domingo, 28 de setembro de 2014

Elefantíases do Amor (Gigantismos)

Ludibriações passageiras
Mediações companheiras
Contagem crescente, porque sempre se diz decrescente
A Montante na Jusante, Florescência na Deliquescência
Só porque “sim”
E não por que “não”
Entendido?

Promessas ofertadas
Desde que não mas peças obrigadas
Que assim ficam encalhadas
Pois,
Achado não é roubado
Dado não é pedinchado
Configurado?

Um tornado assolando pelos cômoros do teu corpo
Um assolado tornando pelos côncavos do corpo teu
Quero tudo, quero mais?
Mais que tudo, ademais.
Que caminho, esse, por onde tu vais…
Das (e sobre as) Electricidades, estas nossas Tempestades
Realidades?

Elefantíases do Amor, Gigantismos
Paroxismos
Assim excursando, de lá para cá
E de permeio, no topo de cada inselbergue, um albergue
Assim vagueando, de cá para lá,
Até que se chegue aos Elefantinos Amores, rumores
Chegado (e curado) está, “atão vá”…



sábado, 13 de setembro de 2014

Salsugem, Fuligem, Ferrugem (A Sorte Decolou)

Salsugem, Fuligem, Ferrugem
Escolhe a sorte, de toda a sorte

De um “déjà-vu” ao “onde estás tu?”
Crónica de um Caminho que só se traça a nu

Salsugem, Fuligem, Ferrugem
Escolhe a sorte, de toda a sorte

Quem alvitrou o que não abençoou?
Não devia, ainda assim, confinar-se ao que se Escrevia

Salsugem, Fuligem, Ferrugem
Escolhe a sorte, de toda a sorte

De um céu imaculado
A um Sol silenciadamente estralejado


Ferrugem… Diz a Árvore: ‘Nem que assim fosse’

Fuligem… Tamborilou a Árvore: ‘Sereno para os que se afligem’

Salsugem… Decolou a Árvore após epilogar: ‘Mar Quente de Água Doce.’


(A Manhã Seguinte ao Dia Anterior, Pelo Meio a Noite que Passou)


(https://www.youtube.com/watch?v=ICnlyNUt_0o)

Segredou (Semeou)

Quem contou não escutou
O Segredo que se segredou
Mas nem por isso Ele se privou
Ecoou, Ecoou, Ecoou
Semeou…

- “Ele” quem!?
- “O Segredo, parva!”
(Risos)


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Bela Sincopada (Monção)

Conta-me algo que não saiba
Canta-me algo que desconheça
Tira-me de tudo onde não caiba
Salva-me de uma vida que me adormeça

Por onde andas que te ouço mas não te vejo chegar?

Dormir para quê
Se a Noite é o que se vê?
Queres sentido, mas não há
Vertes libido, quanto mais dá

Por onde andas que te ouço mas não te vejo chegar?

Cuida-te ou a tua estória será assim contada:
Fazia-se do que era
Não atava nem desatava
Quando afinava ficava bera

Por onde andas que te ouço mas não te vejo chegar?

Umbigo esteliforme
Feitio crateriforme
Descaramento enorme
Mas por mim, tudo conforme

Por onde andas que te ouço mas não te vejo chegar?

Habilidades digitais
Analogias florais
Virilidades minimais
Alegorias totais

Por onde andas que te ouço mas não te vejo chegar?


(...)


Posto isto, Que mais dizer?

Conta-me algo que não saiba
Canta-me algo que desconheça
Tira-me de tudo onde não caiba
Salva-me de uma vida que me adormeça

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Relampo (Uma Lenga-lenga)

Dá-me solenidade
Mitiguemos a saudade
Relapsos no “seja como for”
De Sol nascer a Sol-pôr

Avisos á Navegação
Quer se queira quer não
O que vem é para chegar
Já não há volta a dar




A chover

A chover
A trovejar
E as bruxas
A dançar

A chover
A fazer sol
E as bruxas
A comer pão mole

quarta-feira, 26 de março de 2014

Alegríssima Modinha (Ao Alto do Altar)

(Meninar, Ninar... Meninar, Ninar... Meninar, Ninar...)

