terça-feira, 13 de novembro de 2012

Escultor Etérico

Na orla do teu por de sol
Ponho-me
Borboletas levantam voo
Teus arroubos de rever prazer

Certeza na Casa da Princesa
Êmbolos de matéria a ser desembestados
Deixar de solicitar sonhos emprestados

Na orla do teu por de sol
Ponho-me
Borboletas levantam voo
Teus arroubos de rever prazer

Lábios do teu sorriso, Criatura de luz
Sigo-te leal e como água tomo as formas de um corpo teu
Dou feições ao Tempo, e dois rostos beijados são um Templo

Na orla do teu por de sol
Ponho-me
Borboletas levantam voo
Teus arroubos de rever prazer

Voo sobre ti, caminho sobre tuas águas
Revisito tua Lei, abro teu Mar
De Sol Nado a Sol Posto, Somos a Eterna Possibilidade de Novidade, porque o Universo é Criatividade


(Olho Maroto, Jehoel)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Hoje (Na Terra de Mulher)

Atravessa-se um Oceano
Depois de saboreado um Mar de Ondas Cacheadas
E quando se queria apenas ver o Pôr-de-Sol
Avista-se um coro de Golfinhos
Tudo isto tem uma tonalidade a Milagre

(Aqui Em Cima, Jehoel)

domingo, 4 de novembro de 2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Olá <---> Adeus (Sabor a Pele)

Trouxeste-me a entrega que disseste que trazias?
Não deixes de cumprir só porque de uma vez ficou por fazer
Foi de propósito
Agora há que propositar o entregar
E com isto está dito, vá

Como despontou?
Foi ainda antes de teres tirado a roupa
Foi quando tudo aconteceu
Casei-me com o teu quarto porque a tua Aura é tanta que o abarca sem que sobrem espaços vazios
Assim dessa maneira só mesmo tu

Estará algo na iminência de acontecer?
Perguntas tu ao invés de dizer, olha que não o direi eu
É uma questão de protecção
De se assumir a sua própria pele
Eu gosto da minha, gostarás tu da tua?

Queres tu saber?
Vai lá, deixa-te ir
É bom que saibas, não precisas de mim, de nada, nem de ninguém
Quem tem o direito de dizer para onde sopram os ventos da tua manifestação?
Tens primeiro que deixar ir e vir
E depois sim, estás reservada ao direito de Acontecer

Não te assustes, não é um “Adeus”
A ser teria necessariamente que ter dito “Olá”, e não o disse, apesar de ter batido à porta antes de me apresentar sorridentemente
O que precisas mesmo é do sentir de um toque físico
É uma questão de devoção
De se assumir a sua própria pele
Eu gosto da tua, gostarás tu da minha?

Estás a ver a Lógica?
Espero bem que não porque ela não há
Em todo o caso é contigo, tal como em tudo
É um questão de… Sabor a pele.
Eu gosto, gostarás tu também?
Só te resta averiguar…


(?????, ?????)



Post Scriptum: e com isto, algures deixo-te um verso ou outro a mais, já para não falar das questões e afirmações, só para baralhar a contabilização.



Não é da natureza do amor forçar um relacionamento, mas é da natureza do amor abrir o caminho.

William P. Young, A Cabana

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dois Diálogos, Um Epitáfio e Uma Revelação (Da Promiscuidade entre a Realidade e a Ficção)

- Agora que deixaste a última e única morada que deixaste que te adoptasse, que pretendes fazer da vida?
- Deixo a quem de direito lhe pertence aquilo que a mim não me diz respeito.
-Não te pertence a tua vida?
- Sinceramente, espanta-me que alguma vez tenhas acreditaste que sim. Um bocadinho mais de humildade e sensatez não te haviam de lesar.
- Impossível. És impossível.

Sobre o primeiro dos livros
- Há-de haver aí uma Puta ou duas que ficaram com isso.
- Tu às vezes és de uma agressividade. Anotou.
- Eu? Como assim?
- Puta? Colmatou a anotação, já no preâmbulo ao repreensivo.
- Quando disse “Puta” não me referia a pessoas, mas sim a Vidas.
Assim se engole em seco. Percebeu que o que os outros dizem é mesmo aquilo que eles dizem e não aquilo que nós julgamos que tenham dito.



Epitáfio
Tinha um sorriso tão ensaiado que da rigidez plástica ao rachar-lhe da cara foi um pequeno passo
A causa da sua morte? Porque a falta de autenticidade é letal.



Uma Ilusão Perdida é um Amor Encontrado.



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Belo Amor Épico

Chega-se ao Outono de cabelos compridos.

