"O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham para ti. No final das contas, vais achar não quem estavas à procura, mas quem estava a procurar por ti!"
Lutar pelo mundo é lutar pela manifestação do mundo próprio. Tal como salvar o mundo é salvar-se o mundo próprio em primeiro lugar.
Sim, confesso que quando era “miúdo” houve uma altura em que quis ser como o Che Guevara. Sempre senti que o mundo precisava de uma mudança profunda, de quem estivesse disposto a lutar por ele nesse sentido. Só não me imaginava com uma arma na mão ferindo, quanto mais matando gente. Mesmo sabendo que não vivo propriamente numa dimensão angelical, isso nunca fez sentido. E se todo o ídolo tem pés de barro, foi precisamente isso que fez ruir (e bem) os do Che perante mim. Nunca aceitei que pudesse ter como referência alguém que conduziu e perpetrou execuções sumárias, por mais “nobres” que fossem as intenções. Mergulhando na sensibilidade e no ideal desse homem, não lhe apontei o dedo mas vi claramente que esse jamais poderia ser o caminho de base para uma revolução que trouxesse a diferença, que instaurasse uma sociedade mais bela e equânime. Se esse tipo de limpeza algum dia for necessária, acontecerá, sem que caiba ao Homem fazê-la (pelo menos conscientemente). Uma Sociedade, uma Civilização erguem-se a partir da sua base, tal como uma árvore a partir da semente e de como e onde essa é plantada. Portanto, nunca se poderá edificar algo de bom se a raiz em causa for assente em equívocos, dogmatismo, sangue, dor e sofrimento.
Os anos passaram, a vida fluiu, aprendi a meditar, a observar o Universo e a (minha) mente. Foi então que percebi. O mundo continua a precisar de uma revolução, mas diferente de todas as outras que já ocorreram. O que o mundo precisa é de uma Revolução da Consciência. E isso é um processo que não vai partir da massa para o singular, mas sim desse para o todo. Só assim tudo mudará, como nunca antes, para melhor. Ou seja, quando a Consciência individual de cada um evoluir até um patamar em que se respeite a si e aos outros, pelo reconhecimento de que todos (sem excepção) têm Essa Partícula Divina no interior do seu Coração.
A boa notícia é que isso já está acontecendo, independentemente de doutrinas, tal como faz sentido que aconteça: começando no Despertar Espiritual de cada um.
Aquelas que poderiam ser as ‘más’ notícias acabam por nem o ser. Tem a ver com a parte que de algum modo continuará oferecendo resistência, pelo medo da mudança, movida pelas ilusões com que ela própria se tem hipnotizado. Porém, os seus esforços serão infrutíferos, pois mesmo que em alguns momentos consiga conter não poderá jamais impedir o que não é possível de ser impedido.
A verdade é que os dados já foram lançados, há algum tempo até... A transformação está em curso. A Revolução está a acontecer e é a da Consciência.
Voam como uma formação de pirilampos irradiando caudas de Luz que tatuam o Éter com a magia da imperceptibilidade. Um coro de Anjos sopra por entre as ramagens um canto que não é deste mundo, mas ecoa nele. O Universo é uma colecção de Vibrações que quando assumem cor se transformam no arco-íris. O Universo é um jogo de Vibrações que quando se manifestam em som se transformam em música. O Universo é isso, um Mar de Vibrações. Treinemos a atenção, pois tudo será de quem souber ‘ver’, de quem souber ‘ouvir’, de quem souber Estar, Vibrando.
Agora que estás em plena Floresta de Bambu Delicia-te com o musical assobio da brisa Que pela Ramagem perpassa... O que é a Vida, senão isso?... Concentrares-te de Coração no seu Som! Por isso, Entrega-te a essa Delícia Sinestésica
Há um silêncio em cada nova esquina que conheço de Ti Silencias-me
De cada vez que te percorro e penso que já sei quase tudo, descubro-Te além do que pensava já saber E como sabe bem…
Então conheço-Te em novos paladares como se jamais pudesses ser derradeira no que quer que seja, caprichos Apetece-me Cores e Sabores, E Dissolvo-Me Dissolvendo-Te, Dissolvemo-Nos…
Amo-Te na tua Divindade, começando em sua manifestação carnal Amo-Te.
(São Chamamentos que ninguém descodificará, senão Tu. Pois que é a nossa “frequência”, só Nós a “ouvimos”)
Em busca de um mestre, dos ensinamentos da verdade
Viajou por todos os países, místicos e não-místicos, do mundo
Estudou todas as escrituras, sagradas e não-sagradas, do mundo
Até ao dia em que morreu tal como viveu, estúpido
Porquê?
Porque em tantas viagens e estudos não conseguiu perceber que o Mestre era Ele próprio, que a Verdade estava dentro de Si.
O mestre real cria mestres, não seguidores. O mestre real atira-o de volta para si mesmo. Todo o seu esforço tem por fim fazer de si alguém independente dele, porque você tem sido dependente durante séculos e isso não o leva a lado algum. Você ainda continua a tropeçar na noite escura da alma. Só a sua luz interior se pode tornar uma alvorada. O falso mestre persuade-o a segui-lo, a imitá-lo, a ser apenas uma cópia a papel químico dele mesmo. O mestre real não vai permitir que você seja uma cópia a papel químico, ele quer que você seja o original. Ele ama-o! Como é que ele o pode tornar um imitador? Ele tem compaixão por si, ele quer que você seja absolutamente livre – livre de todas as dependências exteriores.