútuo desarme.

E talqualmente, com viço, se combinaram no Ofício do Atiço. Leais. Saborosamente (i)mortais.


(Incidências reincidentes a um Raio de Luz, Jehoel)


#jehoel #poesia #poema #fotografia #raiodeluz #luz

modelo: @roqrod_

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Neologismo Outonal

A Clarividência Outonal tocou
Vidência numa folha banal
 
Choveu, secou, logo, o Poeta escreveu
Não interessa se morreu, desde que haja conver(es)sa
 
 
Post Scriptum: alvissaras a quem decifrar este poema.
 

 

(Vidência numa folha banal, Jehoel)

 

 #jehoel #poesia #poema #outono #outonal #videncia

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Escultora Sedutora (Nirvânica Apneia)

Banhas o Atlântico
Seduzes as marés
Induzes e apanhas
Sonhos a teus pés
Tântrico Amor Mântrico
 
Esculpes poemas
Exsolves teoremas
 
Da cor da Areia
És a Nirvânica Apneia

 

 (Sonhos a teus pés, Jehoel)

 

#jehoel #poesia #atlântico #mar #areia #sonhos

sábado, 19 de setembro de 2020

Nunca é tarde. Arde.

Descer as escadas e encontrar uma praia em tua arrecadação. E ao sol, porque não? Continuas escondendo o melhor, em ti, dando a parecer o pior. Quem seria eu para te elevar? Trégua ou fantasia? Vives presa a uma ânsia de Liberdade. Triste verdade. O corpo vai envelhecendo e o que fizeste? Controlada, controlaste. Embriagada da antítese da ebriedade, claudicaste. Mas nunca é tarde, tampouco cedo. Ama o medo, deixa arder. Arde.

 

(Ver em Perspectiva, Jehoel)

 

 #jehoelreporter #poesia #fotografia #mar

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Posfácio Apocalíptico I

Um calor que não se tolerava. Como a melodia de uma guitarra embriagada. Os pássaros não morreram, mas durante algum tempo, deixaram de cantar. Estranhamente, chovia quente ao ponto de fumegar. As árvores, porém, desataram a crescer, vicejando gloriosas envergaduras. Assim ficou o mundo, depois do fim. Dos que sobrevieram, alguns sentiam culpa por isso, outros, de modo algum, celebraram.

 

(Começar do Nada, Jehoel)

#jehoelreporter #reporterdaalma #poesia #prosapoética #fotografia

domingo, 26 de julho de 2020

Moinhos, só para Dançar...

Velas invisíveis
Moinhos movidos por um vento inexistente
Infalível é o devir, não havendo diferença entre o que foi e o que está para vir
Portanto, larga as Quimeras, a menos que as queiras só para Dançar…


(Dança das Velas Invisíveis, Jehoel)

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Por Enquanto

Parece que está tudo suspenso. Porém, nunca o subliminar movimento foi tao buliçoso. E em breve, muitas paisagens serão memórias. Se o acto de parir é em si doloroso, para ambas as partes, a força que acarreta é tonitruante. Não há amor sem dor. O que virá, não será, já aí está. Só não se se lhe pode é tocar… por enquanto.


(O Que virá?, Jehoel)

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Por entre recortes de luz e sombra

Troncos e copas, abundosas. Vais desbravando, por entre recortes de luz e sombra. Recebes a mensagem do céu, percolada por árvores amorosas. Entendes que não há bom nem mau. Que de algum modo, há um sonho sonhado. Que superiormente, há o caminho caminhado, O unificado. Então, caminha…


(Corredor de Almas, Jehoel)

sábado, 6 de junho de 2020

Como te vislumbra o Mar

Eis como te vislumbra o mar
E como te recebe
Deserta e desnuda
Quando vens para te banhar


(Perspectiva do Mar, Jehoel)