Pensei agora no tamanho do teu coração e apeteceu-me celebrar-te!

Não sou de fugir à responsabilidade de Ser, mas o que conta não são as minhas palavras, antes o que tu consegues resgatar do teu Espírito tendo-as como pretexto!

Já te correu que nem sempre tenhas ido directamente ao assunto no que toca a ti? Parece-me que procuras nos outros a beleza que não consegues ou não queres ver em ti. Talvez guardes na gaveta o melhor que há em ti!... Olha o canto, porque não cantar? Talvez se fosses mais sob a égide da Alma que encanta cantando não tivesses tantos “dissabores”. Foi o que me ocorreu aqui ao vento quando conversava comigo tendo-me diante de mim, ao traçar o plano de voo.

Dentro em breve as Glicínias vão florescer, enfeitando a vista para o castelo, tornando ainda mais apetecível o ponto de partida rumo à subida.

Sem certezas ou pretensões de as ter, tenho em mim algo claro para ti, mutatis mutandis: é que, em todo o caso, sou um aficionado de gatos e papoilas, os gatos são místicos as papoilas produzem ópio!

Dissidentes!?!?!? Não, somos "heróis"! Um pouco de irreverência é uma especiaria a juntar ao caleidoscópio de sabores da vida!...


sábado, 22 de setembro de 2012

Estação Meteorológica (Códigos Convexos, Estilos Perplexos)

Vai começar a chover
Veloz
Vai começar a ventar
Atroz
Mas há quem esteja preparado
Como já o disse, só porque sim
E há quem não o esteja
Como o disse já, só porque não

Mas a Chuva não é dessa, tão-pouco o Vento
E há-de haver gente a bater em portas que já não existem
Porque as regras acabaram de mudar

E para acompanhar houve um período para calibrar
E agora, propositadamente, falei ao contrário do que já tinha dito
Porque mesmo sendo tu a ler, é sabido que não sou eu a escrever
Porque mesmo sendo tu a interpretar, é conhecido que não sou eu a debitar
Assim vão as coisas
São como estão
Códigos Convexos
Estão como são
Estilos Perplexos


Informação Adicional: quanto a caçadores e caçados, mudança de paradigma em plena execução.

Mais Informação Adicional: estado do descarregamento, praticamente completo.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Criogenia (Fiat Lux)

Porque há um padrão e é de ocultação
A coisa existe latente e entretanto manifesta-se
Com o relampaguear
E porque sim
Eis o fim… da criogenia.


 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Obviedade: Interface .0 [A ver o Futuro (des)acontecer-se]

A ver o passado passar-se
Esvair-se
Esgotar-se
Nada ficou do que já passou
Nada se relembra, apenas se reinventa
Porque se já aconteceu, então já não existe
Assim sendo, porque não o Presente!?
Assim seja, então.

[Desimpedindo Circuitos] Não é que o que atrás se escreveu seja o que parece, de modo algum. Alude a outros e diferenciados planos configuracionais. É que vai haver uma limpeza dos implantes e o material real vai emergir para então se manifestar. Estás pronto? Estás pronta? Como vai ser? Em que me medida se assemelha ou não a algo que te possa ser dado como termo de comparação? Bem, certamente não será por aí. Poderia dizer-se que é como colher figos de uma figueira às tantas da noite? Poderia dizer-se que é como fazer parte de um exército de elite não convencional? Poderia dizer-se que é como fazer arte com materiais que os teus cinco sentidos desconhecem apesar de sempre terem existido. Poderia, pois poderia, dizer-se muitas e outras coisas, mas continuaria em falência a plataforma de entendimento, porque ainda não há a quantidade suficiente de água no aquário, sem que “água” ou “aquário” remetam para uma interpretação literal, trasliteral ou iliteral. Por isso, fica-te, baixa os braços, relaxa, descontrai. Deixa a nevoa dissipar. Se te agonia, não te apoquentes. Se te crucia, não te atormentes. Das dores de parto e do delivrar nunca ninguém te falou? Pois há quem se trasfegue sorrindo. E sem pretender que o que a seguir ambicione parecer, volte-se então ao que para trás ficou e à frente se reescreve, ressalvando o que foi certificado e, perdoe-se-me o emprestado tom de pretensão, confirmado. É a hora, é o interface, transfundir. Que se passe. Está passando. [(re)Carregando Circuitos]

A ver o passado passar-se
Esvair-se
Esgotar-se
Nada ficou do que já passou
Nada se relembra, apenas se reinventa
Porque se já aconteceu, então já não existe
Assim sendo, porque não o Presente!?
Assim seja, então.


(Representação de Rotina: Mero Excerto, Jehoel)