Tu que lanças os pozinhos (descaradamente)
Tem cuidado, toma atenção
Não vá o vento rodar de viração
Mesmo se tratando de amores (alegadamente) comezinhos

Lembra-te, o caso presente derivou do caso vertente
Não tendo que ser repetição, necessariamente

Por de mais, essas que te pertencem, intumescências
Essenciais, as quais aboco gerando… incandescências

Hummmmm…

Não, não sejas presa, fácil
Não, não fiques presa, lábil

Sem mais aquelas
Vem
Traz teu peito também
O do saboreado pontilhado nas auréolas

Hummmmm…

Perguntas: Se fosse Flor, que nome teria?
Respondo: O nome que eu te daria.

E perante isso só te resta sorrir
E sorris

Ora vejamos, que mais haverá para acrescentar?…
Áh! Talvez, sobre a doçura de teu ninar
Mas isso será para outro adejar

Por agora
Nem acto Epílogo
Nem relato Sonílogo


domingo, 23 de março de 2014

Menina Mistério (Tanta Lábia)

Olha quem vem
É quem não estava
Olha quem não se contém
Era quem se privava

Protelando
Com coisas sérias brincado
Foste assim tu e mais alguém
Agora é só pressas
Deixar atroadas roupas às avessas
Já dizia a Sabedoria: foi quem provou que gostou
Foste assim tu e mais alguém

Com efeito, provado e gostado está
Vá lá!...

Tanta Lábia… Esta misteriosa Menina sábia.

(Meninando. Eu Menino, Tu Meninas, Nós Meninamos)



Post Scriptum

Atendendo à presentada definição...

tem•po•rão
(latim vulgar temporanus, do latim clássico temporaneus, -a, -um, que acontece no momento certo, oportuno)
adjectivo
1. Que vem antes de tempo próprio.
2. Prematuro; precoce.
Feminino: temporã. Plural: temporãos.

...um desafio, daqueles de fio a pavio… (des)fazendo uso a tanta Lábia, descobre e diz-me qual a melhor opção, ó tu, que assim te arriscas seriamente a ser Sábia. Sem embargo, sempiternamente Menina!

Decide…
Vá lá, decidido está!



Post Post Scriptum

Ciclos
Mudanças
Andanças
São só o que são,
Porque o que há-de contar, mesmo, é escolher do que se há-de tratar um… Temporão.

E para um “emprestado” Epílogo musical. Finalizar principiando.


Menina Mistério (Ei!)

Ei!

Quem a ti te não quebra, se desquebra quem tentar
Não há como dizer, só como o intentar
Intenta-lo

Ei!

Ora deixa que te diga, deixa-me
Quem na corda bamba*, concorda
Mas nada há de mal em concordar
Nem tão pouco em indagar
Portanto, indaga-lo

Ei!

Veio daqui o que debutou aí,
Verso e anverso, cara ou coroa
Seja como for, quer dulcifique, quer doa
Seja o que for, se pacifique quem desandou

Ei!

Sobre a âncora que ancorou levitada
Insustentável
Imponderável
Sobre a cânfora que ressumou
Recendências

Ei!

Contas acertadas
Desavenças lancetadas
Pelo que…
Está continuado o roteiro prestidigitado



* (do verbo “bambar”)



(Everybody's Got To Learn Sometime)

sábado, 15 de março de 2014

Adornos Recendentes (Acordado e a Manhã)

(Acordando a Manhã, Saiba-se Lá Quem)


- Bom dia, Manhã! Como estás?
- Estou bem, regressada após nosso ressereno afã, Obrigado!
- Venho dizer-Te Que Te Amo-Te!

Espelhos vencidos
Olhos vertidos
Lábios rendidos
Tudo se Oxida
Oxidado está

Adejado do térreo para o SobreCéu
Corrente de ar, Revoluteado
Vogar
Por onde?
Pelo teu Passante Passear

Diz-se do dito que é vivido
Conta-se do contado que é corrido
Mas o que vale é a Manhã
Quando vem do sono nos braços do Acordado

Espelhos vencidos
Olhos vertidos
Lábios rendidos
Tudo se Oxida
Oxidado está

- Bom dia, Acordado! Que bem que estás!
- Sim, tanto estou como sou, Consangrado!
- Quero dizer-Te, Te Amo-Te!